Kingsbridge se tornou uma cidade importante na Inglaterra desde a construção de sua grande Catedral.  O comércio se tornou a grande atividade e muitos cresceram desde então com a venda de produtos produzidos em outros países e distribuídos ali. Na verdade depois que um rei protestante assumiu, os padres, monges e freiras perderam seu espaço e logo estes espaços ficaram totalmente inabitados. 

O reinado atual era de Maria Tudor, uma católica fervorosa que não aceitava de forma nenhuma que protestantes mantivessem seus cultos ativos e qualquer pessoa que mostrasse não ser da fé católica era perseguida e morta por traição. A Inglaterra estava sendo construída pelo catolicismo e muitas pessoas cresciam financeiramente com isso. 

Ned Willard é filho de Alice, uma comerciante bastante famosa de Kingsbridge. Junto com sua mãe ele fazia o negócio prosperar e apesar de seu irmão Barney estar na Espanha fazendo outros negócios, ficar ali era seu futuro. O que ele mais queria era casar com Margery Fitzgerald, mas seu pai e o irmão Rollo repudiavam Ned completamente por sua criação e seu credo e queriam que Margery se casasse com alguém da nobreza.

Na Europa os ânimos estavam exaltados, Catarina, rainha da França, casada com o rei Henrique II tinham filhos muito frágeis mas precisavam fazer algo diferente para erguer o moral da população após a tomada de Calais dos ingleses. Com isso obrigaram o filho Francisco a se casar com Maria Stuart, rainha da Inglaterra. O país era bastante católico porém os protestantes eram tolerados desde que não fizessem seus cultos ao ar livre.

O que Aumande mais queria era fazer parte da nobreza. E com isso enganar as pessoas e induzir outros a mata-las era o que mais sabia fazer. Com a ajuda outras pessoas começou a caçar protestantes para uma futura insurreição e também a preparar padres e colocar eles na Inglaterra de forma que no momento que uma armada invadisse a Inglaterra, eles unissem outros católicos pudessem se virar contra a nova rainha, Elizabeth.

Elizabeth era a filha ilegítima do rei e meia-irmã de Maria Tudor. Porém era protestante todos os católicos queriam que Maria Stuart virasse a verdadeira rainha. Porém Elizabeth era fiel a suas promessas e tanto católicos quanto protestantes podiam viver em paz. Durante todo seu reinado era alvos de atentados até que o mundo se virou contra ela e Ned Willard precisou mostrar toda sua perspicácia para proteger a Inglaterra.

Reis, rainhas e interesses políticos vão debater de frente para que a fé que uns e outros acreditem suba ao poder, enquanto sangue escorre por uma Europa em crise.



Autor: Ken Follett
Título Original:  A Column of Fire
ISBN: 9788580417340
Páginas: 816
Ano: 2017
Gênero:  Ficção Inglesa
Editora: Arqueiro






  

Primeiro veio Pilares da Terra para iniciar a grande história sobre a cidade de Kingsbridge, depois Mundo sem Fim deu origem ao término da construção da Catedral da cidade e agora Coluna de Fogo continua a história como uma saga que esclarece como os fatos anteriores atravessam o tempo e marcam o destino de todos.

Nos dois primeiros livros que se passa a cada 200 anos de distância um do outro, o foco principal é a cidade de Kingsbridge e a evolução de seus personagens. A questão da fé é bastante trabalhada em todos os livros, já que o catolicismo era bastante pregado nesta época e que vai ficar bastante evidente em Mundo sem Fim e mais ainda a partir de Coluna de Fogo.

Comecei a ler Coluna de Fogo sem pensar no que mais Ken Follett poderia criar através de seus personagens. Tinha tido tanta coisa em Mundo sem Fim que achei que tudo pudesse ter sido já discutido e quando comecei a ler já me deparei com um mundo totalmente diferente. Se você pensar que precisa ler os livros anteriores para entender este está enganado. Alguma coisa ou outra é relembrada, mas o foco fica mesmo em uma nova história bem arrebatadora.

Kingsbridge foi apenas o começo da história para saber de onde realmente saíram todos os personagens e qual o interesse de cada um, mas a Europa é o cenário complexo de toda a trama e isso é tão fascinante que ainda penso que tudo o que aprendi neste livro valeu mais do que as aulas de história que tive no colégio. Nunca tive muito interesse na realeza de qualquer país que fosse, mas ao começar a conhecer a monarquia de diversos países me dediquei totalmente. Entender o que é fazer parte da monarquia nada mais é do que uma guerra de conflitos e interesses e um jogo onde cada um  tenta se manter vivo da melhor forma.

A história mostra todo o contexto intelectual sobre o reinado de Maria Tudor em que a fé católica era colocada como a única correta na Inglaterra e em outros países e as pessoas que não acreditavam nisto, ou seja, os protestantes, eram caçados e mortos de diversas formas, já que a rainha e seu marido, o rei Filipe da Espanha, não toleravam este tipo de comportamento. Porém após a morte da rainha, quem assumiu o poder foi Elizabeth Tudor que era a favor dos protestantes e que queria a paz da Inglaterra.

O mais crucial do livro é que Ken Follett vai mostrar a opinião de diversos países e suas condições perante a questão do catolicismo e do protestantismo e como cada um lidava com esta questão na época. Quem acredita que hoje haja algum tipo de preconceito, ao ler esta obra vai ficar absorto em uma condição lamentável de como haviam perseguições e complôs entre clãs e famílias para que os interesses de cada um reinasse. 

Há de tudo um pouco nesta obra: escravidão, guerras, massacres, insurreições, complôs. É uma obra prima em unir quase um século de história de uma forma em que o leitor fica tão preso nas consequências dos atos que só pensa em ler uma página após a outra.

Quando eu pensava que uma coisa teria fim, vem outra e interfere naquele trajeto. Nunca imaginei que a Inglaterra tivesse uma história tão farta e tão cheia de idas e vindas. E como a Espanha e a França tiveram tanto apreço neste conflito pelo poder. 

Ao terminar o livro só queria poder abraçar o Ken Follett e pedir gentilmente que continuasse o livro e que não parasse nunca mais, já que por aquelas páginas aprendi mais do que jamais imaginei. O teor emocional é tão grande que não tem como torcer para nenhum lado, só tem como torcer para o autor continuar a surpreender mais e mais, pois isto com certeza ele sabe exatamente como fazer.







23 Comentários

  1. Gosto da premissa do livro, essas questões históricas do catolicismo e do protestantismo sempre me chamam atenção, só tenho receio de leitura ser cansativa, mesmo assim é um livro quero muito ler.
    Adorei a resenha e conhecer o livro.

    Beijos.
    https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  2. Não é cansativa porque o autor consegue misturar os capítulos entre os personagens.

    ResponderExcluir
  3. OI, Greice!
    Tenho uma amiga muito fã de Ken Follett que sempre recomenda suas obras! Confesso que me sinto um pouco intimidade pela escrita dele (frescura, enfim), e talvez achar a leitura densa demais, mas tenho mta vontade de ler.
    Bjos!
    Lucy - Por essas páginas

    ResponderExcluir
  4. Oi Greice!

    Tudo bem? Eu nunca li nada do Ken Follet ainda acredita? Acho um pecado porque tem vários livros dele que me interessam. Não imaginava que Coluna de Fogo ia saltar tanto aos meus olhos. Todo mundo fala que a escrita dele é bem dinâmica então deve ser bem interessante ver a abordagem dos fatores históricos dentro do livro. Sem contar a trama ainda envolve uma das eras que eu mais gosto da história inglesa: a era Tudor.

    Sério, eu quero muito ler esses livros do Ken Follett, mas acredito que pra entender tudo melhor não dê pra começar por Coluna de Fogo e que eu tenha que começar lá com Pilares da Terra (se entendi bem a sua resenha), mas não estou reclamando. Acho que vai ser interessante.

    Beijinhos - Jessie
    www.paraisoliterario.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Dá para ler este livro sem precisar ler os outros sim, tranquilamente, mas eu gosto de pegar a história em si, os fatos reais desde o começo.

      Excluir
  5. Oie, tudo bom?
    Não tenho muita paciencia para livros históricos, acabo me perdendo fácil em meio a tantos nomes, datas, cargos, etc. Passo a dica dessa vez, mas adorei a resenha!

    ResponderExcluir
  6. Oi, tudo bem?

    Acho que meu irmão tem um livro desse autor, mas nunca me interessei para pegar e ler. Até porque ele é enorme, rsrsrs. Ainda não li nada do autor. As vezes fico imaginando que estou perdendo uma boa leitura, mas depois acabo escurecendo. Este parece ser legal, e se eu sentir vontade de ler algo do autor, colocarei esse na lista.

    Beijos.

    ResponderExcluir
  7. Oi Greice, tudo bem?
    Taí um autor que acho que vai pra lista dos que preciso conhecer em 2018. Nunca li nada dele acredita?
    Pelo que entendi Pilares da Terra, Mundo sem fim e Coluna de Fogo, apesar de independentes se complementam, certo?
    Bom saber que o autor não aborda tais assuntos como catolicismo e protestantismo de forma enfadonha.
    Beijos

    ResponderExcluir
  8. Oi!

    Esse livro me parece ser uma fantasia excelente, inclusive, já anotei a dica. Eu amo livros históricos e acho isso tão incrível, quando o autor consegue inserir totalmente o leitor. Esse contexto intelectual me chamou bastante a atenção também. :) Adorei a sua resenha.


    beijos!

    ResponderExcluir
  9. Oi, Greice!
    Ouça muito falar dos livros do autor, mas nunca me interessei em ler. Confesso que realmente não faz meu estilo. Infelizmente essa parte histórica me atrai mais nos filmes, do que nos livros. rsrsrs...
    Ainda assim, obrigada pela dica!
    Beijão!
    http://www.lagarota.com.br/
    http://www.asmeninasqueleemlivros.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mas é legal ter este interesse mesmo se for só em filmes. Também tenho alguns gêneros que prefiro ser só em filmes.

      Excluir
  10. Oiii tudo bem??

    Nossa, nunca li Ken Follett, mas cada resenha que leio sobre seus livros fico mais interessada. Me interessei por esse livro, mas não imaginei que a história fosse tão forte como é. A questão religiosa é bastante complicada, e gera varias histórias.
    Gostaria muito de ler.
    Adorei a resenha,
    Bjus Rafa.

    ResponderExcluir
  11. Hey!
    Achei o livro interessante e gostei muito da resenha, mas esse não é o tipo de livro que eu gosto de ler, vou passar a dica dessa vez.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  12. Olá! Tudo bom?
    Eu sou apaixonada pelas capas da arqueiro e com essa não foi diferente. Apesar de eu não conhecer a escrita de Ken Follett eu acho a premissa de sua obra bem interessante. Fico feliz que gostou, não tem coisa melhor do que ler algo e ter aquele sentimento de desejar que continuasse 💜
    Um beijo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Por mim eu leria o tempo todo os livros dele porque é maravilhoso.

      Excluir
  13. Olá, tudo bem?
    Não me interessei muito pela premissa do livro, mas quem sabe eu não acabe dando uma oportunidade, né mesmo? Dica anotada.
    Os Segredos dos Livros

    ResponderExcluir
  14. Olá!
    Esse livro do Ken Follet parece ter uma diagramatura incrível.
    Infelizmente a trama não me atraiu tanto assim.
    Passo essa dica.
    Beijos
    www.manuscritoliterario.com.br

    ResponderExcluir
  15. Oi!
    Esse livro direto passa pelo meu Face mas eu nunca tinha dado muita atenção a ele, é a primeira resenha que leio e fiquei encantada com a história.
    Pelo jeito o autor teve um trabalhão para pesquisar e construir uma história bem verdadeira, sem dúvidas é um livro que prende desde o início

    ResponderExcluir
  16. Oie Greicy
    Menina eu tenho muita curiosidade de ler alguma obra do Ken, mas ainda infelizmente ainda nao tive oportunidade.
    Não sabia que esse livro era uma continuação, achava que eram histórias isoladas e meu Deus que lição de história, hein?
    Falando sinceramente, não sei se esse livro em questão seria o meu estilo, mas fiquei curiosa com o fato de ele contar a história de um país de forma tão envolvente como relatou.

    beijos
    Livros & Tal

    ResponderExcluir

Olá!
Obrigada pela visita ao blog.
Tento sempre responder aos comentários aqui no blog e, se deixar o seu blog, retribuir as visitas o máximo possível.
Beijos