Vamos mais um mês começar a conhecer os lançamentos da Harlequin?
Desta vez vão ter novas aventuras e ainda vai ter o término da saga de uma autora querida demais: Nora Roberts. E quem esteve na Bienal foi conhecer um pouco mais sobre todas as novidades?
Mesmo assim, olha aí abaixo o que tem de bom em Setembro:


NOIVA REBELDE - LYNNE GRAHAM

Após a morte de seu pai, Cristo Ravelli recebe uma herança indesejada: irmãos ilegítimos.
Para preservar o nome da família, Cristo precisa da ajuda da linda Belle Brophy, guardiã das crianças.


UM BEIJO A MAIS - KATE HEWITT
Sob as luzes do palco, o ar de fragilidade e o talento virtuoso de Abigail Summers ao piano deixaram o conde francês Jean-Luc Toussaint hipnotizado. Ela pensou que seria sempre mimada, mas em vez disso, Abigail se viu abandonada, grávida e com esperança de que Jean-Luc viesse correndo em seu auxílio… 

JURAS SECRETAS - KIM LAWRENCE
Dervla não aceitou ser apenas amante do bilionário Gianfranco, então ele a tornou sua esposa. Entretanto, impôs uma condição: não teriam filhos. Mas após um ano de felicidade conjugal, Dervla carregava um segredo. Ela estava grávida de seu marido!  

 LUXO E SEDUÇÃO - LARA CRAVEN
Rhianna Carlow teve uma infância solitária na Cornuália, assombrada pela grandeza de Penvarnon House, onde era a indesejada sobrinha da arrumadeira. Agora ela está de volta, e atraindo a atenção do milionário Diaz Penvarnon. Arrogante e dominador, ele rapta Rhianna para mantê-la longe da casa e também destruir sua inocência! 


POSSUÍDA - JO LEIGH

Parte socialite, parte poderosa executiva, Rebecca Thorpe não está à procura do homem certo para toda a vida. O que ela realmente quer é o parceiro certo para um momento casual e intenso. Ao ver o perfil do ex-policial Jake Donnelly, ela sabe que encontrou quem queria. 
Jake é gostoso, tem charme, e o mais importante: não está à procura de nada sério. 
Mas quando o encontro se torna quente de verdade, Rebecca questiona se apenas uma pequena prova dessa tentação será suficiente. Se ela der a cartada certa, talvez consiga mais… até mesmo fisgá-lo!


O CAMPEÃO DE LADY ISOBEL - CAROL TOWNEND

Durante os longos anos no convento esperando por seu prometido, lady Isobel de Turenne transformou o Conde D‘ Aveyron em uma fantasia – o homem que iria resgatá-la, protegê-la e amá-la. Mas quando finalmente retorna para buscar sua noiva, Isobel percebe que ele é uma pessoa de contradições, e que esconde seus desejos mais obscuros. 
Assustada por ter vivido tantos anos reclusa, mas desesperada para usufruir de sua liberdade, Isobel deve descobrir se é somente o dever que prende o conde a este casamento, ou se ele é realmente o marido de seus sonhos.


E AINDA CHEGAM MAIS AS NOVIDADES COM CAPAS DE ARRASAR CORAÇÕES:


Mas estas não são as únicas novidades! 
Você pode curtir aqui ao lado, no blog, os capítulos de Brincando com Fogo e As Irmãs LaBlanc!

Corra para a banca mais próxima ou para o site da Harlequin e peça já o seu exemplar e depois vem aqui contar as novidades!








Victoria McQueen tinha 8 anos de idade quando ganhou de seus pais uma bicicleta Raleigh novinha. Era maior que ela, mas sua empolgação não deixava isso ser percebido por ninguém. A bicicleta rosa rodava pela cidade de Haverhill em Massachussetts e fazia a Pirralha, como era chamada por seu pai, descobrir novos caminhos. 

Um dia, Vic precisou sair de casa após ver seus pais brigando por causa de uma pulseira que sua mãe perdera e ali, Vic ficou assustada por ver que seus pais poderiam se separar e ela não queria isto. Então pegou sua bicicleta e começou a andar pela floresta em direção ao rio com toda a velocidade, desejando poder encontrar a pulseira de sua mãe. Foi aí que Vic encontrou algo estranho. Uma ponte antes nunca vista e que na inscrição da parede mostrava o nome do lugar em que ela recém havia voltado de férias. Ao atravessar a ponte, Vic saiu em New Hampshire, muitos quilômetros de onde morava e encontrou a pulseira de sua mãe. A partir daí, O Atalho como seria chamado, era utilizado pela garota para encontrar o que ela desejasse.

Charlie Manx estava velho. Não o tipo de velhice que era notada. Na verdade ninguém percebia sua idade muito avançada, já que ser um vampiro lhe dava muitos anos de juventude. Andar por aí selecionando crianças para levá-las à Terra do Natal era o mais precioso que ele podia fazer. Crianças que viveriam para sempre e onde nenhuma tristeza existia. Um lugar onde todos os dias era o dia do Natal. Utilizava seu Rolls-Royce de 1938, denominado O Espectro, para levar as crianças para a felicidade, mas só podia levar uma por ano, para garantir que elas fossem felizes para sempre.

Com o passar dos anos, Vic utilizou O Atalho para encontrar diversos objetos, mas sempre que voltava duvidava do que realmente acontecia, até que colocava na cabeça que tudo não passava de uma alucinação. Aos 13 anos de idade decidiu que usaria a ponte para encontrar alguém que pudesse ajudar a fazê-la acreditar no que acontecia. Foi então que encontrou Maggie Leigh, uma bibliotecária que possuía um dom parecido com o de Vic, em que utilizava as palavras cruzadas para descobrir o futuro. Foi neste momento que Vic foi alertada que Manx estaria perto dela e que ela deveria fugir o mais rapidamente possível, pois ele era perigoso e quem caia em seus braços, jamais fugia.

Mas Vic não ouviu 4 anos mais tarde foi de encontro ao lunático Manx, direto na Casa Sino. Lá encontrou com Manx e descobriu que o maior terror que poderia ter imaginado realmente existia. Ao descobrir O Atalho, Manx primeiramente o fechou jogando a bicicleta de Vic e depois a perseguiu. Mas Vic após muito sofrer, foi a primeira pessoa a conseguir fugir dele.

Após o pesadelo ter passado, Vic casou-se com o seu salvador Louis Carmody, com quem teve um filho, Wayne. Tudo parecia tranquilo até Vic começar a receber ligações das crianças direto da Terra do Natal. Mas os telefones tocavam somente para ela. Ninguém mais os ouvia. E foi aí que Vic começou a surtar. Após diversas internações, Vic foi morar sozinha já que sua separação fez com que seu filho ficasse com seu marido.

Quando Vic decidira passar as férias com seu filho no lago Winnipesaukee, sua vida começou a ter sentido novamente. Foi na casa alugada que ela encontrou uma moto Triumph e através dela que encontrou novamente O Atalho. Mas também foi por causa dela que Charlie Manx conseguiu capturar seu filho e quase a matar, agora com a ajuda de um segurança fascinado pelo vampiro.

O que o futuro reservava nem Vic sabia. O que ela sabia era que, após conseguir fugir pela primeira vez, diversas crianças que haviam desaparecido junto com suas mães, tinham sido sequestradas por Manx. Suas mães foram mortas e as crianças levadas para a Terra do Natal. Ela sabia no que as crianças se tornavam: frias, sem sangue, com dentes em forma de anzóis. Precisava correr para encontrar seu filho. O único problema seria que alguém teria que ficar para trás...


Autor: Joe Hill
Título Original: NOS4A2
ISBN: 9788580412970
Páginas: 624
Ano: 2014
Gênero: Ficção / Terror
Editora: Arqueiro








Seria frustrante dizer que até este livro eu não sabia quem era Joe Hill. Sim, é verdade. Apesar de ser uma devoradora de livros, isto não me faz uma conhecedora total de autores ou autoras, infelizmente. Porém, após a leitura de Nosferatu, tenho a plena consciência de que a mente de Joe Hill é um complexo mundo fantasmagórico e cheio de criatividade sem igual. O cara sabe o que faz. Ao menos neste livro.

Nosferatu tem uma capa (nacional) intrigante, já que aparentemente o nome do livro não te diz muita coisa sobre o que se trata a história. Pode parecer um suspense, avaliando um carro antigo por uma estrada deserta. Mas não. Trata-se de um terror megalomaníaco. Um terror inebriante que não fere o ego com partes violentas ou cruéis, mas que desmonta o clichê de cenas com facas ou armas. Estonteante.

Inicia introduzindo com o Charles Manx em um papel ao qual ele, de forma alguma pode ser descrito e que como consequência me deixou concentrada nos acontecimentos que viriam a ser narrados. Aliás, medo é algo que Joe Hill sabe induzir ao corpo do leitor. Após isto, uma vida de aventuras da personagem principal é contada, todo um mundo de fantasias é iniciado e isto faz com que o leitor pense que a leitura vá focar em devaneios desnecessários. Não é este o caso. A criação de um atalho foi muito bem formulado, sendo que como toda a ação tem sua reação, isso não difere nesta leitura. 



Porém a reação é aflitiva. Eu não desejaria me encontrar com Charles Manx. Não desejaria, aliás estar no mesmo mundo que ele. Uma mistura de escárnio, sarcasmo e idolatria infantil, gerou em Nosferatu um monstro que é capaz de num piscar de olhos fazer tremer até o mais cético idealista. Ele não é um fantasma em um armário, não é um bicho-papão, ele é o terror interno de nossas almas.

Os capítulos vão sendo intercalados entre a personagem principal, Charles Manx e toda a história entre eles e a narrativa é muito bem feita. A diagramação está ótima e não achei erros gramaticais, o que é ótimo. Outra coisa que achei muito legal são os desenhos, que dão uma vida mais real na história e segmenta cada capítulo com novas perspectivas. 



São muitas páginas de uma boa leitura. Você vai ler e perceber que o medo não é nem um pouco imaginário e quando vir um Rolls-Royce pela rua, sua intenção e talvez sua reação não será de vislumbre e sim de pânico iminente.





Preciso começar este post citando um elogio a este filme: excelente. Sim, excelente é justamente como eu caracterizo 12 Anos de Escravidão.

Demorei muito para ver este filme por diversos motivos. Vi que algumas pessoas o tinham assistido e muitas comentaram que era um filme chato e monótono e que assim não havia razão alguma para a perda de tempo em frente à televisão e isto, consequentemente, me desanimou um pouco. Outro fato é que sempre que ia até a locadora, via exposto aqueles filmes de aventura os quais sou fissurada com cenas de ação inimagináveis ao poder humano que, se não feitas por mecanismo cinematográfico, não existiriam.

Mas desta vez reagi e meus sentidos colocaram o belo filme ganhador do Oscar em minhas mãos. Certamente estava bastante curiosa também após ter lido o livro Escravas de Coragem, que fiz resenha aqui no blog, e isto me gerou mais fascínio ainda.

Agora, mais do que tudo, o impactante sobre a história, é que ela é baseada em fatos reais e por si só já é um motivo para você parar e e dedicar seu tempo a um momento de reflexão vindouros do passado e conflitantes com o nosso presente.
A obra foi baseada em um livro escrito pelo próprio Solomon Northup no ano de 1853, após ter passado os 12 anos como escravo, sendo que já era um homem totalmente livre.



Sinopse: 
1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.




Para quem não sabe, este filme foi indicado à diversos prêmios em várias categorias nas premiações que existem pelo mundo afora e ganhou muitas das quais foi indicada, sendo que a maior delas foi a de melhor filme no Oscar. 

O resultado de tanto trabalho não é especificamente ver na tela a batalha dos escravos, mas acompanhar a vida de um ser humano que já era totalmente livre, que tinha toda uma vida estruturada, uma cultura e uma inteligência soberba e como musicista era completamente talentoso. Era desta forma que Solomon ganhava a sua vida e sustentava sua família: sua mulher e seus dois filhos. No momento em que ele é enganado e sequestrado é o ápice que o filme ganha força. O ator é altamente expressivo e consegue transmitir cada sentimento, cada sensação somente com um olhar.



Aliás, o elenco todo foi muito bem escolhido. Por alguns momentos até considerei que o filme foi retratado de forma mais leve do que realmente deveria ter acontecido, tando pelo fato de ser uma obra extraordinária que pretendia transmitir uma imagem sóbria e com uma lição de vida quanto pela decisão de não abater o público que poderia ficar impactado com tais cenas de violência.

Não vá considerar que elas não existem. Existem e são dolorosas. Afinal, ser escravo não é somente trabalhar de graça e sim não ter regalias e ser forçado a todo tipo de tortura. 

A fotografia é impecável e realiza feitos incríveis. Não senti falta daqueles efeitos criados por computação gráfica e fiquei tão apegada a cada cenário que era como se estivesse presa naquele espaço e naquele tempo, vivendo junto com o grupo de pessoas que precisavam se unir para tentar formar algo que fosse perto de uma família.


Uma história comovente e real. É isto que você encontra em 12 Anos de Escravidão. Uma bela obra de arte que ressurge das páginas de uma biografia.

Se você tem dúvidas se vai conseguir assistir o filme até o final como eu tinha, vai em frente. Se você curte filmes que contam histórias, com dramaticidade e onde você pode mergulhar num mar de talento, este é para você.

E acredita que eu nem sequer sabia que o Brad Pitt estava no filme? Enfim, na verdade nem fez muita diferença. Foi um pequeno grão em um deserto.

Recomendo!






Tana tinha apenas 6 anos quando tudo começara a acontecer. No início eram somente rumores de pessoas com um certo Resfriado, mas logo tudo começou a ficar nebuloso demais. Após uma semana, quem estava doente atacava outras pessoas, sedenta de fome e logo após se transformava.

Tudo começou com Caspar Morales, que não se recordara como acordou daquele jeito, tão faminto por sangue que, logo após acordar, não aguentou ver  primeira pessoa à sua frente e atacou-a sem piedade. E assim o Resfriado foi se espalhando como uma onda gigante, espalhando o pânico pelo mundo inteiro. 

As primeiras cidades para onde as pessoas Resfriadas eram levadas em quarentena, denominadas Coldtowns, se localizavam em São Francisco, Las Vegas, Chicago. Porém foi na cidade de Springfield que a maior cidade reluziu. Lá que as criaturas surgiram e tanto humanos limpos quanto Resfriados faziam parte de um mesmo cenário. Foi lá também que Lucien Moreau resolveu morar juntamente com sua amada Elisabeth, transformando suas famosas festas em desejos constantes para muitos.

Mas para tudo há uma regra e nas Coldtowns não seria diferente. A quarentena de uma pessoa Refriada duraria 88 dias e se neste tempo ela não se transformasse, poderia viver normalmente. Mas quando se entra na cidade, você só consegue sair de lá com  um sinalizador ou ficará preso lá para sempre e o preço de um é entregar uma criatura em seu lugar ou muito, mas muito dinheiro.

Tana agora tem 17 anos e está em uma festa ao pôr-do-sol. Todas as pessoas estão se divertindo e ela está bebendo mais do que o habitual. Assim que acorda, em uma banheira, totalmente sem noção do que aconteceu, depara-se com uma cena horripilante: todos os seus amigos estão mortos, o sangue escorrendo por rasgos em seus corpos. Somente um único barulho no andar de cima. Lá, Tana encontra seu ex-namorado Aidan amarrado a uma cama, apavorado e ao lado um garoto-vampiro, acorrentado.

O pior de tudo é Tana descobrir que seu ex-namorado fora infectado e que agora precisa ajudá-lo de alguma forma. Gavriel, o garoto acorrentado, pode ser o chacal da chacina, mas somente após a chegada da noite. Mas Tana descobre que eles não estão sós e que agora precisa mais do que nunca correr contra o tempo. Mas o tempo anda mais rápido que Tana e após conseguir retirar Aidan das amarras, Tana, na tentativa de fuga, também é infectada.

A única saída é a ida para uma Coldtown. Tana não pode voltar para casa. Não pode voltar para seu pai ou para sua irmã. Não depois de ter visto sua mãe ser acometida pelo Resfriado e a consequência a que isto tudo levava a sua família. Tana precisava fugir. E na fuga para a Coldtown, um segredo seria revelado.


Autora: Holly Black
Título Original: The Coldest Girl in Coldtown
ISBN:9788581634036
Páginas: 384
Ano: 2014
Gênero: Ficção / Fantasia
Editora: Novo Conceito








Estou aqui pensando em como começar esta resenha. Na verdade, a parte crítica. Não vá pensar imediatamente que vou colocar coisas ruins sobre a leitura porque vai haver um engano de sua parte, mas tudo deve-se ao fato de que é um livro de uma autora que aprendi a gostar e, que agora que li uma segunda obra sua, já posso concluir que a mente dela é realmente voltada para a fantasia de uma forma extraordinária. Disto não há como discordar.

Quero entrar na sentença sobre o que realmente me pegou. O início da leitura foi impactante. Sim! Nos primeiros capítulos foi extremamente impossível virar os olhos para qualquer lado que não as linhas bem descritas com uma aventura. Até então tudo se torna um mistério e uma visão de suspense e de um prólogo de boa aventura deixava meu sangue borbulhando por mais. Ok, esta última frase foi meio que proposital, pois a sinopse do livro e toda a tratativa dado a ele "comercialmente" não expunha em momento algum o relato de que as criaturas se tratavam de vampiros. Pois bem, quando percebi isto no livro imaginei que perderia todo o foco e se tornaria um fracasso. Seria um erro literário da autora já que tantos livros se tornaram filmes e sagas e poderiam cansar? De forma alguma, não! 

Holly Black anuncia em A Menina Mais Fria de Coldtown uma narrativa com vampiros sim, mas muito mais idealista do que cansativa. Uma aventura que imaginei que se tornaria uma saga, mas que consegue colocar nas 384 páginas uma fantasia cheia de personagens ora lúcidos, ora dramáticos e mais ainda ora focados somente em diversão.

A personagem de Tana vive entre a dor de uma tragédia na família durante a infância e a necessidade de tocar a vida adiante e quando precisa enfrentar o Resfriado, encara uma trajetória que pode ser fatal. Mas Tana não é uma personagem excêntrica ou desvairada. Não vive para a loucura ou o caos que o mundo se tornou. Ela deseja a normalidade e isso é exatamente o que você não vai encontrar neste livro.

Consegui gostar de A Menina Mais Fria de Coldtown mais do que imaginei e também fiquei pensando como seria se o livro tivesse uma continuação, pois não me apeguei somente na personagem de Tana e sim nos diversos personagens que surgem. Existem os que podemos jogar em uma lixeira mental e os que poderíamos colocar em uma lista de amigos imaginários.

Holly Black também é autora de Boneca de Ossos, que li e me tornei até mais fã do que este, mesmo sendo uma literatura juvenil. 
Mas se o seu intuito é diversão, suspense com zero melodrama, pegue este na livraria e depois me diga o que realmente sentiu. Só cuide-se para não ficar Resfriado...





Já estava na hora de um novo sorteio acontecer por aqui, certo?

E quem curte o blog sabe que sempre pode contar com uns mimos de vez em quando, pois faço o possível para colocar livros para sorteio entre os leitores!

E desta vez é com a Harlequin, a editora dos romances que está disponibilizando uma sessão apaixonante!


Prêmio:

- Três livros: 
Inesperado de Susan Mallery
Irresistível de Susan Mallery
Um Lugar no Coração de Sherryl Woods

Para participar é só ir preenchendo as etapas do Rafflecopter. Desta vez não há nenhuma regra obrigatória e quanto mais você preencher, mais chances terá de ganhar!
Se não conhece esta ferramenta, pode clicar neste link para saber como fazer o preenchimento.


a Rafflecopter giveaway

Regras:
- É necessário residir no Brasil.
- É preciso preencher o formulário corretamente.
- O envio será feito por mim em um prazo máximo de 20 dias após o resultado. Não me responsabilizo por extravios dos correios. 
- O sorteio se inicia hoje (12/08/2014) e vai até 31/08/2014
- O resultado é divulgado até no máximo uma semana após o término.
- Sempre envio um e-mail ao vencedor e caso não seja respondido em um prazo de 03 dias, é feito um novo sorteio.
- O sorteio é recreativo, não estando vinculado a nenhuma marca, compra ou venda de serviços.

Boa sorte!












Jake Fisher já é um homem que está na faixa dos 30 anos de idade, que possui um corpo maciço, com uma altura que chama a atenção. É como se fosse um cara alto e atlético, forte porém, delimitando seu espaço com uma beleza incomum.

Jake é um professor universitário formado em Ciências Políticas e há quatro anos também é coordenador do setor de seu curso na faculdade de Lanford College em Massachussets. É visto com muito orgulho por seus alunos e sempre dá o melhor de si. Isso foi inspirado em seu antigo professor e conselheiro Malcolm Hume, que agora estava aposentado e vivia tranquilamente sob o sol forte da Flórida.

Mas a vida de Jake era um tanto quanto monótona. Era do trabalho para casa e de vez em quando para um bar ou outro com seus amigos, principalmente com Benedict Edwards, outro professor da pequena universidade. A vida já fora melhor, quando estivera no retiro Renovação Criativa para fazer sua dissertação de final de curso. Lá conhecera Natalie Avery.

Natalie Avery conquistou o coração de Jake de uma forma radical. Com seu sorriso tímido e encantador, a bela mulher que adorava pintar e se dedicava às artes, engatou um romance apaixonante e avassalador, mas que durar somente algumas semanas. Até o momento em que Natalie chegou para Jake dizendo que iria se casar com o ex-namorado, o qual ainda era apaixonada.

O que Natalie não imaginava era que ele fosse comparecer ao seu casamento, ou melhor, talvez ele próprio não imaginasse estar lá, porque fora convidado. Mas ao se despedir Natalie fez um último pedido: que nunca mais fosse procurada por Jake.

Jake confirmou a ação. Mas ao passar seis anos, todos eles pensando o que estaria acontecendo com a mulher que ele ainda amava, tentando entender o que acontecera nas semanas que passaram no recanto na cidade de Kraftboro, pegou-se lendo o obituário da universidade. E lá estava: a reportagem sobre a morte de Toddy Sanderson, o marido de Natalie.

Será que agora ele poderia recomeçar algo? Será que estava preparado para enfrentar novamente os olhos de Natalie? Tomara a decisão de ao menos ir falar com ela no funeral.

O que não esperava encontrar era uma teia de dúvidas, uma cadeia de mentiras e uma estrada para correr porque agora, a morte viria atrás dele.


Autora: Harlan Coben
Título Original: Six Years
ISBN: 9788580412536
Páginas: 272
Ano: 2014
Gênero: Ficção / Suspense / Policial
Editora: Arqueiro







Este foi o primeiro livro de Harlan Coben que eu li. Certo, talvez você pense que é algo meio inacreditável, mas até então eu me baseava mais em romances e dramas e em livros policiais de James Patterson e afins. E então surgiu a oportunidade de ler o Harlan. Não vou dizer que o James Patterson é um escritor ruim porque eu estaria mentindo, ele sabe sim escrever um bom livro de suspense e policial. Mas o que vem de Harlan é outra coisa.

Harlan coloca uma história em parâmetros. Ele sabe bem sobre o que escreve e não somente vai guardando mais o suspense como coloca mais personagens e mais envolvidos na trama. Quando estava lendo Seis Anos Depois, me pegava elencando os personagens e tramando uma estratégia para tentar adivinhar onde ele estava querendo chegar com a situação.

A história passa rápido demais, preciso confessar. Não porque não tenha enredo e sim porque tem e acaba sendo empolgante que é difícil não querer ler mais um capítulo e depois mais um. Os capítulos vão sendo entre o passado e o presente e narrado pelo Jake Fisher, o professor e personagem principal.

Gosto de ver a construção deste personagem que não é nenhum herói, que sente dor, que chora, que ama, que ri e que consegue se meter em muitas confusões. Mas além disto, há um suspense no ar que fica cutucando, que fica mexendo nosso corpo mais e mais, sem dar trégua.

O final não foi o que eu diria satisfatório. Foi um pouco clichê demais para o tanto que as páginas anteriores foram criativas. É como correr sem parar para depois saber que no fim haverá sempre um ótima cama para se jogar e descansar. Nesta parte, considero que faltou um pouco de desenvolvimento, até porque há muitas características a se considerar em todos os personagens.

Mas por ser minha primeira leitura do autor, não há como argumentar perante outras histórias, mas o livro em si é persistente no ato de consumir energias e adrenalina, mesmo com um final meio blasé.








Os seus olhos brilharam agora? Tenho certeza que sim porque os meus brilharam! Não somente por ler a frase ao lado "TENHA NOSSA BIBLIOTECA EM SUAS MÃOS", o que em si já me faria gritar e pular de emoção, mas porque esta promoção está valendo algo bem legal! Quer ver?

Tem gente que curte ter as páginas dos livros fresquinhas nas mãos, sentindo aquele cheirinho gostoso, mas tem gente que é mais curtido na tecnologia e prefere ter os livros guardados em um e-reader. E esta é a proposta da Saraiva que está lançando o LEV, um leitor digital que pode armazenar cerca de 4.000 títulos!

E o bom é que a Novo Conceito está participando deste lançamento com uma super promoção! Curte só:

Vão ser sorteados 4 aparelhos Lev para quem quer conhecer esta novidade, diretamente nas redes sociais e junto vai estar um dos lançamentos de agosto da NC!

Mas vai ser desta forma:


Entre os dias 05 e 07 de agosto, sortearemos 1 Lev + e-book As sete irmãs.
Entre os dias 07 e 11 de agosto, o prêmio é 1 Lev + e-book A garota mais fria de Coldtown.
Entre os dias 11 e 13 de agosto, 1 Lev + Perdendo-me.
E entre os dias 13 e 15 de agosto, uma semana antes da Bienal de São Paulo, o prêmio será 1 Lev com luz embutida + e-book Se eu ficar.




Então, agora você já pode começar participando através deste link para ganhar o LEV com o e-book de As Sete Irmãs!

Não fica de fora desta porque eu também vou me jogar!!!!!

Boa sorte, hein! E se você ganhar vem correndo me contar!













No ano de 1791 Lavínia fora comprada por um capitão chamado James. Naquele momento, com apenas 7 anos de idade e separada do seu irmão após a morte de seus pais, a garota passava a ser uma escrava branca em um país que tinha um percentual gigante de escravos negros.

O capitão era dono da famosa fazenda Carvalhos Altos, no estado da Virgínia. Era casado com Dona Martha, uma mulher com um coração frágil porém amável, e possuía dois filhos: Marshall de 11 anos e Sally de 4 anos. Havia também Belle de 18 anos, mas esta era uma filha que o capitão tivera fora do casamento e até então ninguém sabia do fato, exceto os escravos e o capitão.

Belle era uma boa moça, trabalhava na casa da cozinha e preparava toda a comida da casa-grande. Dona Martha tinha raiva da garota, pois considerava que o capitão dava mais atenção à Belle do que a ela e que a garota era sua amante. Não somente a sua esposa considerava isto, mas também seu filho mais velho. Belle sabia disto e o que mais queria era que seu pai providenciasse sua carta de alforria para poder ir embora o quanto antes, para que não acontecesse nenhuma tragédia.

Belle fazia parte da família de Mama Mae como era chamada a mãe que cuidava de quase tudo por ali. Cuidava dos grandes problemas junto com seu marido, o Papa George e amavam Belle como uma filha, juntamente com as gêmeas Fanny e Beattie, Dory e Benjamin. Após a chegada de Lavínia, que fora apelidada de Abínia, a mesma se formou parte da família de escravos, trabalhando junto de Belle na casa da cozinha.

O capitão era uma pessoa muito querida por todos. Porém tinha um capataz severo, que não pensava duas vezes antes de punir os escravos. Rankin era malvado ao extremo e muitas vezes o capitão era chamado para interferir em suas decisões. Até o momento em que o capitão precisou viajar. Ele, sua esposa e Dory, a filha de Mama Mae, foram passar um tempo na Filadélfia para fazer sua esposa esquecer uma tragédia ocorrida na família. Porém a gripe espanhola chegou e mais uma vez assolou a família Pike. 

Neste meio tempo, Marshall já havia se juntado à maldade de Rankin e fez de Belle uma escrava para fins terríveis e com esta situação Belle acabou engravidando. Mas antes de poder ter sua alforria, o capitão faleceu. A carta de alforria já estava preparada, mas fora escondida pela esposa do capitão.

Com a morte de James, a fazenda ficou a mando de Marshall, que se tornara cruel e frívolo. Mas ainda precisava completar seus 21 anos antes de poder comandar por inteiro. Antes disso precisava ir estudar em Williansburg. E foi para lá que também fora mandada Lavínia, com a irmã de Dona Martha, que enlouquecera com a perda do marido. Sarha, Sr. Madden e Meg a receberam de braços abertos. 

Após alguns anos, uma reviravolta coloca Lavinia junto de Marshall e ambos se tornam amigos e acabam se casando e voltando para a fazenda Carvalhos Altos. Até então Marshall era o legítimo cavalheiro: doce, querido e bem quisto perante sua esposa. Cuidava de sua mãe o tempo todo. Mas ao chegar na fazenda tudo mudou. Marshall voltou a ser a pessoa ruim, arrogante e cruel. A vida de Lavinia viraria um inferno.

Belle conseguiu a alforria, sendo comprada por Will Stephens, juntamente com Ben, Lucy e seus filhos. Precisava fugir da fazenda Carvalhos Altos ou morreria. Seu filho Jamie fora junto, até Marshall descobrir que era seu também e foi tirá-lo de sua mãe.

A partir deste momento, uma guerra se abateu sobre eles. A vida dos escravos se tornou um martírio de fome, sacrifícios, surras e lamentações. Marshall punia até mesmo Lavínia com surras inimagináveis. Até que ponto aquilo poderia chegar? Tudo precisava ter um fim, mesmo que a vida de Lavínia estivesse em jogo.



Autora: Katleen Grisson
Título Original: The Kitchen House
ISBN: 9788580412772
Páginas: 336
Ano: 2014
Gênero: Ficção / Drama
Editora: Arqueiro







 


Não consigo recordar se já li algum livro sobre escravos. Ao menos não consigo lembrar se li algum livro com a magnitude de Escravas de Coragem. Pois se tivesse lido algo parecido, certamente jamais me esqueceria de algo assim. 

Escravas de Coragem é como a fome: nos lembra o tempo todo que há algo dolorido, dramático, que machuca e corrói e mesmo que colocarmos algo no estômago, logo vai passar e vai voltar a incomodar. E esta é a sensação. É um livro que faz o leitor perceber que mesmo que possa transformar a dor em alívio, ela vai voltar a incomodar novamente em algum momento, pois a escravidão é algo que, naquele tempo, não havia nada que pudesse ser feito para amenizar a situação.

O ato perfeito da autora foi introduzir uma escrava branca na história, a ponto de que desta forma, o convívio e as diferenças entre os brancos e negros, mesmo que escravos, fossem demonstrados na narrativa. Mesmo sendo uma escrava, Lavínia, de alguma forma, acaba tendo mais privilégios e, como acontece na história, sobressaindo-se com um futuro melhor.

Mas a estrutura familiar montada é igualmente interessante. O amor entre os parentes, que fazem de tudo para ajudarem uns aos outros, mesmo que em meio ao sofrimento da situação, provoca uma sensação de proteção e consolo. 

A narrativa está separada em momentos, alguns capítulos são descritos por Lavínia e alguns por Belle, sendo que alguns tem o mesmo relato de cena, mas por ponto de vista diferentes. 

Não se pode pensar que somente os escravos sofriam naquela época. Os filhos também passavam maus bocados por terem seus pais longe de si. Na verdade eram mais cuidados pelos criados do que pelos pais e a educação sempre ficava por conta de um preceptor. 

O livro é de um contexto maravilhoso, com uma história que garante entrosamento, entretenimento e me fez ficar vidrada a cada virada de página. Gosto muito de histórias que se passam em décadas passadas, mas mais do que isso, gosto dos detalhes escritos, da história revelada e da capacidade de uma autora transpôr o passado para uma folha de papel como se eu estivesse vivendo lá, naquela fazenda, e vendo cada personagem passar por mim com sua vestimenta, seu estilo e sua fala.

As capas de outros países são lindas também, mas a primeira que coloquei mostra muito mais a intensidade real da história.

Um drama perfeito, digno de uma nota 10. Brilha com o encanto, mesmo que às vezes dolorido, de uma época em que todos desejavam nada menos do que a liberdade.