Autora: Sabrina Dias
Título Original: A Princesa e o Plebeu
Páginas: 256
Ano: 2019
Gênero: Ficção/ Romance
Editora: Chiado Books

Luciana Evangeline Greymon é uma princesa incomum, segura de si e com uma personalidade forte. Presa em seu castelo pelo próprio pai sonha em conhecer o mundo fora dos grandes muros. Ao descobrir que será obrigada a casar-se por negócios, foge do palácio e encontra aquele que pode ser o amor de sua vida. Liam não é exatamente o príncipe encantado de um conto de fadas. O camponês pode ser bem irritante as vezes. E a personalidade conflitante dos dois os deixa intrigados. Mas, como a vida sempre guarda surpresas, alguém no castelo quer fazer mal a família real e isso deixa Luciana e todos que ela ama em perigo. Uma história com um amor proibido, um traidor impossível e um príncipe perdido.

Luciana é a princesa do reino de Paladya. Agora que já é adulta e em breve vai completar dezenove anos ela se sente totalmente presa no lugar em que vive. Seu pai a mantém em rédeas curtas desde a morte de sua mãe, assassinada quando Luciana ainda era apenas uma menina. Claro que o que ela não sabe é que tudo isto teve a ver com o rei.

Luciana nunca pode sair do palácio e explorar os lugares que tanto tem curiosidade, mesmo que sonhe muito com isso. Inúmeras vezes já tentou fugir, mas sem sucesso. E agora por mais do que tudo o seu pai, por mais rico que seja o seu reino, que que ela se case com Alexander, o príncipe do reino vizinho.

"Liam, que tinha chegado até ali pedindo passagem, olhou para a garota. Era mesmo ela. O mesmo manto e os mesmos cabelos vermelhos inesquecíveis.
Assim que pôs os olhos em Luciana, Liam sentiu sensações estranhas. Um calor percorreu toda a extensão do seu corpo e ele sentiu o pulso acelerar." P. 29

A saga das tentativas de Luciana em fugir deu certo e assim ela conseguiu ir até o centro do povoado. Era tudo tão diferente e lindo que quando ela se tornasse rainha só pensava em retribuir com aquelas pessoas. Mas algo deu errado e seu cavalo, como uma direção do destino, a joga longe, deixando-a momentaneamente incapacitada.

É então que ela conhece mais pessoas que ajudam a princesa a se recuperar. Mas entre eles está Liam, um rapaz forte e bonito que logo chama sua atenção. Liam sequer sabe quem é aquela garota linda e de língua afiada, que chama tanto a sua atenção.

Logo os dois vão começar a ficar mais íntimos e o que eles começam a sentir se torna totalmente proibido. E algo no reino de Paladya não está certo. Mortes e conspirações começam a acontecer e alguém precisa descobrir antes que seja tarde demais para todos.


"Ela entendeu o que ele queria e se aproximou também. Cada vez mais próximos até que seus lábios se encontraram. E como da primeira vez uma explosão de sensações se apoderou dos dois." P.164

Quando comecei a ler A princesa e o Plebeu eu fiquei imaginando a questão de que há uma história com este contexto de que a princesa não pode se casar com alguém de menos valor social do que ela, e como isso é tão visto hoje em dia em nossa sociedade também.

Afinal, já vimos isto tantas vezes até na realeza britânica, imagina diariamente com as pessoas achando que tudo se baseia em interesses? Não dá para negar então que uma parte das pessoas é interessada sim em dinheiro, porém outras nada mais pensam do que no amor, certo?

"Ele parou e Luciana ficou calada. Sem saber o que dizer. Ela tinha imaginado que ele estava mais do que feliz por se casar com ela e pôr as mãos na herança, mas a verdade era que ele não queria, tanto quanto ela." P.114

Nos primeiros capítulos vamos ver o que aconteceu com a vida da mãe de Luciana e o rei Renê, como tudo aconteceu para que a rainha perdesse a vida e acho que isso foi muito importante principalmente para o final que foi uma reviravolta gigantesca e não vai deixar a leitora pensando que é um clichê.

Depois vamos ver como é a vida de Luciana no castelo e toda a preparação do aniversário e das festas. O legal é que a autora vai introduzindo os personagens aqui e vai colocando um suspense a mais, não fica só por conta do romance, que aliás não é aquela coisa que bateu e pronto, é romance.

O livro é rápido de ler e gostei da diagramação da editora. E o final como já comentei, é um momento bem especial e curioso até. Não sou muito de ler histórias em que parecem que princesas são tudo de lindo e maravilhoso, mas esta foi uma grata surpresa!




Autor: Pedro Porciúncula
Título Original: Epifonia
Páginas: 138
Ano: 2019
Gênero: Ficção
Editora: Chiado Books


Quando se pega um ônibus, podemos ir até ao nosso destino, ou mudá-lo completamente. Regados a boas histórias e Rock n’Roll, dois amigos viajam até Porto Alegre para assistir ao show de sua banda favorita. Em uma Jornada espiritual e musical, eles decidem que nada mais será como costumava ser e que todo o tempo ruim ficará para trás.
Quando um amigo tem muitas histórias para contar e a vida parece não estar cheia de muitas surpresas positivas, parece que as ideias começam a não sair corretas. É assim que o personagem principal de Epifonia começa sua saga. Um profissional da área de humanas que ainda não encontrou sua fama e que dá aula de inglês e que se encontra não passando em seu mestrado.

É então que reúne decide escrever um conto e fazer uma ilustração para uma de suas bandas favoritas: Matanza. E não somente isto, decide também que entregar direto para a banda pode ser o pontapé inicial para o próximo sonho. Porém o show é em Porto Alegre e são cinco horas de viagem até lá, de ônibus e monotonia pura.

"Rimos. Porém, não podia deixar de ser aquele cara que tenta botar juízo na cabeça dos outros. Esse era o meu propósito quando estávamos juntos." P.15

Assim o personagem decide que com seu melhor e mais maluco amigo Felipe vai ir até lá, se juntar ao seus outros amigos que moram em Porto, o Thiago e o Álvaro e em uma trama maluca e em aventuras para lá de perigosas tentar fazer isto dar certo.

O meio do caminho são todas as aventuras que acontecem tanto durante a viagem quando as lembranças que surgem da amizade de todos. Afinal, ser adulto não é algo tão simples e sempre se imagina algo diferente. Ao chegar em Porto Alegre eles vão ter que lidar com emoções e uma ansiedade sem fim até o ponto final desta saga.


Vamos então falar de Epifonia. Vou ter que dizer que em certos momentos a leitura teve dois ápices da minha razão. Nossa, que coisa meio estranha para eu escrever então vai ser muito melhor eu explicar.

Primeiro preciso falar sobre os personagens. Primeiro tenho que citar o personagem principal que ainda não conseguiu alcançar seus sonhos e objetivos e está naquela fase da vida, ou nas várias dela, em que ficamos nos questionando qual a razão de tudo estar tão errado ou por qual caminho estamos seguindo. É o cara mais certo da turma, diga-se de passagem.

"De longe, eu a vi esperando na porta. Ela era inconfundível na multidão. Tudo ficava preto e branco ao redor dela e a vida, de represente, fazia sentido." P.23

Em contrapartida há Felipe, que é o personagem gostosão, que acaba pegando todas as mulheres, é o fortão que bate em todo mundo e por aí vai. Já os outros Thiago e Álvaro já são mais reservados e tem um foco menos central na trama. Mas acho legal que eles também possuem sua experiência de loucura.

Então, o fato é que chegou um momento em que eu estava com olhos de uma leitora feminina e feminista. Então em certos momentos o tal Felipe me dava raiva, pois a todo momento era uma mulher que ele pegava, era outra que ele passava a fala. Ou seja, parecia que todas as mulheres não tinham valor. Então eu parei o livro por um tempo para analisar qual o meu posicionamento como leitora. Leitora crítica que não pode aceitar uma visão diferente? Então voltei para a história!



Veja bem, a história é fictícia e sabe-se muito bem que existem mil Felipes por aí. Minha leitura não estava liberando nenhum tipo de Felipes na sociedade e sim conhecendo um personagem. E então quando aceitei isto a leitura foi uma total aventura. Posso dizer que o autor tem uma dedicação pela escrita que é como se ele estivesse escrevendo um diário.

"Foi quando eu entendi as regras do jogo do Caos e, uma vez que minha oportunidade tinha passado, ficou claro para mim que eu teria que a partir dali uma espécie de fardo para carregar. O tributo não fora pago e a oferenda não seria aceita." P. 107

Ele cita bandas as quais eu conheço então eu sabia que a forma como ele escrevia eram reais e também os tais moshs ou as tais rodas punks que ele cita também. Afinal, eu já participei de algumas! Sim. Todo mundo tem sua dose de loucura na vida! E ele vai desempenhando o papel do personagem mostrando como a vida é insana e como é um caos que vai se desenvolvendo.

O final da leitura tem uma reflexão ótima. Nem sempre o que fazemos em diversos momentos é o que vamos fazer para sempre na vida. E até mesmo nisso cito o Felipe. E foi por este motivo que mudei completamente minha opinião. A idade passa, as ideias mudam e os sonhos se concretizam. Pedro conseguiu colocar tudo isso em poucas páginas, mas em experiências bem tocantes!



Depois de eu estar colocando em dia alguns seriados e de ter estreado uma das minhas séries favoritas (The OA) que eu já vi e revi, agora estou esperando mais algumas coisas boas que estão para chegar na Netflix.

AREIA MOVEDIÇA
Estreia: 01/04/2019


Para quem não conhece a autora Anne Holt, ela é muito famosa por diversos livros de suspense e este não vai ser diferente. Esta série é baseada no livro da autora. A história fala sobre a história de uma jovem que vai ser acusada de um assassinato após um massacre em uma escola na cidade de Estocolmo.
THE SILENCE
Estreia: 10/04


O mundo é atacado por terríveis criaturas assassinas atraídas pelo som. Ally Andrews (Kiernan Shipka), uma jovem de 16 anos que perdeu a audição alguns anos antes, parte em busca de refúgio ao lado de sua família. Na jornada, eles se deparam com um culto sinistro cujos membros estão determinados a explorar os sentidos aguçados de Ally.

Eu sei que você vai dizer que já teve filme assim parecido e que tudo é igual, mas a verdade é que este filme foi adaptado de um outro livro e como está fazendo sucesso filmes deste tipo, então a Netflix está adaptando todos os filmes possíveis com este tema.
THE RAIN - SEGUNDA TEMPORADA
                                                                        Estreia: 17/05





Uma publicação compartilhada por Netflix Nordic (@netflixnordic) em

The Rain teve sua primeira temporada em 2018 e eu adorei cada parte. A série fala sobre a história de dois irmãos que ficaram escondidos em um esconderijo durante uma epidemia que era transmitida pela chuva e água. Agora um deles tem o vírus porém não se contamina, mas contamina os outros. Acho a série cheia de ação e não vejo a hora de assistir.

Estas são as três que estão na minha lista, mas ainda tem Lúcifer que também estou aguardando e Dark. Ufa!



Autora: Tracy Banghart
Título Original: Grace and Fury
Páginas: 304
Ano: 2018
Gênero: Fantasia
Editora: Seguinte
                      Comprar


Em Viridia, as mulheres não têm direitos. Em vez de rainhas, os governantes escolhem periodicamente três graças — jovens que viveriam ao seu dispor. Serina Tessaro treinou a vida inteira para se tornar uma graça, mas é Nomi, sua irmã mais nova, quem acaba sendo escolhida pelo herdeiro.
Nomi nunca aceitou as regras que lhe eram impostas e aprendeu a ler, apesar de a leitura ser proibida para as mulheres. Seu fascínio por livros a levou a roubar um exemplar da biblioteca real — mas é Serina quem acaba sendo pega com ele nas mãos. Como punição, a garota é enviada a uma ilha que serve de prisão para mulheres rebeldes.
Agora, Serina e Nomi estão presas a destinos que nunca desejaram — e farão de tudo para se reencontrar.
Serina e Nomi são irmãs e ambas viveram somente para uma coisa: Serina para ser uma graça e Nomi para ser a aia da irmã. Em Viridia, a cidade onde vivem os reis, a cada período cada um deles e seus filhos precisam escolher as mulheres as quais eles querem "quebrar", ou melhor, as quais eles querem que sejam submissas. Serina é a irmã mais velha e sempre sonhou com isto. Aprendeu tudo corretamente e chegou o momento do baile onde o príncipe vai escolher suas primeiras três graças.

As duas vão precisar deixar seus pais e seu irmão e nunca mais voltar para casa. Nomi odeia todo o mundo das graças, mas não pode deixar a irmã sozinha. Em Viridia tudo é proibido. As mulheres não podem ler, escrever ou ter nenhum poder. Porém Nomi aprendeu tudo isto com seu irmão.

"Em Viridia, as graças representavam os mais elevados padrões de beleza, elegância e obediência. Eram ao que todas as garotas deveriam aspirar.
Tornar-se uma graça e uma aia implicaria uma vida diferente para Serina e Nomi, mas elas discordavam quanto a essa vida ser melhor ou pior." P.16

No dia do baile em um pequeno incidente, o príncipe acaba conhecendo Nomi e quando Serina era para ser escolhida como uma graça, sua irmã acaba sendo a escolhida. Totalmente contra a sua vontade. E ao pegar escondido um livro para si e descoberta com ele, Serina assume a culpa e por castigo vai parar na ilha onde quem entra nunca mais retorna, onde as mulheres são punidas e precisam lutar entre si para sobreviver.



Agora Nomi precisa arrumar um jeito de salvar a sua irmã daquele inferno e também do príncipe ao qual terá que ser submissa. É quando o irmão do príncipe e seu futuro cunhado aparece e se torna seu grande amigo, mostrando um plano onde as mulheres poderão viver em paz. Porém o que parece ser fácil vai se tornar o maior pesadelo de todos.

"Será que Nomi não havia considerado, nem por um segundo, que punição poderia vir a receber quando pedira a Renzo que lhe ensinasse a ler? Quando roubara aquele livro? Serina achava que não. Nomi devia ter pensado que só corria o risco de açoitamento. Talvez uma multa." P. 57

Minha santa criatura das leituras! Por onde começar a descrever este livro? Eu poderia ir já para o melhor de tudo e entregar os pontos, mas seria desonesto com quem está lendo a resenha. Lógico que estou muito emocionada pela leitura deste livro. Não entendo qual a razão de algumas vezes ficar enrolando para ler por tirar conclusões precipitadas e depois que leio fico me culpando por ter demorado. Este foi um dos casos.

Temos como protagonistas duas irmãs. Serina é aquela moça mais submissa, mais calma e que aceita tudo facilmente. Nomi já é mais selvagem, arisca e que se joga em tudo sem pensar duas vezes. Logicamente que isto vai causar algumas confusões durante o livro. Algum leitor até pode pensar que estas características prejudicam as duas na obra, mas eu achei totalmente coerente, já que tudo é tão interligado durante a escrita e tem um final tão lógico que não há dúvidas sobre como elas foram bem construídas.



Temos um cenário onde as mulheres não tem voz. Não podem fazer absolutamente nada além do que são obrigadas e mesmo as que são privilegiadas não podem sair do castelo ou emitir opiniões sem estarem sendo espionadas o tempo todo. Em muitos momentos isto me corroeu. Nada como privar o ser humano de sua liberdade para causar a dor.

Isto sem contar no que acontece na ilha. Onde as mulheres são separadas em grupos e obrigadas a lutar até a morte para ganhar comida. A história é madura e cheia de conflitos o tempo inteiro. Em alguma parte da história dá para perceber o que está sendo tramado, mas como o livro é uma trilogia, infelizmente termina de uma forma chocante que me deixou com a mão na boca e querendo saber como tudo iria se resolver.

"- Por que fazemos isso? - Serina perguntou. Era uma questão que a perturbava desde a primeira noite na ilha. - Por que deixamos que os guardas nos obriguem a lutar? Se todas recuássemos, teriam que nos alimentar." P.145

A autora foi muito inteligente em colocar a história naquele tipo de desenvolvimento. Os capítulos se passam entre uma irmã e outra e na luta interna de cada uma delas. Graça e Fúria é o nome perfeito para a obra, sendo que não tem como denominar quem é quem entre os personagens. O segundo volume com o nome intitulado de Queen of Ruin está com previsão de lançamento para julho deste ano e estou mais do que esperando que a Seguinte lance este ano ainda.

Para quem gosta de fantasia, com mulheres fortes e muita emoção, pode apostar que vai curtir bastante Graça e Fúria. Tem luta, tem guerra e espero que tenha muito mais guerra ainda no próximo. Amém!


E quanto mais romance de época chega ao Brasil, mais as fãs do gênero enlouquecem.
Desta vez a editora Arqueiro está apostando mais uma vez não somente na autora Julia Quinn, que já compõe o catálogo com diversos livros, mas também uma duologia com as autoras Eloisa James, também com livros publicados na editora e Connie Brockway.

Vejam os dois livros, um com previsão de publicação já para o início de maio.


A DAMA MAIS DESEJADA
Data de Publicação: 02/05/2019
Comprar: Amazon

Hugh Dunne, o irresistível conde de Briarly, precisa de uma esposa. Para ajudá-lo, sua irmã convida as mais elegantes damas da sociedade, assim como alguns cavalheiros, para uma festa em sua propriedade.A reunião inclui a incrivelmente bela (e dolorosamente tímida) Gwendolyn Passmore, a sincera e adorável Katherine Peyton e a viúva lady Georgina Sorrell, além de alguns condes e até um arrojado herói de guerra.Durante o evento, que promete ser o grande acontecimento da temporada, Hugh terá tempo suficiente para eleger a dama que mais deseja. A não ser que outro cavalheiro seja mais rápido.Nesse caso, quem sabe ele acabe cortejando uma moça que definitivamente não está no mercado casamenteiro, e que vai exigir uma boa dose de perseverança...

A DAMA MAIS APAIXONADA
Previsão de Lançamento: Setembro


Entre no mundo cintilante do período da Regência e prepare-se para ter seus corações aquecidos por Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway... Durante sua peregrinação anual de Natal à Escócia, para visitar seu tio idoso em seu decrépito castelo, o Conde de Rocheforte e seu primo, Conde de Oakley, recebem presentes únicos: seu tio invadiu a festa de Natal de um lorde inglês - Lorde Bretton - e sequestrou quatro adoráveis mulheres para seus herdeiros escolherem... O castelo fica isolado devido à nevasca e as horas se tornam dias, as intenções mais honrosas revelam tentações tão surpreendentes quanto irresistíveis.
Para ver mais sobre os dois lançamento é só acessar o site da Editora Arqueiro.


                            Autora: Bianca Rosenthal

Título Original: Criando Janelas Light - Sob a Ótica do Aprendiz
Páginas: 113
Ano: 2018
Gênero: Não-Ficção
Editora: Chiado Books
                                       Comprar


Bianca Rosenthal é mãe, esposa, advogada, e, como milhões e milhões de pessoas, em certo momento de sua vida, apresentou transtornos emocionais que a abalaram sobremaneira e a fizeram repensar sua história. Neste livro ela conta um pouco de sua experiência e como aprendeu a gerir o seu “eu”, a utilizar sua mente, ao seu favor, criando “janelas light” (arquivos ou memórias saudáveis), utilizando ferramentas incríveis de gestão da emoção, cultivando um lindo jardim em sua mente.
Ao contar a sua história e dividir seus aprendizados, Bianca entra sutilmente no universo dos pensadores e da poesia. Tudo muito encantador e ao alcance de todos nós!
Há uma questão atual que é muito comentada em todos os meios e que a cada dia traz muito mais discussão e estudos diários: os transtornos mentais. Há quem diga que quem é acometido por uma depressão ou por um transtorno do pânico na verdade  é preguiçoso, não tem vontade de trabalhar ou coisa parecida.

A verdade é que cada vez mais pessoas são diagnosticadas com algum tipo de transtorno e que se projeta em sua vida causando diversos males, influenciando em sua rotina, trabalho, estudos e bem-estar. O mundo se tornou totalmente exigente, com informações atualizadas a todo o momento e acompanhar tudo isto gera uma ansiedade fora do comum.

Cada vez mais a necessidade de estar em uma terapia e gerir a gestão da emoção é necessário para ficar focado e centrado para que estes sentimentos não nos afetem, mas para quem já os tem e para quem já demonstra sinais, Bianca Rosenthal mostra através de seu livro que, por meio de uma luta que também sofreu com um transtorno, como é possível trabalhar para criar janelas ligth, ou seja, janelas que criam boas memórias e facilitem a melhora ou amenizem as dores e o sofrimento.

"Recentemente li o depoimento de uma atriz famosa que disse: "A depressão é uma morte em vida. Você não sente nada, nem tristeza, nem raiva, alegria, nada". P. 17

Bianca é uma grande estudiosa da gestão da emoção, do autor Augusto Cury utiliza técnicas do mesmo para mostrar através do livro e também com palavras de uma aprendiz como fazer funcionar estas técnicas.


Da mesma forma ela fala também sobre partes da sua vida, as situações que podem ter desencadeado o seu transtorno e como ela trabalhou cada ponto. Logicamente não é nada fácil esta função e ela demonstra que é um trabalho diário e difícil, que é um passo de cada vez, que gerir emoções não é algo do dia para noite, é como recriar todo um sistema.

"Algumas doenças como a depressão podem ter causas de ordem química, que precisam ser identificadas e tratadas com medicação, o que torna necessária a ajuda de um médico.
Contudo, o coaching ajuda a criar janelas light, a desenvolver habilidades para que você possa se tornar um ser humano melhor, saudável emocionalmente e líder de si mesmo." P. 22

O livro vem com vários capítulos específicos e diferentes para ser trabalhado aos poucos e também para não confundir a você, leitor. Também tem ilustrações muito bem caracterizadas sobre o sentimento e a sensação de como é passar por estes transtornos e que há cura, tratamento e saídas para todos os momentos, por mais que pareçam difíceis.

Achei diversos pontos legais e frutíferos no livro. Muitas vezes só estamos preparados para conseguir o sim, ou sempre ouvir elogios. Mas é muito importante também saber trabalhar o não recebido e que o fracasso faz parte de outras construções.







"O fracasso, quando bem trabalhado, pode trazer força e resiliência. Isso ocorre quando você começa a pensar na situação, desassocia-se do momento e entende o que está acontecendo. A partir daí, toma um novo rumo, uma nova atitude, faz as correções necessárias que poderão te levar ao sucesso. Ter coragem sempre dá certo." P. 64


O livro é curto, para ser lido aos poucos e absorvido com calma. Cada capítulo é bom parar para pensar e analisar e ver como tudo é um pequeno passo diário. Há coisas que você pode não concordar se estiver em momentos difíceis, pois nosso cérebro demora a aceitar que tudo passa, acredite, eu também passo por momentos assim. Mas lute e continue e jamais duvide da dor de alguém.

Bianca Rosenthal é advogada, mãe e precisou refazer muitos momentos de sua vida para conseguir dar a volta por cima de tudo isto. O importante nem sempre é a quantidade e sim a qualidade daquilo que você se propõe a fazer. Boa leitura!