Claire Randall está retomando seu casamento após passar algum tempo como enfermeira durante a segunda guerra mundial e seu marido Frank lutara por sua terra. Claire era inglesa e estava passando umas férias merecidas nas Terras Altas na Escócia no ano de 1945. Claire sempre adorou botânica e tinha grande interesse no conhecimento de plantas nativas enquanto seu marido buscava mais informações sobre seus ancestrais, tentando cada vez mais formar uma grande árvore genealógica. Claire sabia que o que seu marido mais desejava era ter filhos, mas também sabia que isso não seria possível por problemas sofridos há muito tempo.

Claire não tinha mais família. Seus pais morreram cedo e seu tio Lamb a levara a muitos lugares pelo mundo. Mas agora restara somente Frank Randall. Frank estava totalmente absorto em saber que um capitão renomado do exército inglês era seu parente. Jonathan Randall conforme constava em arquivos, lutara a favor de seu país e se mostrava um homem bom e honesto. 

Quando Claire fora passear com o vigário da região, conheceu as pedras de Craigh na Dun, um conjunto de pedras conhecido como um monumento megalítico, um círculo de pedras que muitos diziam ser poderoso pelo mundo afora. Com isto, Claire e Frank resolveram voltar e conhecer aquele lugar belo. Mas quando Claire voltou no dia seguinte, o que se seguiu foi um rompante que jamais imaginara: foi parar no passado, no ano de 1743.

De início não conseguia descobrir o que estava acontecendo. Sabia que os homens vestindo seus kilts eram escoceses mas aquilo não poderia ser real. Até ser encurralada por um homem enorme e cruel. Seus olhos transmitiam o pavor e quando Claire ouviu seu nome, quase desmaiou. Aquele era Jonathan Randall.

Aos poucos o mundo de Claire foi sendo desperto por novos personagens. Foi salva pelos escoceses e sabia que o que precisava fazer era voltar para o círculo de pedras para retomar sua vida. Mas nada funcionava. Agora estava com um grupo de escoceses com nomes estranhos, mas que mostravam lutar com um ideal pelo seu povo. No bando estava Dougal, Rupert e Murtagh, e também um rapaz forte porém ferido, Jamie.

Aos poucos Claire que não se identificava com o sobrenome Randall, e sim com seu sobrenome de solteira Beauchamp, Foi conhecendo o estilo de vida daquela época: os clãs, a alimentação, a guerra entre os países, a ideia de revolução. E Jamie. O homem que despertava nela uma compaixão e uma euforia por ser tão forte e tão ingênuo ao mesmo tempo. Contam as pessoas que sobrevivera por muito pouco á fúria do capitão Randall e agora precisava fugir o tempo todo e não podia mais voltar para sua casa e para seu clã.

Mas as suspeitas de que uma espiã estava invadindo o clã agora caía sobre Claire. Como explicar sua aparição tão repentina? Como explicar que era inglesa e estava ali diante deles e a seu favor? Capitão Randall também estava a sua caça e não somente de Jamie Fraser. Entregá-la poderia acometer em sua morte. Assim, a única solução seria transformá-la em uma escocesa, casando-se com Jamie. Mas o que ninguém imaginava era que o encanto entre eles acontecia há algum tempo.

Jamie precisava voltar para sua casa, para sua terra Lallybroch. Era arriscado mas além da saudade que sentia de sua irmã, precisava ver como estavam seus bens. E foi numa emboscada que Jamie foi capturado e levado às mãos de Randall. A angústia e a dor são os flagelos de sua alma e o que mais aconteceu com Jamie foi seu sofrimento ser rompido com toda fúria. Após a fuga foi levado de volta onde um dia foi curado e agora a incerteza estava com ele. Seria capaz de se curar e seguir adiante mesmo com a ajuda de Claire? Seria Claire capaz de não voltar para sua vida? A dor os dividiu e agora pode não os unir mais.


Autora: Diana Gabaldon
Título Original: Outlander
ISBN: 9788567296227
Páginas: 800
Ano: 2014 
Gênero: Ficção Histórica / Romance 
Editora: Editora Saída de Emergência Brasil









Quando recebi Outlander para ler e peguei ele nas mãos pensei: "Caracas, tudo isso de páginas? E se for um livro chato?". Quando comecei a ler, depois de umas 70 páginas dei risadas porque percebi que a leitura seria muito boa, pois fazia bem o meu estilo. Muitas vezes eu fico com medo de livros extensos porque se a pessoa que escreve não souber entreter na leitura, vai cansar e eu vou acabar não conseguindo sair do lugar. Mas como eu amo livros com fatos históricos e que remetam ao passado!

E é exatamente isto que acontece. Se você iniciar o livro e pensar que ele é meio narrativo demais, continue porque ele vai ter muita coisa pela frente e a leitura vai te levar a um mundo cheio de vida, de novidades e de fantasias. E não é uma fantasia do estilo que não existe e sim uma fantasia que você sabe que foi verdade. 

Pela leitura eu pensava que os cenários não seriam tão ruins até pelo fato de que quando nossa mente ainda não viu um fato de verdade, podemos imaginar de qualquer forma. Tinha momentos em que pensava como é que poderia ser a janela daquele castelo? Como alguém conseguiria viver assim? Achei fantástico todo o trajeto da narrativa.

Colocar um romance entre a personagem principal e Jamie Fraser logicamente era mais do que necessário, pois assim cria uma ligação lógica entre o passado e o presente e leva a autora a ter motivos para viajar a diversos lugares utilizando muitas jogadas sobre reinos e clãs e não ficar somente em um só lugar. É muita criatividade.

Uma coisa que me incomodou e sei que também muita gente se perguntou sobre isto é o fato de Jamie ser um rapaz novo e sofrer tanto no livro. Claro que ele passa como um homem forte e audacioso, mas o fato de como ele sofre diversas emboscadas ou adversidades me faz pensar nele mais como um super herói. Alguns momentos ficam realmente exagerados. 


Para quem ainda não sabe, Outlander se tornou um seriado com poucos episódios, até mesmo para ver a reação do público e agora está confirmado para a segunda temporada.
Ainda não assisti a nenhum episódio porque não quero confundir o personagem que construí com os escolhidos para a atuação, mas pelo que vi, muitos são bem idênticos ás características narradas no livro.

Outlander pelo que vi é uma saga que está no oitavo livro e logo a Saída de Emergência Brasil lança o segundo volume, já definido. Aproveite este tempo e leia o primeiro volume para não se arrepender de conhecer um mundo tão fantástico e cheio de aventura.













Melina é uma diretora de criação em uma conceituada agência em São Paulo. Ou melhor, era. Isso até descobrir a traição de mais um namorado e na frente de uma reunião de clientes encher a cara dele de tapas. E agora o que restara a ela era nenhum emprego e provavelmente nenhuma indicação para os próximos anos.

Melina, ou Mel, não era má, pelo contrário, era uma mulher doce e decidida que conseguia escolher de uma forma muito errada as pessoas com que se envolvia. Saiu de sua cidade natal, Paraty, quando completou dezoito anos, totalmente frustrada e indignada com o mundo inteiro e achou que esta liberdade lhe renderia bons frutos. Mal imaginava ela que estava muito enganada. Agora com mais esta decepção só restava voltar para casa, para o colo de seu pai e de seus avós que mantinham uma pousada em Paraty.

Mas estava decidida. Arrumou seus milhares de pares de sapatos, pois era o que mais gostava de colecionar, e junto com seu carro que mais dava problemas do que soluções, rumou de volta a sua antiga vida. Claro que não sem antes chorar litros no colo de sua melhor amiga Nauane, com quem morava e dividia todos os momentos.

Mas Mel tinha um real motivo para ter deixado a cidade. Sua mãe a abandonara quando completara seus doze anos e ter passado a adolescência acreditando que a mãe não a amava só fez com que se metesse em grandes confusões que criou grandes desilusões no coração de seu pai. E mais do que isto, no coração de Bernardo, o garoto que a amava e que estava disposto a fazer tudo por ela.

Mas agora o mundo havia girado, dez anos se passaram e nada poderia ter mudado. Até Melina chegar em Paraty e descobrir que Bernardo voltara do exterior e estava noivo de sua maior inimiga e pior do que isto é descobrir que seu coração batia ainda mais forte do que quando ela partiu em busca de fuga. Agora ela sabia que talvez tenha deixado para trás o seu homem perfeito.




Autora: Vanessa Bosso
Título Original: O Homem Perfeito
ISBN: 9788581635736
Páginas: 224
Ano: 2014 
Gênero: Ficção / Romance / Literatura Nacional
Editora: Editora Novo Conceito / Novas Páginas







Não conhecia a Vanessa Bosso até ela entrar na gama da Novo Conceito. A capa me conquistou de imediato pela cor, afinal não vou negar que adoro rosa e lilás, mas também pela capa com um estilo bastante feminino com uma bolsa cheia de apetrechos que bem, digamos que seja bastante parecida com a minha e com a de milhares de mulheres, certo? Mas o mais legal foi que o título chama a atenção e pode jogar o livro em dois gêneros imediatamente: o de romance que é o caso deste ou o de auto-ajuda que também imaginei que fosse em algum momento. De primeiro momento não imaginava que seria um livro de romance em estilo comédia e pensei:"bom, é um livro feito para as mulheres de uma faixa etária específica?" Nem um pouco!

Fiquei com medo de início. Sim, fiquei. Para quem já leu Rachel Gibson vai entender que este livro é um pouco parecido e para mim é muito melhor. Eu li um livro da Rachel e até resenhei aqui no blog, mas o que a Vanessa Bosso faz com a tragédia cômica da vida da personagem principal não é uma trama chorosa, não é algo traumático nem nada parecido. É uma lição das mais engraçadas. 

O legal é que existe situações super engraçadas e ao mesmo tempo aquelas em que fazem a protagonista pensar em tudo o que aconteceu e assim não transformar o livro em algo bobo e insólido. Lógico que vai ter seus momentos clichês, afinal é um romance cômico e a gente sabe bem que sempre tem aquele momento em que o coração bate forte, em o romance rola solto. Mas o que rola solto mesmo são os diálogos bem divertidos que a autora coloca entre os personagens e a forma como mistura eles.

Melina é um tanto atrapalhada e conta com uma amiga com um pé um pouco mais no chão. É legal ver os laços do passado e do presente se estreitando e imaginar como nós também temos estes laços com nossos amigos e amigas da infância. Tudo no livro remete a uma boa lembrança e Vanessa Bosso sabe despertar o encanto.

Li o livro tão rápido que nem vi as páginas passarem. E não achei que fosse algo do tipo bobo ou piegas. É algo para fazer o coração se inspirar e para dar risadas.

Uma dose de lembranças, passado, presente, destino e amor. Afinal, um homem perfeito não é todo dia que se encontra, certo?








Este mês parece que exagerei na dose de leitura, mas para tudo existe uma explicação. Ok, isto é uma desculpa de pessoas compulsivas e sempre me pego pensando que eu poderia estar matando, poderia estar roubando mas não, tenho só um hábito saudável de consumir livros QUE EU LEIO e que depois eu troco ou empresto ou faço um giro por aí e até guardo na minha estante os meus favoritos.

O mês de Setembro foi um pouco mais parado porque as editoras lançaram o que tinham na Bienal em agosto e muita pouca coisa foi enviada no mês seguinte e eu também não comprei porque fiquei esperando as promoções mega que estavam por vir.

Então agora vu mostrar um pouco dos livros que eu recebi de editoras, parcerias, os que comprei e os que peguei emprestado.

COMPRAS FEITAS NO SUBMARINO



COMPRA NA FEIRA DO LIVRO DE CAXIAS DO SUL



PARCERIA COM A EDITORA SUMA DE LETRAS



PARCERIA COM A EDITORA ARQUEIRO



COMPRA PELA SARAIVA



PEGUEI EMPRESTADO DA ELIS DO BLOG MAGIA REAL



PARCERIA COM A EDITORA NOVO CONCEITO



PARCERIA COM A AUTORA DÉBORA S. MATTANA



E então, o que acharam da lista?

Tem algum aqui que vocês gostariam de ler?

Logo vai chegar um monte de resenhas novinhas em folha! 

Você já pode conferir Um Dia de Cada Vez AQUI e O Sexto Homem AQUI.







Alexi Litrell está agora com dezesseis anos e há três meses enfrenta uma grande dor. Não consegue contar a ninguém o que houve consigo e por isto também se pune o tempo inteiro. A voz de culpa interna faz com que se machuque o tempo inteiro e as suas unhas rasgam a pele em volta de seu pescoço. Esta é uma das formas de calar a dor, de fazer a realidade se tornar viva. Chorar também ajuda, mas as lembranças são vivas demais e conseguir apagar é impossível.

Bodee Lennox é o garoto Ki-Suco da escola Rickman High. Seu cabelo nunca está da mesma cor e isto é algo que chama a atenção de todos os alunos. Isto e o fato de suas roupas serem de doações e de sua mãe ter sido assassinada por seu pai. Algo que ninguém consegue esquecer e mais ainda, ninguém consegue parar de comentar. 

Alexi tem diversas amigas na escola, sendo que Heather e Liz vivem querendo encontrar um par que combine com ela para encontros memoráveis. Mas Alexi sonha com o Capitão Letra de Música que, desde a volta das férias de verão, deixa trechos de músicas em sua classe como se conhecesse o interior dela, a parte que dói, a parte sensível de si que quer a todo custo vir à tona.

A grande surpresa é um dia ao chegar em casa e encontrar sua irmã Kayla, o namorado de longa data dela, Craig, sua mãe e seu pai sentados na sala juntamente com Bodee. Alexi sabia que aquela era uma reunião de família. Não tinha amizade com Bodee, ninguém tinha. Mas após o falecimento de sua mãe seus pais resolveram que seria uma boa ideia levar aquele garoto para morar com eles até o final daquele ano.

No início a reação havia sido de espanto. Ter um estranho dentro de casa não era algo agradável. Mas aos poucos, Bodee também foi demonstrando a dor que havia dentro de si e muito mais que isso foi mostrando a Alexi que suas dores internas de alguma forma poderiam ser externadas.

Medo, raiva, ódio e frustração é o que os dois amigos encontram ao meio do caminho. Reações de um ato sofrido por uma adolescente que mal sabia o que estava acontecendo e que não entendia a razão pela qual deveria passar por aquilo. Mas a luz no final do túnel havia aparecido. Agora ela sabia que precisava ir adiante e encarar seus medos, pois já estava à beira da morte novamente.



Autora: Courtney C. Stevens
Título Original: Faking Normal
ISBN: 9788581052366
Páginas: 232
Ano: 2014
Gênero: Ficção / Romance / Drama
Editora: Suma de Letras









Estou presa em um conflito de pensamentos neste exato momento. Quero repassar exatamente o que senti ao ler este livro e tudo o que mais penso sobre ele são palavras extraordinárias sobre uma história de perda, luta, sofrimento. Mas que depois de tudo isto a esperança renasce e a vitória surge como uma flor em meio a pedras.

Vou fazer isto por partes então. A sinopse do livro chama a atenção porque faz parecer que a trajetória será feita entre uma garota e um garoto adolescente que enfrentarão juntos certos problemas e o resultado certamente é este, mas de uma maneira muito mais profunda. 

Sempre fico bem em livros de drama pelo fato de boas autoras conseguirem descrever os sentimentos de forma explícita e detalhada e a Courtney não é diferente desta forma de escrever. O grande diferencial nesta narrativa é que em um primeiro momento me choquei com um fator que imaginei que seria como um preconceito para mim, já que percebi que os personagens tinham raízes religiosas e são citadas inicialmente. Desta forma pensei que a autora iria utilizar o livro como forma de querer politizar ou usar lições de moral para algo. Mas o que aconteceu foi bem o contrário. A personagem principal tem uma família muito bem estruturada, que divide as alegrias e as tristezas e que participa de muitos eventos de caridade, principalmente. 

O foco inicial é na dor da personagem que sofre uma grande dor e que causa um trauma tão extremo (em quem não causaria?), que ela não consegue dividir esta dor com ninguém e também não consegue achar uma forma de se livrar do pesadelo por se sentir culpada de tudo. Assim começa a tortura de sua vida, a automutilação, o desespero. A autora narra muito bem estes momentos e me fez querer abraçar a personagem de Alexi em diversos momentos.

Ter colocado Bodee foi uma vitória a mais. Não são dois extremos lutando um contra o outro, mas uma pessoa que se entrega a lutar para o bem daquela é algo que fez eu me entregar a leitura. Em diversos momentos pensava a razão pela qual Alexi não parava com tudo e contava a verdade e a autora não deixou isto passar despercebido, fazendo o quebra-cabeças se encaixar perfeitamente no final.

E que final. Eu me emocionei. Sabia que em um ponto tudo precisaria ser encarado. Mas mais de um coração partido, foi a entrega de Alexi para poder voltar a viver de alguma forma. A autora utilizou um belo livro como forma de chegar aos leitores com uma bela lição e como talvez uma forma de dizer que todos podem ser socorridos se pedirem socorro.

Perfeito, útil e belo. Uma obra que deveria constar em toda biblioteca escolar!







Nell Howthorne está com 16 anos e cursado o segundo ano. Está feliz por poder começar a ter encontro com rapazes, pois até então seu pai, um CEO famoso por ser sério e muito assustador, não havia permitido nada do gênero, tanto que ela nunca havia saído com um garoto em toda sua vida, exceto seu melhor amigo Kyle Calloway.

Kyle tinha a mesma idade de Nell e foram criados praticamente juntos em tudo. Eram vizinhos de porta e o que um fazia, o outro estava lá para fazer também. Aprenderam tudo juntos e a amizade que criou-se entre eles era algo que jamais podia ser posta em dúvida. Iam para a escola juntos e voltavam juntos. Corriam juntos. Faziam as lições juntos. Até o dia em que Nell tinha um encontro. 

Após este dia Kyle resolveu demonstrar que a amizade que eles imaginavam que tinham era muito mais do que isso e assumiram a relação a mais. Juntos aprenderam o conceito de paixão, da novidade de borboletas no estômago, da primeira vez e tudo o que poderia vir junto. Dois anos depois, em uma viagem de celebração, durante uma discussão sobre o futuro, um fato terrível aconteceu e foi quando Nell perdeu seu grande amor. Ali, bem na sua frente, viu a luz dos olhos de Kyle sumir.

Dois anos depois, decidida a mudar o rumo de sua vida, fora estudar artes cênicas em Nova York. Totalmente sozinha, sem o apoio do pai rico, trabalhava durante horas e nas que restavam ficava junto ao seu violão, entregue a músicas que acalmavam seu coração. E durante um passeio encontrou o irmão mais velho de Kyle, Colton, que a ajudara durante o enterro, mas que nunca mais o vira.

Colton saiu de casa cedo, após uma briga com seu pai. Largou os estudos e com apenas uma mochila partiu rumo a cidade da maçã. Lá conquistou seu espaço consertando carros e tinha sua própria oficina, mas seu passado tinha muitas dores. Colton se apresentava em bares em seus momentos de folga e isso chamou a atenção de Nell.

Aos poucos, o desejo de Colton em cuidar das dores de Nell foi ficando maior e a vontade de estar com ela a maior parte de seu tempo se tornou sufocante. Ele percebia seus cortes, sua automutilação e sabia que no seu âmago havia a dor que não conseguia expressar. Aos poucos ambos foram aprendendo o sentido da palavra carinho e o que antes era algo impossível, agora começava a ser despertado no coração dos dois.




Autora: Jasinda Wilder
Título Original: Falling into You
ISBN: 9788581635316
Páginas: 272
Ano: 2014 
Gênero: Ficção / Romance
Editora: Editora Novo Conceito








Quando vi que a Novo Conceito iria lançar Louco por Você, percebi que vinha algo um pouco mais sexy pela questão da capa. No início a editora selecionou uma capa simples, sem graça e sem personagens, o que causou uma grande insatisfação por parte dos fãs da autora e de diversos leitores. E deu tão certo que o resultado foi a capa original do livro publicado lá fora. Também sei que é uma trilogia e se a editora seguir publicando até o fim e seguir as capas, serão lindas e fofas como a foto acima. Adoro o contraste do tom preto e branco do fundo com uma cor sobressaindo e com certeza a última ainda é a minha favorita.

A história em si é dividida em duas partes. A primeira é sobre Nell e Kyle e foi a que mais gostei por se tratar de um lado doce e inocente do romance. Tenha calma e espere ler toda a parte crítica antes de imaginar se estou considerando que imaginava um livro "amorzinho adolescente". Honestamente, esta fase da narrativa se torna mais verdadeira, pois parte de um ponto de que os personagens se conhecem desde crianças e vão amadurecendo juntos até descobrirem o amor puro e sincero. O jeito querido de Kyle como pessoa me emocionou e não há como não pensar nesta época de nossas vidas e em nossa primeira paixão. A forma dolorida como eles se separam é tão forte que deixa marcas pesadas de luto durante toda a trajetória.

A segunda parte já é um pouco mais madura e se divide entre a imagem que Colton tem da história e que Nell tem. É quando a parte interior começa a ser exposta e a luta que sufoca Nell desde a perda de Kyle. O encontro com Colton e a forma como ele interage com Nell é tão gostosa de ler e tão inebriante que há momentos em que penso como eles conseguem unir a dor que os infringem a uma doçura e carinho necessários. 

A mudança radical que tudo causou na vida de Nell a marcou não só interna mas como externamente e a automutilação é descrita na leitura como uma forma direta e dolorosa. A autora consegue prender o leitor a medida que vai unindo os personagens em seus medos e transpondo a coragem que eles possuem para seguir em frente. O romance se transforma em momentos eróticos e confesso que me incomodou um pouco pela forma direta de ser descrita.

A diagramação é bem trabalhada e o livro é muito bem apresentado. De tudo o que havia lido sobre ele, nada foi apagado. É uma mistura de dor, pesar, medo, incertezas, sim. Mas também de declarações, afeto, entrega e cumplicidade. Uma pérola que vai brilhando mais e mais a medida que o leitor se apega aos desejos escondidos de um casal à beira de um abismo de emoções.









Saber que um país possui muitas estratégias para poder tranquilizar os cidadãos e trazer a segurança é altamente benéfico para todos. O problema é quando muitas organizações dentro desta nação desejam ardentemente poder unir esforços com programas em prol de muito dinheiro. E é isto que Bunting criou: um sistema de inteligência capaz de criar relatórios rápidos e totalmente eficientes. Mas para isto é necessário pessoas com um potencial gigantesco até então somente encontrado até um nível, o cinco.

Edgar Roy é um homem com memória eidética. Consegue registrar tudo que está a sua volta. Números, imagens, cores. Não esquece nada nunca. Seu cérebro é como um computador girando e registrando todas as informações 24 horas. Sem esforço nenhum, Edgar consegue estabelecer um padrão perfeito entre diversos fatos colocados em sua frente. 

E foi assim que Bunting conseguiu colocar a sua empresa no topo da cadeia da segurança dos Estados Unidos. Edgar Roy não era um mero e-cinco, do programa E, agora era muito mais do isso, era um e-seis, o único encontrado. Roy analisava dados colocados em uma parede. Dados do mundo todo e fazia um relatório onde compartilhava informações úteis para proteger toda a nação. Até o dia em que foi encontrado ao lado de seis corpos dentro de seu próprio celeiro, com uma pá nas mãos. Assim foi diretamente para Cutter's Rock, a maior prisão federal de segurança máxima do Maine.

Sean King e Michelle Maxwell foram chamados pelo advogado de Edgar para participar da investigação. Edgar se dizia inocente e era preciso provar algo quase impossível. Mas no momento em que os três iriam se encontrar, o advogado foi encontrado morto. Aos poucos, as principais pessoas envolvidas no caso vão sendo assassinadas.

Agora resta aos dois investigadores proteger a advogada substituta do caso e encontrar quem está tramando o maior assassinato em massa do caso que não deseja de forma nenhuma que o programa E volte a funcionar. Se Edgar conseguir sair vivo, será o fim de muitas pessoas.




Autor: David Baldacci
Título Original: The Sixth Man
ISBN: 9788580413199
Páginas: 352
Ano: 2014 
Gênero: Ficção / Policial
Editora: Editora Arqueiro








Primeiro vamos falar sobre a capa. A capa nacional fica ligada ao contexto do livro, já que Edgar Roy está preso em uma cadeia federal. E até demorei um pouco para me "ligar" ao fato do título que dizia o Sexto Homem. Totalmente coerente. Porém se for analisar no contexto geral, a primeira capa acima fica muito mais real na ideia de que Edgar Roy é um analista em um programa para a inteligência dos Estados Unidos. É como se ele estivesse olhando diretamente para a parede e tem até os óculos que ele usa e que é citado algumas vezes no livro. Muito bom!

Em segundo, eu nunca havia lido um livro de David Baldacci. Sempre me joguei em suspenses de James Patterson, Harlan Coben e outros, mas nunca de David. E me arrependi de nunca ter tentado antes. Na verdade eu nem o conhecia. Ainda bem que a vida sempre traz boas surpresas porque este livro, caro leitor, é uma grande e maravilhosa surpresa.

Quando eu penso em livros policiais eu quero ter uma história que não me faça chegar na página 120 e já ter conseguido imaginar quem é o vilão da história. E é exatamente isto que o livro faz. Em diversos momento coloquei um suspeito ou outro na minha lista e logo ficava na dúvida se estava certa ou não.

Os personagens de Sean King e Michelle Maxwell são muito bons em explorar as pistas e colocar mais lenha na fogueira, de forma que o conhecimento da profissão deles e a busca pelo perfeccionismo do autor fazem com que a narrativa seja ótima. Há trechos em que descrições detalhadas sobre armas, locais, funções de investigadores me fizeram acreditar ainda mais na história.

Conforme personagens iam sumindo e dando espaço a outros, a teia criada vai se enrolando cada vez mais e a trama se torna inebriante. Os capítulos são diversificados entre personagens e a leitura não é chata ou maçante, pelo contrário, eu fiquei muito empolgada. As letras são menores e isso foi a única coisa que achei ruim, porque parece que a leitura demora um pouco mais.

E o que foi o final? Aliás, quando eu achei que havia finalizado, o autor joga mais álcool e incendeia de vez a leitura. Pode ter certeza de que você não vai saber de nada até a última página e vai perceber que foi levado por uma leitura empolgante e criativa de David Baldacci. Se você não é fã, provavelmente vai se tornar após esta leitura.