Mais um mês quase chegando ao fim e estou aqui para mostra os meus desejado que tenho visto pipocando pelas redes sociais, sites e blogs. Sou destas que não importa quantos livos tenho na prateleira, mas minha lista de desejados vai estar sempre crescendo.


O MAU EXEMPLO DE CAMERON POST
Emily M. Danforth
Harper Collins
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Quando os pais de Cameron Post morrem em um acidente de carro, a primeira coisa que ela sente, para sua própria surpresa, é alívio. Alívio que eles nunca vão precisar saber que, algumas horas antes, ela estava beijando uma menina.
Mas o alívio não dura, e Cam é forçada a morar com sua tia ultraconservadora e sua bem-intencionada mas antiquada avó. Ela sabe que, daqui em diante, tudo será diferente. Sobreviver nessa pequena cidade rural de Montana exige que Cam finja ser igual a todo mundo e evite assuntos indelicados (como diria sua avó), e ela é boa nisso.
Até que Coley Taylor chega à cidade. Coley é perfeita, e tem um namorado perfeito para completar. Ela e Cam forjam uma amizade intensa, que parece deixar espaço para algo mais. Mas assim que isso começa a parecer possível, a religiosa tia Ruth decide que é hora de “consertar” sua sobrinha, a mandando para God’s Promise, um acampamento de conversão que deve “curar” sua homossexualidade. Lá, Cam fica frente a frente com o custo de negar quem ela é – mesmo que ela não tenha certeza que sabe realmente quem é.
O mau exemplo de Cameron Post é uma estreia literária inesquecível e impressionante sobre descobrir quem você é e ter a coragem de viver de acordo com suas próprias regras.


BEM ATRÁS DE VOCÊ
Lisa Gardner
Editora Gutenberg
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Após uma tragédia que o separou por oito anos de sua irmã mais nova, Sharlah, o jovem Telly ressurge como o principal suspeito de uma onda de assassinatos. 

Só uma pessoa é capaz de desenhar o perfil do criminoso: o hábil ex-agente do FBI Pierce Quincy, que é convocado para colaborar no caso. Mas seu envolvimento como pai adotivo de Sharlah pode obscurecer sua linha de raciocínio ou levá-lo para um emaranhado de pistas desconexas, mostrando que o caso pode ir muito além do que parece ser.


SERAFINA E A CAPA PRETA
Robert Beatty
Editora Valentina
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Serafina nunca teve motivos para desobedecer ao seu pai e se aventurar além da Mansão Biltmore. Há espaço de sobra para ser explorado naquela casa imensa, embora ela precise tomar cuidado para jamais ser vista. 
Nenhum dos ricaços lá de cima sabe da existência de Serafina; ela e o pai, o responsável pela manutenção das máquinas, moram secretamente no porão desde que a garota se entende por gente. Mas quando as crianças da propriedade começam a desaparecer, somente Serafina sabe quem é o culpado: um homem aterrorizante, vestido com uma capa preta, que espreita pelos corredores de Biltmore à noite. 
Após ela própria ter conseguido – depois de uma incrível disputa de habilidades – escapar do vilão, Serafina arriscará tudo ao unir forças com Braeden Vanderbilt, o jovem sobrinho dos donos de Biltmore. Braeden e Serafina deverão descobrir a verdadeira identidade do Homem da Capa Preta antes que todas as crianças... 
A busca de Serafina a levará ao interior da mesma floresta que tanto aprendeu a temer. Lá, descobrirá um esquecido legado de magia, que tem relação com a sua própria origem. Para salvar as crianças, Serafina deverá procurar as respostas que solucionarão o quebra-cabeça do seu passado.


KINDRED
Octavia Butler
Editora Morro Branco
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Em seu vigésimo sexto aniversário, Dana e seu marido estão de mudança para um novo apartamento. Em meio a pilhas de livros e caixas abertas, ela começa a se sentir tonta e cai de joelhos, nauseada. Então, o mundo se despedaça.
Dana repentinamente se encontra à beira de uma floresta, próxima a um rio. Uma criança está se afogando e ela corre para salvá-la. Mas, assim que arrasta o menino para fora da água, vê-se diante do cano de uma antiga espingarda. Em um piscar de olhos, ela está de volta a seu novo apartamento, completamente encharcada. É a experiência mais aterrorizante de sua vida... até acontecer de novo. E de novo.
Quanto mais tempo passa no século XIX, numa Maryland pré-Guerra Civil – um lugar perigoso para uma mulher negra –, mais consciente Dana fica de que sua vida pode acabar antes mesmo de ter começado.

Estes são uns dos lançamentos que já estão na minha lista de desejados. 
Claro que tem mais um monte e aos poucos venho mostrar mais deles por aqui.
E você, tem algum interesse nestes acima?





Autora: Estelle Laure
Título Original: This Raging Light
Páginas: 208
Ano: 2016
Editora: Arqueiro

O pai dela surtou e foi internado. A mãe disse que ia viajar por uns dias e nunca mais voltou. Wren, sua irmãzinha, parece bem, mas já está tendo problemas na escola. Lucille tem só 17 anos, e todos os problemas do mundo. Se não conseguir arrumar um emprego para pagar as contas e fingir para os vizinhos que está tudo em ordem, pode perder a guarda da irmã.
Sorte a dela ter Eden, uma amiga tão incrível que se dispõe a matar aulas para ajudá-la.
Azar o dela se apaixonar perdidamente justo agora, e justo por Digby, o irmão gêmeo de Eden, que é lindo, ruivo... mas comprometido.

Essa luz tão brilhante é a história de uma garota que descobre uma grande força dentro de si enquanto aprende que a vida e o amor podem ser imprevisíveis, assustadores e maravilhosos – tudo junto e misturado.Lucille tem apenas dezesette anos quando algo muito ruim acontece em sua família. Seu pai em uma noite resolve enlouquecer e tentar matar a sua mãe. Isso somente em um acesso de raiva, porém sabe-se que ele guardou um rancor durante muito tempo por achar que sua vida foi roubada por ter que virar um trabalhador e pai em tempo integral. Depois da reabilitação ele resolve que sumir é a solução.

Chateada com tudo isto, a mãe de Lucille também percebe que é preciso tirar umas férias e deixa ela e sua irmã mais nova sozinhas, prometendo voltar algum dia. A verdade é que agora as aulas recomeçaram e não há nem sinal da mãe delas. A comida está acabando e o dinheiro para as contas quase nem existe mais.
"Wren e Lucille. Lucille e Wren. Vou fazer tudo o que for necessário. Ninguém vai nos separar. Isso significa manter as coisas na máxima normalidade possível. Fingir. Porque as coisas não poderiam estar mais longe da normalidade." Pág. 7
Wren é a irmã mais nova que com apenas nove anos de idade vai enfrentar a barra pesada de ter os pais longe junto com a irmã. Wren mantém as esperanças todos os dias quando acorda acreditando na volta de sua mãe ou uma simples ligação.

Eden é a melhor amiga de Lulu, o apelido de Lucille. Desde a infância as duas nunca se desgrudaram e andam juntas dentro e fora da escola. Ambas possuem a mesma idade e Eden tem um irmão gêmeo Digby, o qual Lucille tem uma paixão secreta.

"Minha vontade é ligar para Eden e contar para ela, perguntar o que devo fazer, como devo lidar com a situação, mas sei que não posso. Algo ruim aconteceu ontem à noite quando fiz Eden ir embora, mas não sei muito bem o quê." Pág. 69

Agora que as irmãs estão sozinhas e Lulu é menor de idade, ela precisa fazer o impossível para ninguém perceber que seus pais sumiram e manter as coisas no lugar, caso contrário o conselho tutelar pode agir e separá-las definitivamente.

É quando coisas estranhas começam a acontecer. Lucille consegue um emprego durante a semana em um restaurante mexicano e faz novos amigos, compras aparecem em sua casa: geladeira cheia, armários estocados e tudo de que elas precisam para sobreviver. Quem estaria por trás de tudo isto sendo que todos os seus vizinhos não sabem de nada sobre a situação das irmãs?

Essa Luz Tão Brilhante é um livro que eu estava há muito tempo desejando ler, mas que acabei demorando um pouco para trazer ele para a pilha de leituras. Porém quando comecei não consegui mais parar. Li tão rapidamente que fiquei a ver navios assim que a última página chegou.

O livro é um estilo de romance juvenil onde a personagem principal de Lucille mostra uma personagem jovem e com o espírito bem guerreiro sendo que precisou enfrentar alguns sérios golpes em relação aos pais. Claro que só por esta parte em que a autora descreveu já pesa bastante pois ela vê tudo o que acontece entre os pais, a briga trágica e como todos no bairro ficaram sabendo sobre isso, inclusive na própria escola.

"A música é diferente de tudo o que já escutei, nada a que eu esteja acostumada, com toda a certeza, mas é boa o suficiente para me fazer fechar os olhos. Quando termina, ele está com o boné na cabeça e a mochila nas costas." Pág. 101


O livro traz um tema de amizade muito forte, onde as amigas se tornam inseparáveis e fazem de tudo uma pela outra e não somente sito, mas como todas as pessoas envolvidas tentam de alguma forma ajudar aquela família que se amam tanto  viver e continuar lutando sem precisar encarar mais problemas do que já enfrentam. Imagine só ser abandonada pelo pai e pela mãe ter que ficar sozinha e sustentar a si e também a uma irmã mais nova sem sequer uma luz no fim do túnel?




"Eu me levanto rápido para segurá-la. Ela já caiu. Tente me alcançar, digo com a mão. Ela não tenta. Está desfalecida. Desliza por uma placa de gelo. Estou com mais frio e com mais calor. Tento puxá-la, mas ela já está completamente fora do meu alcance." Pág. 145

Em contrapartida vemos também os problemas que surgem na amizade de Lulu e Elen e o quanto isso machuca ambas as meninas. E é em um momento onde elas tentam se entender que de repente Elen acaba sofrendo um grave acidente e coloca sua vida em risco, fazendo com que a culpa de Lulu por ter se apaixonado por seu irmão Digby tenta pesado muito.




O livro é bem leve e rápido de se ler e a diagramação da editora ficou super linda. O capítulos vão sendo intercalados entre os personagens e no final do livro há uma grande surpresa já que já há uma continuação que a Arqueiro acaba de lançar, contando a história de Éden.



Em breve vai ter resenha deste livro por aqui e caso você pense em ler o segundo livro antes do primeiro, te indico em ler primeiro Essa Luz tão Brilhantes, pois você vai entender o que realmente acontece com toda amizade entre Lulu e Eden.





Dando continuidade ao post anterior - post aqui - vou mostrar quais foram os outros cinco livros que eu considerei como melhores lidos em 2017. Sempre quero mostrar aos leitores aqui do blog tudo o que leio e indico, pois também sempre procuro dicas e opiniões de leituras novas.



Me surpreendi muito com esta leitura. Com um foco de cenário nacional e bastante político, o Eric Novello conseguiu misturar o lado da fantasia com personagens super carismáticos e envolvendo o mundo atual de corrupção onde eu consegui perceber que para onde podemos ir a qualquer momento. É um livro que narra a luta por direitos de todos em meio a um estilo de ditadura cruel.



Li muitas resenhas em que as pessoas não gostaram tanto desta história, mas para mim foi como um furacão. Trata de uma história em que apresenta como papel inicial o estupro de uma adolescente e a visão de um dos suspeitos durante toda a investigação e como isso afetou diretamente toda a sua vida. Adorei pela questão do drama, da atuação e do cenário. Adoro quando um autor transcreve cada pedacinho de uma cidade pequena e como isso influencia todos os moradores.


Kristin Hannah é a rainha de escrita sobre dramas familiares. Neste livro ela conseguiu unir o drama sobre uma família que tenta se recuperar de uma perda, com uma outra família que tenta se recuperar de um divórcio e outra que se desfez pelas dificuldades de aceitação da maternidade. Nesta mistura há tantos conflitos e tanto amor que é impossível não querer abraçar os personagens.




Esta foi uma leitura que me castigou bastante. Não sou acostumada a ler livros com culturas tão diferentes e o que esta trouxe machucou bastante. Saber que mulheres afegãs sofrem tanto e que o povo passa por tanta miséria e dor causa uma falta de poder inigualável. A autora escreve de forma a traduzir o sentimento feminino e mostrar ao mundo como tudo pode ser diferente conforme a nação.



 

Impossível deixar de fora os dois livros de Outlander. Foi tão marcante que quem lê a saga sabe que a Diana deixa cada pedaço da história marcada em nosso coração. E desta vez ela pega muito pesado com certos personagens e ainda mais com o final do segundo livro, fazendo com que alguns voltem de onde a gente menos imagina. Eu termino cada livro já sonhando com o próximo.


Estes foram os outros cinco livros que eu amei ler em 2017. Claro que tive mais leituras boas, mas os que ficaram realmente marcados e eu indico para vocês quero sempre deixar por aqui.

Se quiser deixar sua dica vou ficar bem feliz!




Estou sempre esperando novidades no catálogo da Netflix. Sou daquelas que fica procurando no YouTube a programação do mês para anotar os dias e as novidades para me programar nos dias de lançamento. 

E desta vez a novidade foi Vende-se esta Casa que por acaso eu me deparei no trailer do filme, já que nem imaginava que ia ter este lançamento.

Ao assistir ao trailer de Vende-se esta Casa tive a surpresa de ter o ator do seriado Os Treze Porquês atuando, e isso já foi um ponto positivo. Gosto ator pelo fato de ele ter se saído muito bem no seriado e já o vi também em outros filmes, mas confesso que fui puxada mais pela questão de gosta do ator já que o trailer em si não chega a pesar tanto na atenção.

A Netflix caracteriza o filme na área de suspense e terror, mas pode ficar tranquilo pois na verdade o terror não pesa nesta filme e sim fica focado no suspense o tempo todo. Até imaginei que poderia ser influenciado pelo terror mas não chega nem perto disso.


SINOPSE: Após a morte do pai, o adolescente Logan Wallace (Dylan Minnette) e sua mãe, Naomi Wallace (Piercey Dalton), se mudam temporariamente para uma casa à venda, buscando superar o trauma familiar. Eles precisam apenas organizar um dia de "portas abertas" para acolher potenciais compradores do imóvel. Depois deste evento, Logan e Naomi começam a perceber presenças estranhas dentro da casa.



De início temos a família reunida: mãe, pai e filho em um ambiente familiar mostrando as dificuldades financeiras. E nas primeiras cenas já se desenvolve a morte do pai de Logan, que faz com que a família precise sair da casa onde mora na Califórnia, já que a mãe não tem emprego e dependa da sua cunhada. Assim eles vão morar em uma casa que está à venda nas montanhas por um período indeterminado.

Ao chegar ao local, uma bela mansão, eles se deparam com estranhos vizinhos, principalmente Martha, uma senhora que tem o costume de falar sobre sua vida, porém em momentos diversos ela costuma se contradizer e causar aquele mistério onde a personagem parece esconder algo grandioso.


A diferença é que a casa por estar a venda tem todos os domingo a visitação aberta para quem deseja conhecer toda a estrutura interna. Geralmente nos Estados Unidos eles tem esta cultura de conhecer tudo antes, sem os moradores estarem lá dentro, mas morando no local, para poder decidir se a compram ou não. E é nos domingos que mãe e filho saem para que seja aberta para esta visitação.

O suspense fica por conta de telefonemas estranhos, barulhos que aparecem do nada, objetos que somem e surgem em outros lugares. E como sempre a questão dos vizinhos. A cada passar dos minutos mais coisas estranhas acontecem, até que algumas cenas dão uma adrenalina de medo, mas em outros ficam muito paradas fazendo o filme não ser tão agitado.


O filme realmente vai pegar fogo quando faltar cerca de 25 minutos para o final. É aí que tudo vai se desenrolar e todas as cenas de suspense vão fazer mais sentido. Durante todo o filme fiquei bolando milhares de teorias loucas para tentar desvendar o que estava acontecendo já que diversas pessoas são colocadas no painel principal, mas já digo que se você espera um final em que vai ficar satisfeito, pode esperar sentado, porque apesar de ter um desfecho completo, não vai ficar sabendo a real situação. 

É aquele tipo de filme que dá o resultado final da história, mas não entrega a cereja do bolo, sabe? E isso me deixou mega irada, já que eu não gosto de pontas soltas, mesmo que não faça diferença para algumas pessoas. 

DATA DE ESTREIA: 18/01/2018  DURAÇÃO: 1h 34 minutos

Não é um filme que eu posso indicar com cinco estrelas, mas dá para tirar um bom proveito da situação. Cheio de clichês para quem assiste muitos filmes assim e o final até que mudou o que eu esperava. Por fim espero ver mais do ator na segunda temporada do seriado e com certeza mais filmes da Netflix, que aposta sempre em novidades.






Autora: Erin Beaty
Título Original: The Traitor's Kiss
Páginas: 440
Ano: 2017
Editora: Seguinte - Cia das Letras

Com sua língua afiada e seu temperamento rebelde, Sage Fowler está longe de ser considerada uma dama — e não dá a mínima para isso.
Depois de ser julgada inapta para o casamento, Sage acaba se tornando aprendiz de casamenteira e logo recebe uma tarefa importante: acompanhar a comitiva de jovens damas da nobreza a caminho do Concordium, um evento na capital do reino, onde uniões entre grandes famílias são firmadas. Para formar bons pares, Sage anota em um livro tudo o que consegue descobrir sobre as garotas e seus pretendentes — inclusive os oficiais de alta patente encarregados de proteger o grupo durante essa longa jornada.
Conforme a escolta militar percebe uma conspiração se formando, Sage é recrutada por um belo soldado para conseguir informações. Quanto mais descobre em sua espionagem, mais ela se envolve numa teia de disfarces, intrigas e identidades secretas. E, com o destino do reino em jogo, a última coisa que esperava era viver um romance de tirar o fôlego.

Sage Fowler chegou aos dezoito anos sendo acompanhada pelo seu tio, sua tia e seus primos. Mesmo sendo tutora deles, parece que agora seu tio a considera um fardo e a quer casar de todo o jeito. Na verdade desde a morte de sua mãe e depois seu pai, Sage vive tentando não chamar a atenção, já que ficou morando na casa de seus tios.

A verdade é que seu tio já estava há tempos esperando por este momento e mesmo que Sage fosse filha de um passarinheiro e não tivesse nenhum tipo de sangue de nobreza, em seu país a regra é que as moças da nobreza passem pela casamenteira, uma mulher que vai escolher a pessoa certa para cada uma. Sage não tem a mínima paciência para este tipo de coisa, já que seus pais casaram por amor e é somente nisto que ela acredita.

A cada cinco anos acontece o Concordium, que é onde as moças são apresentadas e os seus pares escolhidos. Para isso todas as participantes precisam viajar até o local juntamente com uma escolta especial, já que os países apesar de terem tentado a paz há alguns anos continuam se encarando de uma forma estranha. O rei tenta de todas as formas fazer reinar a paz mas tem povos como os kimisaros que querem tirar o rei do poder e assumir o trono, com a estratégia de sequestrar Rob, o filho mais novo do rei.



"A prima achava que Sage tinha chances de entrar para o Concordium, mas a garota não tinha a mesma ilusão. O principal trabalho da alta casamenteira era selecionar as melhores da região para a conferência realizada uma vez a cada cinco anos, mas ela não desejaria entrar nem se fosse bonita ou rica o suficiente para ser considerada." Pág. 21

Alex Quinn é o filho do general do batalhão do rei. Agora que foi promovido a capitão sente maior responsabilidade sendo que para os outros precisa mostrar seu trabalho e exigir o devido respeito. Porém não é muito paciente e depois de um ataque mal feito, seu pai o leva a uma missão onde deverá proteger as mulheres que serão levadas ao Concordium.

Quando Sage é apresentada à alta Casamenteira um desastre total acontece. Ela não consegue sequer ficar naquelas roupas chiques e se mostra totalmente arredia. Mas é ali que Madame Rodelle percebe que conseguiu uma ajudante exemplar, que consegue encontrar os mínimos detalhes nas pessoas e conhece-las a fundo. É então desta forma que Sage vai se disfarçar como uma das damas do Concordium para colher informações sobre futuros pretendentes.

No meio de tudo isto uma perseguição vai acontecer, e tanto Sage quanto o exército do rei precisará enfrentar um grande desafio para não perder a vida para quem quer dominar todo o território. Porém Sage vai encontrar um mistério maior do que ela imaginava.

Comecei a leitura deste livro sem ter lido a sinopse, já que nem todas as obras eu tenho este costume. Já tinha achado linda a capa e o estilo e fiquei imaginando se tratar de um romance de época, mas acredite, não tem nada a ver com isto. E ainda bem que não li nada sobre a obra antes porque não costumo dar muita abertura sobre obras mais do estilo de fantasia e acabei adorando a história.


"A dupla montou novamente e voltou para a estrada, onde a caravana estava. Quinn franziu a testa quando a cabeça morena de Robert entrou em seu campo de visão. Se houvessem kimisaros na região e eles se dessem conta de que Rob estava com a escolta, não tinha dúvida de que tentariam capturá-lo."Pág. 77


Na verdade de início não conseguia me conectar com todas as coisas já que os capítulos iniciais mostravam mais a vida de Sage e sobre os personagens de Quinn e de seu exército. Todos os nomes sobre o país eram meio confusos e claro que eu ficava olhando o mapa que vem junto com o livro para poder me localizar a cada momento.

E então quando tudo começou a se encaixar e eu percebi o que realmente era a intenção da autora me apeguei na história e as páginas começaram a passar rapidamente. A personagem de Sage é um caso a parte. Ela é dedicada, decidida e forte e para ela não tem esta coisa de damas não fazem certas coisas. Ela é aquela mulher que encara qualquer situação e se opõe a machismos ou ideias de que deve ser casar e ter filhos e somente isto. 

 


Adorei a narrativa da autora sobre o cenário, as roupas e o envolvimento das pessoas. Como a autora é envolvida na profissão militar, ela consegue escrever facilmente sobre batalhas e colocar um suspense junto. O que me deliciou mais é que se passa em um período bem antigo, com reis, rainhas, castelos e claro, todo o cenário inventado, lembrando que é uma obra juvenil mas passa tranquilamente neste aspecto sem parecer infantil.

Quinn, Ash Carter, Charlie, Clara e outros são personagens secundários que cativam. Impossível não se apegar a cada um deles. É como se fosse uma amizade antiga onde eu consegui me envolver com todos, ficando na esperança a cada luta e momento tenso do livro e acredite, acontecem vários. 

"Sage ficou acordada na cama que agora dividia com Clare, pensando no alívio no rostod e Ash quando lhe dissera seu nome. Ele sabia que ela havia mentido e que não era uma dama. Sabia que não era ninguém." Pág. 193

Ainda bem que este é somente o primeiro livro de uma trilogia e termina de forma bem coerente. Se você for somente ele vai conseguir terminar sem ficar esperando uma continuação o que é muito bom, já que muitas vezes a história fica pendente. Mas o mais legal que, como uma trilogia, sei que vai continuar e que vou esperar mais de todos os personagens. 

A Diagramação está linda, com letras fáceis e capítulos variando entre os personagens de Sage e de Alex Quinn. Espero que a editora Seguinte lance em breve a continuação para saber mais sobre este mundo diferente e sobre o que aconteceu depois de tanta adrenalina.





Já estamos na metade do mês e agora preciso correr e mostrar para vocês o que já foi lançado pela Arqueiro para que não percam nada das novidades e lógico que para colocar em dia tudo de bom que a editora tem para os leitores.




MUDBOUND - LÁGRIMAS SOBRE O MISSISSIPI
Ao descobrir que o marido, Henry, acaba de comprar uma fazenda de algodão no Sul dos Estados Unidos, Laura McAllan, uma típica mulher da cidade, compreende que nunca mais será feliz. Apesar disso, ela se esforça para criar as filhas num lugar inóspito, sob os olhos vigilantes e cruéis de seu sogro.

Enquanto os McAllans lutam para fazer prosperar uma terra infértil, dois bravos e condecorados soldados retornam do front e alteram para sempre a dinâmica não só da fazenda, mas da própria cidade. Jamie, o jovem e sedutor irmão de Henry, faz Laura de repente renascer para a vida, enquanto Ronsel, filho dos arrendatários negros que trabalham para Henry, demonstra uma altivez que não será aceita facilmente pelos brancos da região.

De fato, quando os jovens ex-combatentes se tornam amigos, sua improvável relação desperta sentimentos violentos nos habitantes e uma nova e impiedosa batalha tem início na vida de todos.
Alternando a narrativa entre vários pontos de vista, este premiado romance oferece ao leitor diferentes versões dos acontecimentos. 

Os personagens, lutando por sentimentos de amor e honra num lugar e época brutais, se veem dentro de uma tragédia de enormes proporções e encontram redenção onde menos esperam.


AS CRÔNICAS DE MARTE
Uma princesa de Marte e As crônicas marcianas, dos mestres Edgar Rice Burroughs e Ray Bradbury, foram clássicos que influenciaram a imaginação de milhões de leitores e mostraram que aventuras espaciais não precisavam se passar numa galáxia distante, a anos-luz da Terra  para serem emocionantes. Elas podiam ser travadas logo ali, no planeta vizinho.
Antes mesmo do programa Mariner e da corrida espacial, a imaginação já povoava nosso sistema solar com seres estranhos e civilizações ancestrais, nem sempre dispostos a fazer contato amigável com a Terra. E, de todos os planetas que orbitavam o nosso Sol, nenhum tinha uma aura de maior romantismo, mistério e aventura do que Marte.
Com contos escolhidos e editados por George R. R. Martin e Gardner Dozois, As crônicas de Marte retoma esse sentimento ao celebrar a Era de Ouro da ficção científica, um período recheado de histórias sobre colonizações interplanetárias e conflitos antigos.

MEIA GUERRA
Apenas meia guerra é travada com espadas.
A outra metade é travada com palavras.
A princesa Skara vê todos os que ama morrerem na sua frente e o seu palácio ser consumido pelas chamas. Tudo o que lhe resta são palavras... Mas palavras podem ser tão letais quanto armas. Disposta a se vingar, ela enfrenta seus medos e aguça a inteligência, indo atrás de pai Yarvi.
O ministro de Gettland já percorreu um longo caminho desde a escravidão, fazendo aliados entre antigos rivais e estabelecendo uma paz instável. Porém, agora, a cruel avó Wexen arregimenta o maior exército desde que os elfos guerrearam contra a Divindade Única e põe Yilling, o Brilhante, como seu comandante – um homem que venera apenas a Morte.
Skara pode ser a peça que faltava para forjar de vez a aliança entre Gettland e Vansterland, alicerçada na fortaleza de seus antepassados, pronta a enfrentar a fúria do Rei Supremo. Nessa guerra, ela contará com o apoio de uma ministra inexperiente, mas leal, e de um matador imprudente que espera superar fantasmas de antigos conflitos sangrentos.
Neste último episódio da série Mar Despedaçado, finalista do British Fantasy Awards, Skara e Yarvi lideram a grande e aguardada batalha rumo a um desfecho inimaginável.



Todo início de ano eu paro para pensar o que posso fazer de bom para melhorar na vida ou melhorar alguma coisa que está me atrapalhando. Já pensei em milhares de coisas que deveria fazer todos os dias, mas não adiante, quando não há uma obrigação ou esforço suficiente eu acabo largando, pois se eu não curto de verdade fazer aquilo não vai ser de forma rígida que vou incluir no meu dia-a-dia.

Porém na questão literária eu me peguei pensando em várias coisas: desde os livros que tinha há algum tempo nas minhas estantes e sempre ficava dizendo que ia ler até aqueles livros que sempre digo que quero tentar ler de algum autor ou autora diferentes e acabo nunca fazendo e deixo de conhecer novas formas de escrita.

Assim tracei algumas metas simples para que a minha própria  meta de literatura do ano consiga ter uma melhor qualidade.

1 - Doar e trocar livros.
Comecei bem o ano neste quesito. Me desfiz em trocas e em doações de livros de cerca de 60 livros da minha estante, já que eu sabia que não ia ler porque alguns eu acabava comprando em promoção só porque estava ali baratinho e nunca mais saia do lugar. Fui em um sebo e fiz trocas ótimas que eram de meus desejados e também deu outros desejados para algumas pessoas. O engraçado é que não sou uma pessoa apegada que sofre com o empréstimo ou a troca, ainda bem.

2 -  Ler mais clássicos.
Não acho que seja uma obrigação a pessoa ler clássicos. Acredito que depende de cada pessoa e do gênero que ela prefere. Eu não leio muitos clássicos pois sempre aparecem outros livros na frente. Clássicos nacionais eu li quando era mais jovem e acabei quase com as opções que tinha, pois me apeguei demais na escrita deles e hoje o que posso fazer é relê-los e não sou muito fã de reler livro, ao menos que de fato não lembre da história. Mas gostaria de ler obras da Jane Austen, Agatha Christie e por aí vai, pois inclusive já até comprei os livros, mas estão lá encalhados.

3 - Ler contos.
Tenho um certo probleminha para ler contos. Não é que eu não goste. Mentira, é sim. Ai, isto é muito contraditório. Sou muito apegada em histórias mais complexas, que tenham mais desenvolvimento, mais ritmo e um conto basicamente vai ter menos páginas e quando eu vou ver, acabou. E então eu fico vendo navios e imaginando mais um monte de coisas. Mas eu vou tentar começar a colocar nas minhas metas alguns contos para ir mudando a minha visão sobre o fato.

4 - Comprar somente os desejados.
Esta é a segunda parte do primeiro item. Eu saio comprando tudo que é livro que está em promoção e eu acabo não lendo metade. Então agora coloquei em mente que todas estas promoções que saem nas lojas não vão mais me prender. Vou tentar adquirir somente o que tem na minha gigante lista de desejados para que depois eu não tenha que me desfazer sem ler.




1 - Não caia em qualquer promoção.
Um ponto principal é você estar sempre olhando o preço dos livros em livrarias e lojas virtuais. Essas coisas de promoções que dão frete grátis na verdade acaba aumentando o valor do livro ou então um livro entra com um preço bem baixo em um momento e depois está com o triplo do preço. Por isso eu sempre cuido para não ficar comprando em todas as promoções que saem porque dependendo do que eles oferecem o preço sai o mesmo.

2 - Faça trocas pelo Skoob Plus.
Depois que eu comecei a fazer trocar pleo Plus eu consegui diversos desejados meus que era difícil conseguir comprar por um preço razoável. E sempre estão em ótimo estado além de que eu faço novos amigos. Se você não curte muito o Plus, dá para fazer troca de livro x livro.

3 - Sempre leia mais de uma resenha.
Quando e se você for buscar opinião sobre um livro que deseja em alguma resenha de blog, busque sempre em mais de uma blog. Falo isto pois blogueiros tem opiniões diferentes e também colocam detalhes diferentes. Existe também aquela questão em que certo blogueiro pode ser parceiro da editora e não quer ser muito sincero em relação ao livro e fala somente as partes boas, mesmo que não haja. Não estou dizendo que todos sejam assim, mas acontece, ok?

Espero que você aproveite suas leituras e seu ano e depois comente por aqui o que achou!








Autora: Nadia Hashimi
Título Original: The Pearl that Broke its Shell
Páginas: 448
Ano: 2017
Editora: Arqueiro

Filhas de um viciado em ópio, Rahima e suas irmãs raramente saem de casa ou vão à escola em meio ao governo opressor do Talibã. Sua única esperança é o antigo costume afegão do bacha posh, que permite à jovem Rahima vestir-se e ser tratada como um garoto até chegar à puberdade, ao período de se casar.
Como menino, ela poderá frequentar a escola, ir ao mercado, correr pelas ruas e até sustentar a casa, experimentando um tipo de liberdade antes inimaginável e que vai transformá-la para sempre.
Contudo, Rahima não é a primeira mulher da família a adotar esse costume tão singular. Um século antes, sua trisavó Shekiba, que ficou órfã devido a uma epidemia de cólera, salvou-se e construiu uma nova vida de maneira semelhante. A mudança deu início a uma jornada que a levou de uma existência de privações em uma vila rural à opulência do palácio do rei, na efervescente metrópole de Cabul.
A pérola que rompeu a concha entrelaça as histórias dessas duas mulheres extraordinárias que, apesar de separadas pelo tempo e pela distância, compartilham a coragem e vão em busca dos mesmos sonhos. Uma comovente narrativa sobre impotência, destino e a busca pela liberdade de controlar os próprios caminhos.

Rahima é uma menina de apenas nove anos que vive em um país com grandes dificuldades. O Afeganistão está em guerra há alguns anos e tantos pessoas dentro de seu território quanto fora dele querem as riquezas que o país pode oferecer. E o problema é que a pobreza também afeta as famílias menores e das pequenas cidades. E Rahima é de uma família assim. Suas irmãs são mais velhas, porém viver com um pai que guerrilha junto de um homem poderoso e que nunca fica sóbrio quando está em casa é um martírio.

A única opção e conforto é a escola, onde elas podem frequentar, desde que os meninos não as olhem e não as persigam, já que a tradição do país diz que se um homem ficar atrás de uma mulher ela se torna impura. E é assim que pensam todas as pessoas. A família de Rahima não conseguiu gerar um herdeiro e sua mãe se tornou amaldiçoada pela família do marido. 

Outro consolo é a tia Khala Shaima, uma solteira que não conseguiu se casar por causa de seu defeito nas costas, já que isto é visto como uma maldição, apesar de que a irmã mais velha de Rahima também ter uma condição igual. Khala é uma alma nobre que cuida das sobrinhas como se fossem suas filhas e nunca desiste delas, mesmo que isto enfureça Padar-Jan, o pai das meninas.

"A sobrevivência de Shekiba foi nada menos que um milagre, outro presente de Alá. Embora seu rosto tivesse sarado, ela não era mais a mesma. Desse dia em diante, Shekiba ficou dividida ao meio. Quando sorria, apenas metade do rosto sorria. Quando chorava, apenas metade do rosto chorava." Pág. 24

Com a raiva de Padar-Jan, certo dia ele decide que as filhas não poderão mais voltar para a escola. A forma encontrada para fazer com que pelo menos a filha mais nova, Rahima, continue indo para a escola e frequentando lugares na cidade é que ela se torne uma bacha posh, que é uma menina que se torna um menino até os dez anos de idade. E é assim que Rahima passa a viver os seus dias, até que uma grande confusão faz com que Padar-Jan decida casar as suas três filhas mais velhas com homens cruéis.

Ao saber que aos treze anos teria que se casar com um homem com o triplo de sua idade, o desespero de Rahima foi imenso. Não somente isto mas também saber que Parwin, com sua deficiência teria que encarar uma família ruim que a maltrataria. E assim sua tia começou a contar a história de Shekiba, uma trisavó que por conta do destino passou pela mesma experiência, e que poderia fazê-las entender que em um mundo em que os homens acreditam que a crueldade reina, tudo pode mudar.

"Badriya não teve nenhuma dificuldade em me colocar para trabalhar. As outras também não viam nenhum problema. Embora houvesse muitas criadas no complexo, as mulheres pareciam ter um prazer especial em me fazer assumir as tarefas mais servis, especialmente porque eu me atrapalhava." Pág. 177

Shekiba nasceu em uma família extremamente humilde. Seu pai, mãe e irmãos trabalhavam arduamente na terra para prover a comida que precisavam. O problema é que aos três anos de idade Shekiba sofreu um grave acidente que deixou parte do seu rosto deformado para sempre e assim todas as pessoas tinham repulsa ao olhar para ela.

Depois de toda sua família morrer com uma grave doença, Shekiba fica anos sozinha até seus parentes resolverem que a terra de seu pai deve ser disputada e ela morar com sua avó e outros familiares. É neste momento que começa o sofrimento de Shekiba com o tratamento diferenciado, sendo tratada como escrava.

Em idas e vindas Shekiba acaba sendo dada como escrava para o rei e volta a se tornar uma bacha posh em um reino cheio de mistérios. Agora há uma possibilidade maior de conforto e dedicação, além da liberdade de viver como um homem. Porém novos acontecimentos vão mudar os rumos de toda uma história.

"De certa forma, acho que ela era a mais corajosa de todas nós. Parwin, minha irmã dócil e tímida, foi quem tomou uma atitude no final. Ela foi a única que mostrou aos que a cercavam que já havia suportado abusos demais. Como Khala Shaima disse, todo mundo precisa de um escape." Pág. 195

Aos poucos depois de ler esta obra fui me adaptando ao que tinha lido. Foi uma experiência diferente em questão de cultura e totalmente enervante em alguns momentos sobre como as mulheres eram tratadas. Sofri imensamente ao ler as cenas onde as mulheres passam pela tradição do casamento, da noite de núpcias, do que são cobradas e do que os homens esperam delas. É uma coisa tão cruel que me vi querendo rasgar as páginas em muitos momentos.

E então me dei conta de que a realidade é exatamente esta. Um lugar onde as mulheres não tem uma opção de escolha e que vivem na sombra do medo e das agressões físicas o tempo todo. 

E é por esta razão que acredito que nós seres humanos já perdemos há muito tempo um pouco da humildade e dor amor condicional ao imaginar que o outro deve ser jogado à própria sorte. Luta-se por direitos iguais enquanto em outros países uma mulher é morta por apedrejamento por um motivo simples.

A autora sobre como expressar o sentimento sobre a sua origem, desde o início do século passado até as guerras que ocorreram no país e as consequências geradas disto tudo. Rahima e Shekima são entrosadas em capítulos diferentes para mostrar como mesmo em gerações distintas o tratamento acaba sendo o mesmo.

 

Só li verdades em um cenário castigante, em uma cultura rica porém acostumada a ser usurpada pelo tempo e pelos interesses políticos. Uma obra que com certeza vai afetar o emocional e o sentimento e trazer à tona as mais diversas sensações. É como um grito no escuro, um pedido de socorro que, espero eu, chegue logo a todas as nações que tendem a traduzir seu lema em sacrificar sua espécie.




Falou em Will Smith falou na minha pessoa assistindo a todos os filmes dele. Com certeza sou uma fã bastante assídua quando há alguma atuação do ator.

Bright é um filme que disparou sua atenção para a mídia desde a metade do ano passado e que deixou muitas pessoas curiosas sobre o fato de ser um filme de ação e fantasia ao mesmo tempo sendo que o estilo de inclusão de fadas, orcs e elfos é algo que já assoma os olhares de curiosos que gostam do gênero.

Mesmo antes do filme dar o ar da graça na Netflix, Will Smith conseguiu o feito de obter o aval da mesma para uma sequência do filme e isto que a reação do público nem tinha sido testada ainda.

Confesso que minha curiosidade ficou contando os dias para que o filme entrasse na programação e assim que o dia 22 de dezembro chegou lá fui eu me jogar na aventura do que seria um filme épico para alguns. Nem tanto para mim, infelizmente.



Sinopse: Em um mundo futurista, seres humanos convivem em harmonia com seres fantásticos, como fadas e ogros. Mesmo nesse cenário infrações da lei acontecem e um policial humano (Will Smith) especializado em crimes mágicos é obrigado a trabalhar junto com um orc (Joel Edgerton) para evitar que uma poderosa arma caia nas mãos erradas.



Em um mundo onde diversos seres diferentes convivem mesmo que separados por bairros elitizados ou não, o preconceito é um dos maiores fatores que o filme traz para o público. No caso, um dos personagens principais, o orc Jakoby, não faz parte de nenhum clã e se dedica principalmente ao seu cargo na polícia. Mesmo assim ninguém gosta dele e mais ainda ninguém gosta de ser seu parceiro, o que acaba sobrando para Ward, no papel de Will Smith.




O filme é completamente cheio de ação se for isto o que vai buscar de entretenimento. Com isto você pode contar do começo até o final. Na verdade nas primeiras cenas do filme já temos uma jogada básica que faz com que a parceria entre o Ward e o Jakobi se torne complicada pelo fator que acontece e depois disto apesar de eles sempre estarem mais na calma e não desejarem se meter em confusão, claro que é o que mais vai acontecer.


O engraçado no personagem do orc é que ele não tem o mesmo jeito dos humanos, ou melhor, ele não entende as ironias e piadas e isso gera algumas gargalhadas, principalmente com o estilo do Will de saber fazer caras e bocas sem precisar emitir algum diálogo. A fantasia se dá por conta de eles terem que proteger uma Brigth, que tem uma varinha mágica capaz de prover qualquer poder que uma pessoa deseja. 


A fantasia, o cenário e a fotografia estão de parabéns, já que toda a maquiagem é muito perfeita. Vai ter o lado da gangue que quer a varinha, o lado que quer a Brigth, o lado que quer evitar que o mal volte a liderar e no meio disto muita luta, muita correria. Parece que faltou um pouco mais para mim apesar de que a questão da amizade também foi muito bem trabalhada. O lado humano partiu de todas as raças e acho que isso foi um choque e um tapa na cara da sociedade que precisa ver que ninguém é diferente de ninguém.


É um ótimo passatempo já que o filme é curto e a adrenalina corre solta. É uma pedida para ver com a família, mesmo que tenha algumas cenas de luta que acabam em sangue, mas claro, não considero para crianças menores de idade. Fora isto há uma base ótima para continuação mesmo que este não deixe nem um pouco com fios soltos.









Autor: Ique Carvalho
Título Original: Trago seu amor de 
volta sem pedir nada em troca
Páginas: 240
Ano: 2017
Editora: Sextante


A vida de Ique Carvalho era tranquila e parecida com a de muitos jovens de Belo Horizonte, sua cidade natal. Ele morava com os pais e os irmãos, era apaixonado pela namorada e trabalhava na agência de publicidade da qual era sócio. Suas impressões sobre o cotidiano iam para o blog The Love Code, onde podia dar vazão ao seu talento para escrever. Até que, em 2013, dois fatos fizeram tudo virar de ponta-cabeça.
Na mesma semana, seu namoro teve um fim traumático e o pai recebeu o diagnóstico de uma doença degenerativa grave, que o mataria aos poucos. Sem chão e em meio a um turbilhão, foi no blog que encontrou refúgio para expressar seus sentimentos.
Os textos fortes e genuínos acabaram viralizando, popularizando o site e dando a Ique milhares de fãs e seguidores. Suas palavras possuem o incrível dom de ser, ao mesmo tempo, simples e profundamente verdadeiras, traduzindo o que há de mais puro e desejável no amor.
Essa mesma capacidade de causar impacto e despertar as emoções dos leitores permeia as reflexões tocantes de Trago seu amor de volta, seu aguardado segundo livro solo. Ique mais uma vez demonstra sua vocação única como cronista do amor em todas as suas expressões.
Quando se inicia a leitura de um livro com um título tão procurado por muitos amantes que por algum motivo já passou por algum tipo de dor, o que se acha dentro desta obra nada mais é do que milhares de verdades de diversas formas.

Quantas vezes já parei e li em muitas revistas aquelas ofertas de pessoas que prometiam trazer o amor de volta, pedindo logicamente algo em troca? E cada vez que vejo estes anúncios eu penso em como o mundo mudou em relação ao amor, como tudo se tornou mais irreal, como as pessoas começam uma coisa e no dia seguinte estão terminando a mesma coisa que disseram que seria para sempre. 

Nesta obra conheci o autor Ique Carvalho e já no segundo texto ele fez meu coração se derreter completamente. A forma como há a exposição de sua emoção em relação ao amor em geral e de como ele mesmo experencia todas as questões mostra que todos sofremos do mesmo bem ou para alguns do mesmo mal: o de amar.

"Eu queria que as pessoas parassem de ir atrás de quem foi embora, fechou a porta. E jogou a chave fora." Pág. 23

Em cada início de texto há junto com o título a indicação de uma música para ser ouvida junto, que vai fazer você ficar mais íntima daquele diálogo junto ao autor. Os textos são curtos, com não mais do que três páginas, sempre terminando com uma imagem e uma frase de impacto para fazer refletir sobre o que foi lido.

Percebi que amor, gentileza e tudo o mais sempre nasce com a pessoa, isto foi o que Ique me fez ver, já que em um mundo onde as pessoas querem muito a questão da imagem, um simples bom dia e boa noite simples já reverbera em um ato de simplicidade no quesito de amar.



"Eu só quero lhe pedir que, por alguns minutos, deixe os problemas de lado em favor de lago mais importante: o amor.
E, não sei se você sabe, mas dentro de todo o amor existem desafios, perdas, frustrações e todas estas coisas servem para fortalecer você." Pág. 92



O livro traz textos sobre perdas, sobre consciência, sobre desafios, sobre lutas. Nada que quem já viveu um amor não deva ter passado, mas o maior sentimento do livro é que ninguém deve viver sem amor, ninguém deve sentir mais orgulho do que humildade e ninguém deve acreditar que muitas desilusões vão fazer o coração desistir.

Eu já sofri muitas desilusões e já desisti de tentar e lendo todos estes textos percebi que são pessoas como o Ique que me fez ter percepções diferentes, que nunca podemos desistir mesmo que diante de muitas desavenças. Existe todo tipo de pessoas e mesmo que não apareça a certa no momento que se deseja, devemos procurar sempre, nunca esquecendo do que está dentro de nós, que somos únicos.

Uma bela obra que merece ser lida, relida e guardada para sempre que o coração apertar, servir de consolo.