Olha que eu não sou a pessoa mais fã do mundo para filmes de comédia e na verdade nem sabia de início que era este gênero. Confesso que assisti somente por causa do Sam Clafin mesmo e será que valeu?

FILME: Um Amor, Mil Casamentos

NOME ORIGINAL:  Love. Wedding. Repeat 

NACIONALIDADE: Reino Unido/ Itália

DURAÇÃO: 1 hora e 40 minutos

ANO: 2020

GÊNERO: Romance/ Comédia


Um Amor, Mil Casamentos apresenta diferentes versões de um mesmo dia que se repetem para Jack (Sam Claflin). Ele terá de lidar com diversas confusões com uma ex-namorada, seu melhor amigo, um convidado com um segredo e um romance em potencial na festa de casamento de sua irmã.
Uma informação para quem não sabe é que este filme é um remake de uma versão francesa que foi adaptada no ano de 2012, denominada Plan the Table. e que a Netflix acabou adquirindo os direitos e refazendo novamente. Como eu disse, não sou de assistir este tipo de filme, mas é sempre bom sair da mesmice, apesar de que eu até esperava aquele filme água com açúcar após ter visto Como eu era antes de você. Este filme é bem diferente de qualquer lágrima caída.

O cenário nada mais é do que um casamento na Itália, da irmã de Jack, personagem de Sam Clafin, onde vão ter diversos personagens diferentes, cada um com a sua peculiaridade e com o seu "problema" pessoal a ser enfrentado. Até aí estaria tudo certo se não fosse que o diferencial está em ver que a mesma versão do casamento acontece diversas vezes para ver como uma mudança pode fazer com que as coisas possam reverter o final de tudo.


Então vamos para a questão do filme e sua história em si. Não é uma história complexa ou difícil de entender. Bem longe disso. Na verdade a sinopse do filme já conta tudo o que acontece. Jack está tentando durante o casamento conquistar a melhor amida da irmã, Dina, já que eles se encontraram durante uma época e quase tiveram um affair. 

Ao mesmo tempo, a ex-namorada de Jack também foi convidada e levou o atual namorado, que tem um complexo de inferioridade enorme pelo tamanho de suas partes íntimas e tem um breve ódio por Jack. Enquanto isto, o melhor amigo de Jack tenta fazer de tudo para que um grande diretor de cinema o note e o outro amigo é um dos caras mais chatos que existem no quesito conversar com pessoas e não deixa ninguém paz.

Tudo isto faz com que acabem sentando na mesma mesa, ao par que um ex-namorado da noiva aparece com um segredo que vai terminar com o casamento e Jack precisa fazer com ele ele não se aproxime do noivo de jeito nenhum.


O envolvimento dos personagens é ótima. Sam Clafin tem umas caras e um jeito muito engraçado para lidar com cada situação. Sem contar que a cada fase do casamento em que acontecia uma coisa eu ficava pensando que é realmente assim que acontecem nas ocasiões especiais, pois sempre tem aquele que bebe, aquele que tenta fazer graça, aquele que enlouquece todo mundo.

O filme em si não é uma obra de arte que merece uma salva de palmas, mas tem seu estilo de fazer rir pela forma como escolhe a interação dos personagens com cada momento. São todos adultos e ao mesmo tempo todos cheios de culpas e medos e querendo provar alguma coisa e isto tudo acaba acontecendo ao mesmo tempo.


O filme aparentemente não agradou muita gente e o mesmo teve uma aprovação de 5,5/10 na IMBD. Vi muitas pessoas falando que acharam o filme ruim e que esperavam mais. Porém é como falei, a espera de mais pelo filme vem sobre a questão do ator e sobre a perspectiva de que teria que superar o filme Como eu era antes de você, o que logicamente não chega perto.

Mas para um leve momento de descontração é engraçado, com dúvidas existenciais, e todo aquele script de comédia e romance. Aliás romance é algo que pouco acontece neste filme. O que me agradou realmente foi ver diferentes versões do mesmo momento e não um filme que tenha início, meio e fim simplesmente.



Para todos os efeitos, não vá superestimar o ator ou a produção, mesmo que o cenário seja lindo. Não dá para pedir que somente um ator segure o filme todo e neste quesito acredito que Um amor, mil casamentos não precisou que Sam o fizesse. Voilá!

E chega a data de lançamento do último livro da trilogia Bevelstoke da autora Julia Quinn.

Os dois primeiros livros já foram publicados e agora em maio chega o último, já me deixando preparada para completar mais uma coleção de romance de época. Estou ainda com o primeiro livro na pilha de livros para ler e mais estes dois na lista de compras.

DEZ COISAS QUE EU AMO EM VOCÊ
Trilogia Bevelstoke - Livro 3
Julia Quinn
Lançamento: 15/05/2020
Comprar: Arqueiro

Annabel Winslow está em uma grande enrascada. Ela acabou de chegar a Londres para participar de sua primeira temporada e já chamou a atenção do conde de Newbury, que está atrás de uma mulher que lhe garanta um herdeiro.
Com seus quadris largos, Annabel parece especialmente fértil, o que faz dela a candidata ideal. O problema é que o conde tem no mínimo 75 anos e ainda por cima é um grosseirão inveterado.
Certamente ela não tem nenhuma vontade de se casar com ele, mas sente que não tem escolha. Seu pai morreu há pouco tempo e deixou a família inteira, incluindo os sete irmãos e a mãe de Annabel, praticamente na miséria.
Então, durante uma festa, ela conhece Sebastian Grey, o charmoso sobrinho do conde. E de repente se vê cortejada não apenas pelo velho assanhado, mas também pelo irresistível e misterioso jovem.
Agora ela precisa decidir entre se casar com um homem que acha repugnante, e com isso garantir o futuro de sua família, e seguir o próprio coração, dando a si mesma a chance de um final feliz.

Lembrando que tem dois volumes anteriores que são estes dois abaixo:

 

Se você quer saber mais sobre as obras da autora pode ir direto para o site da editora Arqueiro.

Em breve venho falar sobre o que achei destas novas obras da autora.



Autora: Jenny Colgan
Título Original: Little Beach Street Bakery
Páginas: 336
Ano: 2019
Gênero: Romance 
Editora: Arqueiro
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Um balneário tranquilo, uma loja abandonada, um apartamento pequeno. É isso que espera Polly Waterford quando ela chega à Cornualha, na Inglaterra, fugindo de um relacionamento tóxico.Para manter os pensamentos longe dos problemas, Polly se dedica a seu passatempo favorito: fazer pão. Enquanto amassa, estica e esmurra a massa, extravasa todas as emoções e prepara fornadas cada vez mais gostosas.Assim, o hobby se transforma em paixão e logo ela começa a operar sua magia usando frutos secos, sementes, chocolate e o mel local, cortesia de um lindo e charmoso apicultor.
Polly é uma mulher que com trinta e dois anos de idade passou por algumas experiências nada legais. Depois de ter uma empresa com seu noivo, que acabou indo à falência, precisou também ver o relacionamento terminar sem nenhum tipo de paixão. Não que isto precisasse existir, já que Polly percebeu que talvez nunca tivesse existido.

Quando precisou procurar um novo lugar para morar e sem praticamente nenhum dinheiro de sobra de suas economias, o resultado foi achar um lugar na Cornualha, em um lugar que tinha hora para chegar até a ilha, senão precisava aguardar até a maré baixar novamente para atravessar a ponte. 

"Polly embrulhou a farinha com um saco plástico, amarrou bem e enfiou na mochila, do lado de Neil, que chiava. Então se lembrou de pegar mais leite e saiu em silêncio, de volta às ruas de paralelepípedos." Pág. 83

O lugar não era nada muito agradável. O prédio era velho, mas era o que poderia garantir para si por alguns meses. Gillian, a proprietária do lugar e dona da única padaria da cidade, não a tinha aceitado de bom grado, mas isto tinha a ver com a perda de seu marido há muito anos, que era pescador, foi ao mar uma noite e nunca mais retornou. Era assim que as pessoas viviam ali, da pesca e do turismo.

Huckle era uma americano que estava tirando férias no continente. Ele amava a apicultura e fabricava mel em uma casa que havia alugado. Também vendia o produto para alguns locais na pequena ilha e passava o resto dos dias aproveitando a região.

A questão é que o sonho de Polly era abrir uma padaria, porém Gillian não aceitava o fato. Brigas se tornaram constantes até que um acidente acontece e Polly se vê obrigada a ajudar Gillian em sua função e ajudar a cidade em um momento importante. A partir daí o seu sonho acaba acontecendo e tudo o que ela mais sonhou se torna realidade.

A questão é saber como lidar com os perigos que surgem ao seu redor e como ela vai fazer para decidir o seu futuro que ameaça ruir com várias descobertas.


Este é o segundo volume que a editora Arqueiro lança da autora. Jenny Colgan também teve o livro A Pequena Livraria dos Sonhos lançada anteriormente, que eu também li e me apaixonei. O estilo da autora é usar locais bem remotos onde se é possível explorar a totalidade do calor entre as pessoas ou então a questão da cultura, que muitas vezes os habitantes estão acostumados e não querem mudar.

"Toda a praia estava iluminada, mas a visão mais impressionante era mesmo o céu: o estonteante crepúsculo em tons de rosa e roxo parecia ter sido feito sob encomenda para a ocasião. Polly não ficaria surpresa se Reuben tivesse sido o responsável por isso." Pág. 253

Esta ilha, apesar de eu não ter conseguido montar muito bem ela em minha mente, pois para mim ilhas parecem enormes e aqui no livro ela parecia bem pequena, tem aquela definição de ser visitada somente no verão por turistas e durante o resto do ano vive somente com os poucos moradores.

O legal também é que muito da vida dos pescadores é mostrado. Como a questão da dificuldade e da vida dura que eles têm, das famílias que ficam sempre com medo durante as tempestades. 

                         


Tem todo um lado de romance, já que logicamente este tipo de livro é justamente para trabalhar o amor. Mas ele acontece de forma gradual e bem fluída. Vai ter muito mais coisas acontecendo em questão de amizades e família do que o romance em si.

É uma obra bonita e doce, e não me refiro aos diversos doces e pães que são citados na obra. Mas é uma história simples e que cativa apesar de ficar pensando se conseguiria morar em um lugar tão pequeno e me sentir confortável mesmo assim. Mas histórias e vidas são diferentes de certa forma quando contadas, e se unem na imaginação.


Como a editora Arqueiro é uma das que lança bastante livros de diversas autoras do gênero de romance de época, agora chega mais uma com a nova saga para o elenco.

A série designada como Os Segredos de Charlotte Street já tem três livros publicados, sendo o último agora no ano de 2020 e a autora, Scarlett Packham introduz a sua estreia com o seu primeiro livro O duque que eu conquistei.

O DUQUE QUE EU CONQUISTEI
Saga Os Segredos de Charlotte Street  
Livro I
Scarlett Peckham
Lançamento: 15/07/2020

Depois de superar a ruína financeira, redimir o nome de sua família e se tornar o mais lendário investidor de Londres, o duque de Westmead precisa garantir a continuidade de seu título e de sua fortuna. A única forma de fazer isso é gerar um herdeiro.Para isso ele tem que arranjar uma esposa que não interfira nos anseios sombrios que ele satisfaz na calada da noite nem faça exigências ao seu coração trancado para o amor.Poppy Cavendish, a ambiciosa florista contratada pela irmã de Westmead para decorar seu salão de baile, não é esse tipo de mulher. Ela sempre lutou contra as convenções sociais para manter a própria independência e, por isso, o matrimônio nunca esteve em seus planos.Mas agora Poppy precisa de capital para expandir seu negócio de plantas exóticas. E a atração que sente pelo duque é tão irresistível que, quando um escândalo acidental torna o casamento com ele o único meio de salvar seu ganha-pão, ela teme querer mais do que o título que ele oferece.
Os demais livros que já foram lançados são estes abaixo, e as sinopses e os nomes são traduções livres.
O CONDE EU ARRUINEI
LIVRO 2

Quando Lady Constance Stonewell acidentalmente arruina todo o futuro do conde de Apthorp com sua coluna de fofocas, ela faz o que qualquer jovem honrosa deve: oferecer a mão em casamento. Ou, no mínimo, encenar um noivado turbilhão para reparar sua reputação. Não importa que isso signifique passar um mês com o homem mais chato da Inglaterra. Ou o fato de que ele desaprova tudo o que ela gosta. Julian Haywood, o conde de Apthorp, está prestes a provar ser o homem que sempre quis ser quando seu futuro é destruído em uma única tarde. Quando a mulher que ele está secretamente apaixonado confessa que tem culpa, não é apenas a vida dele que está destruída: é o coração dele. Eles têm um mês para limpar o nome dele e convencer a sociedade de que estão loucamente apaixonados ... Mas quando Constance descobre que seu pretexto falso é decididamente mais do que aparenta - sem mencionar adeptos de formas chocantes de maldade - ela se apaixona por ele.


O LORD EU DEIXEI
LIVRO 3

Lord Tenente Henry Evesham é um reformador evangélico encarregado de investigar o comércio de carne em Londres. Suas visitas a casas obscenas o deixam com um desejo ardente de ajudar os pecadores que perderam sua inocência ao vício - mesmo que as tentações de seu mundo testem sua promessa de não perder sua bússola moral ... novamente.
Como aprendiz da mais notória governanta chicoteada de Londres, Alice Hull está prestes a abandonar suas raízes rurais e tranquilas pelo turbilhão de ideias e prazeres provocativos da cidade - até que uma tragédia familiar revigora seus sonhos e a deixa desesperada para voltar para casa.

Quando o belo e piedoso Lord Tenente oferece uma carona, apesar da nevasca que se aproxima, ela sabe que ele é sua melhor chance de encontrar sua mãe doente - mesmo que ela não confie nele. Enquanto lutam para viajar pelo interior varrido pela neve, descobrem que a suspeita um do outro derrete em um desejo que os deixa abalados.
 Alice desperta as fantasias mais profundas de Henry, e ele acorda partes dela que ela pensava que já havia previsto anos atrás. Mas Henry está considerando novos regulamentos que ameaçam as pessoas que Alice considera queridas, e a associação com uma mulher como Alice ameaçaria a reputação de Henry se ele se permitisse chegar muito perto.
Estes são os três livros que já foram publicados. Por enquanto já temos a previsão do primeiro livro.
Caso queira mais informações sobre a obra, pode entrar no site da Arqueiro e conferir tudo.



Quem é fã de suspense sabe que Harlan Coben tem muitos livros escritos e é best seller nesta área. Eu já li vários livros dele, inclusive este que foi publicado aqui no Brasil pela Editora Arqueiro. Quando vi que ia sair em formato de série não podia deixar de assistir.

SÉRIE: Não Fale com Estranhos


NOME ORIGINAL:  The Stranger (O Estranho)

NACIONALIDADE: Reuno Unido

DURAÇÃO: 8 episódios / 1 temporada

ANO: 2020

GÊNERO: Suspense/ Drama


Quando segredos obscuros vêm à tona, o pai de família Adam Price (Richard Armitage) parte em uma busca desesperada e implacável pela verdade sobre todas as pessoas que têm algum nível de proximidade com sua vida.
Adam Price é casado com Corinne Price e eles tem dois filhos adolescentes. Moram em uma área privilegiada da Inglaterra, sendo que Corinne é professora de uma grande escola e Adam é advogado. É aquela típica família perfeita que tem uma casa enorme e parece ter uma vida feliz e agradável, com vizinhos felizes e tudo parece estar sempre lindo e maravilhoso.

Lembro de ter lido o livro e ficado surpresa com tanta inteligência do Harlan Coben em fazer aquela história. Teve um grande envolvimento de personagens e muita ação envolvida e mesmo no final eu fiquei tão perplexa que acabei esquecendo, depois de dois anos de ter lido a obra, do restante do livro, menos do final.

Assim foi incrível eu começar a assistir o seriado. Tudo se inicia quando uma estranha aparece e conta um segredo para Adam sobre a sua esposa e intrigado com aquilo ele começa a ir atrás das provas e descobre que é verdade. Ao conflitar a esposa ela pede alguns dias para contar a verdade e a partir daí ela some e todo o mundo de Adam vira de cabeça para baixo, pois ele precisa descobrir onde está a sua mulher.


Ao mesmo tempo, um incidente acontece e uma investigadora policial entra na história para tentar entender como uma festa em um final de semana foi resultar em um adolescente em coma no hospital e outros casos acabam se juntando a esta investigação, inclusive o de Adam.

Esta estranha começa a aparecer para várias pessoas e contar segredos como uma forma de conseguir dinheiro, porém para alguns ela só deseja revelar a verdade para que elas parem de sofrer e serem enganadas. Só que Adam começa a investigar conexões com diversas pessoas e começa a descobrir uma rede bem maior de segredos e mentiras do que ele poderia imaginar.


Não dá para negar em momento algum que os produtores fizeram um ótimo trabalho nesta produção. A todo momento há a jogada de algum tipo de segredo na história que vai fazer com que alguém descubra que foi enganado por pessoas que conheciam ou que aparentemente tem ligação com algum tipo de chantagem de outras pessoas.

Quando parece que algo vai se resolver, o capítulo termina e recomeça com aquela agonia de quem quer saber de uma vez como aquilo tudo começou e como que as pessoas que mais tentam esconder os seus segredos geralmente mal sabem que estão totalmente expostos em um piscar de olhos.

É um jogo de gato e rato o tempo todo e não é nada cansativo. O envolvimento de vários personagens diferentes que ao mesmo tempo acabam nem sequer se conhecendo enriquece a trama e mesmo assim consegue trazer para a parte do outro lado da história mais sentido ainda.


O cenário é bem típico inglês e a fotografia agrada bastante. Dá para conhecer bastante coisa para quem gosta do estilo britânico dentro do enredo, já que no livro que foi originado a série, a obra se passa nos Estados Unidos, especificamente em Nova Jersey. 

Também gostei dos atores, principalmente dos adolescentes que aparecem. O estilo de atuação foi bastante convincente. Adam Prince, aqui interpretado por Richard Armitage, em alguns momentos me deixava na dúvida com o que estava sentindo, mas aos poucos fui percebendo que ele tinha mais aquele ar sério e contido.


No fim, a acerto em escolher esta obra para adaptação foi excelente. Consegue convencer do início ao fim, não deixa ficar morno ou esfriar e ainda dá um enredo para que haja uma segunda temporada, o que creio que não teria necessidades, sendo que tudo foi muito bem explicado.

Várias obras de Harlan Coben foram adquiridas para adaptação. Se continuar neste ritmo, o sucesso vai ser garantido.



Autora: Jill Mansell
Título Original: Don't Want To Miss a Thing
Páginas: 368
Ano: 2019
Gênero: Romance 
Editora: Arqueiro
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Dexter Yates adora sua vida despreocupada em Londres. Além de lindo e rico, mora em um apartamento chique e está sempre acompanhado de belas mulheres. Mas tudo se transforma da noite para o dia quando a irmã morre, deixando a pequena Delphi, de apenas oito meses.
Sem a menor ideia de como cuidar sozinho de um bebê, ele resolve se afastar da correria da cidade grande e se muda para sua casa em Briarwood.
Dex não está acostumado ao ambiente intimista do vilarejo, em que todo mundo se conhece e todas as histórias se entrelaçam. Os moradores o recebem de braços abertos, sobretudo sua vizinha de porta, a talentosa quadrinista Molly, que se oferece para ajudar com Delphi. Ela tem um passado amoroso catastrófico e muita cautela, mas nasce entre os dois uma inegável conexão.
Se Dex vai conseguir se adaptar a essa nova vida e encontrar o amor de verdade, ele primeiro terá muito a aprender: sobre Molly, sobre Delphi, sobre os segredos dos outros e, principalmente, sobre si mesmo.
Molly é uma famosa desenhista que trabalha fazendo quadrinhos para jornais de diversos lugares do mundo. Ela mora em uma cidade do interior da Inglaterra onde quase nada acontece, pelo menos não agora, já que antigamente um seriado muito famoso foi filmado lá e ainda alguns fãs visitam o local e o café que serviu como inspiração. Fora isto é um lugar bastante calmo.

Frankie era a dona do café e mãe de Amber. Era casada, mas seu marido passava metade dos dias viajando pelo país, já que trabalhava com vendas. Era a melhor amiga de Molly e sabia da maioria das coisas que acontecia naquele vilarejo. Inclusive o que fez com que o fatídico seriado chegasse ao fim.

"A garota estava de volta com o café, que agora não parecia mais uma boa ideia. Dex enfiou o pingente no bolso e secou os olhos com o lenço rapidamente. Era bom tentar não pensar em nada, mas seu cérebro não tinha botão de desligar." Pág. 47

Dexter é um homem muito bem sucedido em seus negócios. Vive em festas, nunca tem uma namorada por muito tempo, não tem muitos compromissos além do trabalho e quer se manter assim. Até que seu mundo rui quando ele recebe o comunicado da morte repentina de sua irmã. E para ele ficou a sua filha, Delphi, de apenas oito meses que não tem pai e não tem onde ficar.

A primeira decisão de Dexter é entregá-la para adoção. Não tem nenhum tipo de suporte para cuidar de uma criança, ainda mais no estilo de vida que tem. Mas ao visitar a pequena cidade de Briarwood e conhecer um pouco do lugar, conhece também seus moradores e decide que talvez por um pequeno período pode tentar cuidar daquela criança, até decidir o que realmente fazer.

Aos poucos Molly e Dexter vão descobrir que a amizade deles vai mostrar como é importante que uma criança seja criada em um lar com amor e carinho e que todo um vilarejo sempre vai estar de braços abertos para ajudar a todos.


Já havia lido outro livro da autora Jill Mansel. Pela arqueiro também foi lançado a obra Desencontros à Beira Mar, mas li outros por outra editora e ela sempre teve este estilo de escrita de romance bem leve. Nesta obra não vai ser diferente.

"Dex massageou a nuca, observando a cena à frente. Não estava dando certo. Não deveria estar se sentindo assim. Ele queria fugir, não queria? Deixar o tédio do cuidado infantil para trás por uma noite, encontrar os velhos amigos, ir para a cama com alguém, se sentir normal de novo." Pág. 143

O que gosto aqui é que o cenário escolhido tenha sido uma cidadezinha pequena, onde os moradores tem o costume de conhecer a todos e se ajudar. Muitas vezes quando é a vida real eu me pergunto se daria certo como nos livros e aí já não tenho tanta certeza.

Não é somente a história de Molly e Dexter que vai ser contada aqui e é importante salientar isto. Vão ser encaixadas diversas outras histórias que vão compor um drama maior, como a de Frankie e sua família, a real história do motivo do seriado ter sido cancelado e o que aconteceu com os personagens, a introdução da vida de vários moradores, que acaba dando vida à narrativa.

 


O livro em si achei um pouco mais parado do que o primeiro livro publicado dela, mas talvez é porque eu já imaginava a maioria dos desfechos que aconteceram e isto não me deixou muita margem para mistérios ou o que poderia ser esperado. Acabou se tornando um romance bem comum, sem muitas manobras para distração.

Acredito que os demais personagens ainda se tornaram mais impressionantes e interessantes para mim do que Dexter por si, já que ele é um modelo que não tinha muito a trazer para a trama e fiquei feliz de conhecer os demais que estavam à disposição no vilarejo para criar um ar mais amistoso.

No mais fica um pouco de água com açúcar e para quem gosta é uma boa dica. Afinal, é um romance bem simples, sem muita dose de real emoção.



Autora: Kristin Hannah
Título Original: Between Sisters
Páginas: 336
Ano: 2019
Gênero: Romance 
Editora: Arqueiro
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Meghann Dontess é uma mulher atormentada pela tristeza e pela solidão, e não consegue lidar com a difícil decisão que tomou na adolescência e que a fez perder tudo, inclusive o amor da irmã. Advogada de sucesso, trabalhando com divórcios, ela não acredita em relacionamentos – até que conhece o único homem capaz de fazê-la mudar de ideia.
Claire Cavenaugh está apaixonada pela primeira vez na vida. Conforme seu casamento se aproxima, ela se prepara para encarar a irmã mais velha, sempre tão dura e arrogante. Reunidas após duas décadas, essas duas mulheres que pensam não ter nada em comum vão tentar se tornar algo que nunca foram: uma família.
Na cidade de Seattle mora uma advogada muito famosa especializada em divórcios. Meghann Dontess não é casada, não teve filhos e seus relacionamentos acabam nunca durando, já que ela trabalha muitas horas por dia e a todo momento boicota tudo o que tem. E o pior de tudo é que desde quando era pequena tinha uma mãe que nunca quis saber dela e de sua irmã mais nova, Claire.

Claire morava em um resort duas horas próximo de Seattle. Naquele lugar tranquilo ficava junto com a sua filha de cinco anos e seu pai, sempre fizera aquilo desde quando aos nove anos de idade seu pai apareceu após a ligação de sua irmã e levou as duas embora. Afinal, a mãe das duas realmente tinha sumido e elas não tinham como se manter sozinhas.

A questão é que Sam era pai somente de Claire, mas aceitara cuidar de Meghann também, que já era adolescente na época. O que acabou acontecendo é que ela não conseguira aguentar ver sua irmã ser amada e depois de tanta rebeldia, as brigas ficaram enormes e o pai de sua irmã mandou ela embora e desde então elas nunca mais se falaram. Depois de tantos anos, agora Meghann já tinha 42 anos de idade e o que ela e a irmã faziam eram se ligar raramente.

"Meghann desejou apagar as poucas lembranças que tinha do pai da irmã. Mas aquele tipo de amnésia nunca acontecia. Em vez disso, ela se lembrava de tudo, de cada detalhe. Sobretudo, recordava quanto desejara que Sam também fosse seu pai. Talvez nós três possamos ser uma família, pensara, quando ainda era jovem e esperançosa." Pag. 59

Um dia quando uma cliente precisou da ajuda de Meghann para decidir seu divórcio, ela acabou passando dos limites e o quase ex-marido acabou apontando uma arma para ele e atirado. A partir disso ela começou a ter crises de ansiedade e estresse pós-traumático e foi obrigada a tirar férias de seu trabalho.

Ao mesmo tempo Claire conhece um músico e descobre que pela primeira vez em sua vida está apaixonada. Sente amor de verdade por alguém e está sendo amada. E decide que vai viver este amor depois de tudo que a sua vida trouxe de dor na sua infância.

Quando as duas irmãs resolvem que tudo precisa ser deixado para trás, as dores de cabeça de Claire, que antes eram poucas, surgem com tudo e o diagnóstico que parecia simples vai acabar destruindo o coração de todos.


Não tem como eu fazer outra coisa além de elogiar todo e qualquer livro que a Kristin Hannah escreva. Se for uma escrita sobre guerras ou sobre dramas familiares, ela faz isto de uma forma magistral. E neste ela não vai fugir do molde de conseguir chegar no final da trama com o coração da leitora arrebatado.

"Claire soltou um suspiro. Não era fácil fazer promessas daquele tipo. Quem acreditava naquelas coisas eram pessoas que haviam crescido em lares seguros, onde era possível confiar nos pais. Mas ela tinha fé em Bobby tanto quanto uma mulher criada por sua mãe podia ter fé em qualquer homem." Pág. 107

Nesta obra vamos ter um drama familiar voltado para a história de duas irmãs que pela questão de terem sido deixadas de lado pela mãe na infância, após serem levadas pelo pai de uma delas, acabam se separando através do destino. E por uma forma que fizeram com que elas não se falassem mais.

Vamos ter a visão de uma irmã que foi atrás de todos os seus sonhos, não deixou que ninguém desse opinião em sua vida e após muitos anos é uma profissional de sucesso, mas totalmente triste e solitária em outros momentos. Já a outra irmã tem sua vida em uma cidade pequena e nunca conseguiu encontrar o amor de verdade para viver junto de si.

O incrível é que a mãe das duas não sai do papel. E a autora ter colocado ela na trama dá uma sensação de raiva em vários momentos. Pois se já foi bastante cruel vê-la ter desistido das filhas, deixando-as se criarem sozinhas, ao mesmo tempo ver a forma como ela mesma queria sua própria vida e como ela trata as filhas é bastante perturbador.

 


Ao mesmo tempo o tratamento que as irmãs tem entre elas é aquele caso dolorido, onde o silêncio fala mais alto e que a mágoa acaba corroendo. A culpa que cada uma guarda para si é tratada em cada cena entre elas e mesmo que os personagens que surgem para dar mais informações na narrativa, mostra que cada uma delas conseguiu suportar tudo de uma maneira diferente.

Quando Kristin Hannah introduz a questão do amor verdadeiro de Claire e ao mesmo tempo a tentativa de Meghann de se manter com uma pessoa que precisa se perdoar de algo que fez é bastante tocante. É como uma história onde o amor precisa mostrar para os personagens que vale a pena ser vivido e que não é somente a dor para elas.

A obra toda acaba machucando. Machuca pois trata o drama verdadeiro de uma família e não coo um conto de fadas. E acaba ensinando que ninguém sai impune das ações escolhidas, mas que com a ajuda de cada um dá para fazer um pouco melhor sempre.



E eu estava esperando ansiosamente pela data de lançamento de Freud. Não houve uma questão de publicidade gigantesca sobre esta série, mas só por se tratar de Freud e ser uma série sobre ficção e terror eu já tinha deixado agendado a data para assistir. E não tenho o mínimo de arrependimento.

SÉRIE: Freud

NOME ORIGINAL:  Freud

NACIONALIDADE: Áustria/Alemanha

DURAÇÃO: 8 episódios / 1 temporada

ANO: 2020

GÊNERO: Suspense/ Terror/ Drama


Cidade de Viena, século XIX. Sigmund Freud é um jovem psicanalista que tem visto suas teorias revolucionárias enfrentarem uma forte oposição de seus colegas do meio. Mas as coisas começam a mudar quando ele se une a uma vidente e a um detetive de polícia para investigar um serial killer.
Já vou iniciar falando que sim, a série vai retratar o famoso pai da psicanálise de forma como ele lutava contra a tudo que muitas pessoas viam as questões que hoje são muito comuns, afinal, o método de hipnose que ele sugeria naquela época era visto como algo absurdo e que não funcionava. Nesta série não será visto a vida de Freud e a sua biografia, mas sim algumas partes dele, como ele trabalhava, lidava com os desafios e afins.

Então se você já vai pensando que vai conhecer Freud através de uma série, vai pelo caminho errado. O melhor de tudo é que Freud é retratado aqui como uma pessoa normal, aliás, como um judeu que nem todo mundo quer por perto e até mesmo como um fracassado e viciado em cocaína. Tinha métodos visíveis de quem não entendia dos tratamentos da época (que eram torturantes) e estava sempre indo contra a maré dos tratamentos convencionais.


No início nem Freud acreditava em seus próprios métodos e é muito bom ver como tudo vai crescendo conforme o próprio personagem vai explicando as questões da hipnose aos outros e a si em seus pensamentos. E é quando entra a parte dos outros personagens principais. Naquela época também era muito utilizado como meios de entretenimento, as sessões espíritas, e assim entra no cenário Fleur Salomé, que é sobrinha do Conde e da Condessa von Szápáry. 
E é onde tudo se inicia, já que é nesta seção que todos se conhecem e é onde Fleur tem suas primeiras "alucinações". 

Aos poucos um monte de assassinatos começam a acontecer e Freud está sempre tentando buscar uma solução através de Fleur e com a ajudar do inspetor Kiss, para tentar desvendar o motivo pelo qual os assassinatos acontecem e parece que todos estão influenciados por uma hipnose sem fim.


A série não é tão simples assim. Cada episódio mostra uma parte do tratamento de Sigmund Freud para tentar entender a mente humana e ele acaba se deparando até mesmo com magia negra. As cenas são fortes: tem muito sangue derramado, muitas cenas de sexo, muita nudez, mas principalmente muito enredo lógico.

O diretor da série, Marvin Kren, que também foi o roteirista, conseguiu criar um enredo tão perfeito que quando parece que um assassinato está resolvido, o mundo dá um salto e tudo volta para o normal novamente e tudo é jogado fora. E a maestria é que tudo é baseado em lógica de uma vingança de guerra, as dúvidas de Freud sobre a hipnose, o lado escuro dos personagens e a luta constante para trazer cada um para o lado certo da história.


Quem assistiu ao seriado Penny Dreadful, que também estava aqui na Netflix, onde contou com três temporadas, onde mostrava as histórias de personagens do século XIX, pode ver uma certa afinidade com o estilo desta. O mesmo estilo sombrio, o mesmo lado de suspense, sensual e sanguinário vai carregar as histórias ao longo dos episódios e os personagens são bastante parecidos. 

Claramente a alusão ao dois seriados não tem nenhuma característica contínua, somente são parecidos por se passarem na mesma época e por considerarem o mesmo estilo de narrativa. Vi algumas pessoas comentarem que acharam sombrio demais ou que não consideraram "elegante" colocarem a imagem de Sigmund Freud tão próxima de um mundo narrativo em que pessoas possam aderir à ideia de que hipnose possa parecer coisa de magia negra.

E é exatamente este o fato ideal da série ser um ótimo exemplo. Pois em certos momentos dá a entender que nossa mente é como uma casa e que não somos donos de todos os cômodos, pois temos nosso inconsciente e dele não temos a mínima ideia de como trabalhamos.


Se você não se interessa pela parte da teoria de Freud, vale então ressaltar que as atuações de Robert Finster como Freud, Ella Rumpf como Fleur Salomé e Georg Friedrich como Alfred Kiss são gigantes. Freud consegue transparecer calma, ansiedade e tantos sentimentos somente na maneira como movimenta as mãos ou trava o maxilar, por exemplo.

Poderia salientar diversas fases dos personagens, porém não poderia fazê-lo sem externar muitos spoilers, mas cada um tem uma magnitude que juntos conseguem levar algumas cenas a um impacto profundo. 

E o final da série consegue deixar realmente um final e uma abertura ao mesmo tempo. Eu estava receosa de que ficasse um ponto em aberto e sem explicação, mas realmente foi muito bem fechado e ainda com a possibilidade de continuação. Freud é uma excelente ideia de personagem, já que instiga as pessoas a olharem para dentro de si ou ao menos a tentarem entender certas partes do que lhes acontece. 

O incrível foi ver que na série ele se depara com os próprios medos e anseios de seu inconsciente e que ninguém está preparado para o resultado final. Mas eu quero mais, por favor, Netflix!