Ona Vitkus é uma senhora destemida. Não que todo mundo vá gostar do jeito que ela trata algumas pessoas, mas certamente quem a conhece por completo vai gostar do seu jeito. As pessoas tem o costume de tratar os idosos de uma forma como se fossem peças frágeis e complicadas e Ona, uma senhora com 104 anos é uma destas peças, mas nem um tanto frágil assim.
A ideia do chefe dos escoteiros, Ted, é de que os seus meninos sempre ajudem a outras pessoas. E então um menino pequenino, franzino demais e tímido demais ficou incumbido de todos os sábados ir até a casa da senhora e cuidar das coisas que ela precisava. Aquele menino de onze anos era alguém que adorava os recordes. Amava pássaros como ninguém e fazia tudo com muita meticulosidade. Ona Vitkus aprendeu a gostar do menino e a conhecer o seu mundo e foi ela também que apresentou o mundo de uma centenária a ele.e

Todas as semanas Ona esperava por ele, ávida por novidades, por saber o que mais o menino descobrira sobre as pessoas centenárias que entravam para o livro dos recordes e agora eles estavam decidindo que ela também deveria tentar. Mas então em um sábado diferente, quem apareceu foi Quinn, o pai do garoto e não mais o garoto.
Quinn queria cumprir com o compromisso e dizer adeus para tudo aquilo. Não sabia como lidar com a perda de um filho que não tinha participado muito de sua vida, ou melhor, cujo pai não participara quase nada de sua vida e do nada o menino se foi. O mínimo que podia fazer era terminar a boa ação de escoteiro que ele começou. Aquela senhora parecia precisar de muita coisa, ao mesmo tempo que não entendia o que realmente se passava, ou não sabia o real motivo de o menino não estar de volta.

Aos poucos Quinn compreendeu que o menino havia entregado parte de sua vida para aquela lendária vida e que a mesma estava extasiada por uma oportunidade de conseguir chegar a uma meta e fazer sorrir um menino gentil. O que Quinn não sabia é que sua vida mudaria com toda aquela experiência. Através de Ona Vitkus ele vai aprender mais sobre seu filho, sobre o que é amar e sobre o que é ter responsabilidades além do que se promete ter.
E Ona Vitkus vai mostrar para as pessoas que duvidam dela que a história de uma vida longa pode ser infinita quando alguém está por perto para incentivar a seguir adiante.


Autora: Monica Wood
Título Original: The One-in-a-Million-Boy
ISBN: 9788580416930
Páginas: 352
Ano: 2017
Gênero:  Drama
Editora: Editora Arqueiro





 

Há livros que fico pensando muitos momentos sobre como conseguir exprimir as expectativas colocadas na leitura e tudo o que consegui retirar dela sem entregar todo o prêmio. Quando se lê o título da obra parece que vamos conhecer sobre a vida de um menino que, como a sinopse explica, morreu do nada, deixando um legado com uma senhora centenária.
A verdade é que muito pouco se é dito sobre o menino e mesmo assim muita coisa é explicada e gerada deste papel. É como se somente através de um sorrido alguém conseguisse declarar toda uma vida de sonhos e fantasias. E foi o que basicamente Monica Wood fez com sua intenção ao escrever o livro.

Ona Vitkus é uma mulher que teve uma vida cheia de altos e baixos. Não é uma senhora sem vida. Fugiu do seu país com seus pais e chegou em um novo país sem saber absolutamente nada. Cresceu, casou, teve filhos, conheceu todas as novas tecnologias e agora parece que só vê o tempo passar com milhares de lembranças em sua mente. Aceita a ajuda das pessoas sem causar grande rebuliço, mas mesmo assim ainda faz as próprias tarefas. É uma visão que eu até penso que jamais chegarei um dia, ainda mais com uma pessoa de 104 anos.

O legal da personagem de Ona é que a tradução da experiência de vida dela é absolutamente aquilo que vemos em algumas outras pessoas. O medo, a coragem em algum momento, alguns arrependimentos. A diferente de tempos e tempos, entre as guerras e o agora. E como cada geração tem um pensamento diferente sobre a outra.
O menino e a senhora são inseridos na trama como um amor a ser esmiuçado, a ser compartilhado aos poucos, a ser conhecido parte por parte e é assim que a autora vai colocando. Em cada capítulo um pouco do que eles compartilharam no pouco tempo que estiveram juntos. E então a aparição do pai do menino. Acredito que a partir daí os sentimentos começam a se tornar mais fortes. É como se para um houvesse um sentimento de culpa e cumprimento de dever e para outro a necessidade da continuidade de algo.

Aos poucos aquilo que era para ser secundário, se torna a primeira página idealista da autora e a amizade e o amor entre os personagens vai se juntando em ideias e metas de vida. É quando você pensa que ninguém é jovem demais ou velho demais para algo. Que atitudes por mais simples que sejam podem salvar pessoas e momentos e nos sentir restituídos de arrependimentos.
O final é algo arrebatador. È como se a autora enfim apunhalasse todo o seu mérito no peito do leitor e conseguisse nos fazer derramar através das lágrimas aquilo que algum dia deixamos de fazer por alguém. Um final digno de palmas. Um final que certamente eu gostaria que fosse diferente pela forma como o personagem toma seu rumo, mas como sabemos que o mundo e a vida fazem sua história.

No fim o que resta é a saudade de personagens que se dedicaram uns aos outros, mas que também construíram pontes e destruíram suas paredes. Uma obra que cura dores e faz pensar no presente e certamente no futuro.


Pois já estamos na metade do ano e eu ainda não li muita coisa da minha meta anual. Mas mesmo assim não deixo de ficar babando em todos os lançamentos que saem pelo mercado editorial. E este mês a Arqueiro está simplesmente arrasando. Olha só o que você pode adquirir para colocar na sua coleção:



A CASA DO LAGO
Kate Morton

A casa da família Edevane está pronta para a aguardada festa do solstício de 1933. Alice, uma jovem e promissora escritora, tem ainda mais motivos para comemorar: ela não só criou um desfecho surpreendente para seu primeiro livro como está secretamente apaixonada. Porém, à meia-noite, enquanto os fogos de artifício iluminam o céu, os Edevanes sofrem uma perda devastadora que os leva a deixar a mansão para sempre. 

Setenta anos depois, após um caso problemático, a detetive Sadie Sparrow é obrigada a tirar uma licença e se retira para o chalé do avô na Cornualha. Certo dia, ela se depara com uma casa abandonada rodeada por um bosque e descobre a história de um bebê que desapareceu sem deixar rastros. 

A investigação fará com que seu caminho se encontre com o de uma famosa escritora policial. Já uma senhora, Alice Edevane trama a vida de forma tão perfeita quanto seus livros, até que a detetive surge para fazer perguntas sobre o seu passado, procurando desencavar uma complexa rede de segredos de que Alice sempre tentou fugir. 

Em A casa do lago, Kate Morton guia o leitor pelos meandros da memória e da dissimulação, não o deixando entrever nem por um momento o desenlace desta história encantadora e melancólica.


MESTRE DAS CHAMAS
Joe Hill

Ninguém sabe exatamente como nem onde começou. Uma pandemia global de combustão espontânea está se espalhando como rastilho de pólvora, e nenhuma pessoa está a salvo. Todos os infectados apresentam marcas pretas e douradas na pele e a qualquer momento podem irromper em chamas.

Nos Estados Unidos, uma cidade após outra cai em desgraça. O país está praticamente em ruínas, as autoridades parecem tão atônitas e confusas quanto a população e nada é capaz de controlar o surto.

O caos leva ao surgimento dos impiedosos esquadrões de cremação, patrulhas autodesignadas que saem às ruas e florestas para exterminar qualquer um que acreditem ser portador do vírus.

Em meio a esse filme de terror, a enfermeira Harper Grayson é abandonada pelo marido quando começa a apresentar os sintomas da doença e precisa fazer de tudo para proteger a si mesma e ao filho que espera.

Agora, a única pessoa que poderá salvá-la é o Bombeiro – um misterioso estranho capaz de controlar as chamas e que caminha pelas ruas de New Hampshire como um anjo da vingança.

Do aclamado autor de A estrada da noite, este livro é um retrato indelével de um mundo em colapso, uma análise sobre o efeito imprevisível do medo e as escolhas desesperadas que somos capazes de fazer para sobreviver.


O VOO DA VESPA
Ken Follett

Freya é o nome da deusa nórdica do amor. Também é o codinome da mais recente invenção nazista, de acordo com uma mensagem interceptada pelas forças aliadas. A inteligência britânica desconfia que é graças a ela que os alemães estão conseguindo abater os bombardeiros ingleses a uma velocidade tão alarmante.

Hermia Mount, uma analista do MI6, é recrutada para ajudar a descobrir qual é essa nova arma. Tendo morado a vida inteira na Dinamarca, ela possui contatos valiosos que poderão auxiliá-la em sua missão.

Do outro lado do mar do Norte, numa ilha dinamarquesa ocupada pelos alemães, o estudante Harald Olufsen descobre uma instalação estranha dentro da base militar nazista. Ele não sabe o que é, mas não se parece com nada que já tenha visto, e ele precisa contar para alguém.

Em Copenhague, o detetive Peter Flemming colabora com os alemães para desvendar quem está repassando informações de dentro do país nórdico para os aliados britânicos.
Numa Europa praticamente dominada pela Alemanha, a vida dessas três pessoas se entrelaça de forma irreversível, e quando um decrépito avião bimotor se transforma no único meio de fazer a verdade chegar até as forças aliadas, o destino delas poderá mudar o rumo da guerra – e da história.


VOLÚPIA DE VELUDO
Loretta Chase

Simon Fairfax, o fatalmente charmoso marquês de Lisburne, acaba de retornar relutantemente a Londres para cumprir uma obrigação familiar. 

Ainda assim, ele arranja tempo para seduzir Leonie Noirot, sócia da Maison Noirot. Só que, para a modista, o refinado ateliê vem sempre em primeiro lugar, e ela está mais preocupada com a missão de transformar a deselegante prima do marquês em um lindo cisne do que com assuntos românticos. 

Simon, porém, está tão obcecado em conquistá-la que não é capaz de apreciar a inteligência da moça, que tem um talento incrível para inventar curvas – e lucros. Ela resolve então ensinar-lhe uma lição propondo uma aposta que vai mudar a atitude dele de uma vez por todas. Ou será que a maior mudança da temporada acabará acontecendo dentro de Leonie? 
Volúpia de veludo, terceiro livro da série As Modistas, é uma história de amor envolvente, com personagens femininas fortes e determinadas que transitam com perfeição entre o romantismo e a sensualidade.





Este mês eu simplesmente quero todos os lançamentos e já vou ter que colocar um bom valor no meu orçamento para não perder as histórias e ainda mais a continuação de As Modistas.

Li somente um livro de Joe Hill e foi o suficiente para adorar a escrita dele.

Se você quiser ler mais sobre os lançamentos da editora, pode clicar aqui.







No século XVIII uma camélia rara estava sendo procurada pela Inglaterra depois que a última havia sido destruída no jardim da família real britânica. Em outro jardim a mesma camélia se escondia e uma pessoa sabia que precisava esconder aquela joia rara para que outras pessoas usufruíssem de sua beleza.

Agora, na década de 40, Flora precisa achar um jeito de ajudar seus pais a obter dinheiro, já que a padaria deles está indo mal e os cobradores estão aparecendo querendo o dinheiro das dívidas. Mesmo que seu sonho seja trabalhar com botânica, já que sempre passeia pelos belos jardins de Nova York, ela acaba aceitando um emprego como babá em uma mansão na Inglaterra onde mais tarde descobre que o que parecia ser um sonho na verdade é somente uma mentira para que descubra sobre uma flor rara e uma forma de como roubá-la.

A mansão Livingston é uma casa imponente. O Lorde Livingston mora com seus cinco filhos, mas agora precisa administrar a dor da perda de sua mulher, que amava os jardins de camélias e que também mantinha uma estufa em um dos quartos do sótão. O Lorde trazia as mais diversas flores de todos os cantos do mundo para sua felicidade, mas parecia que nada conseguia trazer o sorriso de volta depois que ela fora embora dos Estados Unidos. E agora a sua morte gerava um segredo imenso, deixando os filhos pequenos sozinhos, já que o Lorde se mostrava cada vez mais confuso.

Addison está comemorando um ano de aniversário de casada com Richard, nos anos 2000. Porém ela tem um segredo desde a adolescência e parece que ele não consegue deixar ela em paz já que um suspeito a está seguindo há muito tempo. Ela precisa sumir de alguma forma, mesmo tendo que deixar seu amor pela criação de seus jardins. E a oportunidade surge quando os pais de seu marido oferecem uma mansão no interior da Inglaterra para que passem o verão.

Assim, passado e presente se unirão para que um mistério seja desvendado. Uma mistura de amor, dedicação, medo e segredos enlaçados que farão um destino mudar completamente.



Autora: Sarah Jio
Título Original: The Last Camellia
ISBN: 9788581638355
Páginas: 304
Ano: 2017
Gênero:  Drama
Editora: Novo Conceito
Livro cedido em parceria com o site Thunderwave.com






 




Eu tenho a tendência de parecer suspeita em falar de uma nova obra de uma autora a qual eu sempre gostei bastante. E logicamente não é diferente com a Sara Jio. O primeiro livro As Violetas de Março já foi o suficiente para conseguir me entrar totalmente e depois com Neve na Primavera que tem o mesmo estilo de A Última Camélia, e então O Bangalô, fez com que ela entrasse com total certeza na minha lista de autoras favoritas.

Eu sou a favor de capas que chamem a atenção também. Lógico que a Novo Conceito conseguiu seguir o parâmetro da história e eu ficaria encantada se estas internacionais também fossem publicadas. Mas adoro quando o cenário dedicado à contar a trama é em uma mansão antiga, cheia de um mistério, com uma vida centenária, jardins exóticos, diversos cômodos e a decoração antiga bem delineada e destacada fazendo com que a leitora fique imaginando como é estar naquele cômodo sentindo a sensação, a emoção e o conforto. E é exatamente como a Sarah Jio faz na narração.

Quando uma autora também tem a tendência de utilizar o passado e o presente intercalados é preciso ter uma atenção especial para não se perder o foco, já que muita coisa pode ficar sem um final, mas nesta obra vê-se a vida de duas mulheres em diferentes épocas tendo que lidar com um sonho destruído e encarando um esforço para manter pessoas que amam em segurança. Adorei ver Flora passando pela época dos anos quarenta, conhecendo a mansão Livingston, a grandeza dos jardins detalhados, o estilo de vida dos filhos pequenos, até a forma como foi a viagem de navio dos EUA até a Inglaterra.

O mistério que é levado do início ao fim também é intrigante, mesmo que tenha sido mais leve do que nos outros livros da autora. Mas o suspense em volta do que aconteceu com a ex-mulher do Lorde gera um conteúdo histórico agradável e se você gosta de histórias de romance com uma pitada de drama vai gostar de ler este livro, já imaginando como Flora conseguiu encarar todos os desafios, que foi o que mais me marcou.

O final e a resolução do mistério foi bastante rápido, o que eu queria que houvesse mais e mais, porém foi satisfatório. Não há como não gostar dos livros da autora, pois você se apega aos personagens e eu adoro o estilo antigo da história.

Espero que a Novo Conceito continue publicando os livros da Sarah Jio, pois é como entrar em um paraíso, ir e voltar no passado e no presente e sempre querer mais e mais.







Este texto vai parecer algo engraçado em alguns momentos, mas o que deve ser parecido com piada na verdade é até triste para algumas pessoas que precisam passar ou viver ao lado de uma pessoa ou várias pessoas que possuem este aspecto.

E não é somente isto. Vai saber se você ou até mesmo eu não possui as características que vou declarar aqui neste post, sem parar para pensar que isto pode atrapalhar o ambiente ou então atrapalhar o ritmo das coisas e a nossa vida com as outras pessoas? É fácil demais julgar o próximo, mas sempre que o fazemos é porque nos identificamos com algo nas atitudes dele.

A questão principal que estou falando é: Como conviver com uma pessoa mau humorada?
Sabe aquele tipo de pessoa que está sempre xingando a vida?

Aquela pessoa que quando vê alguma coisa errada já começa a falar de tudo o que está de errado e não passa para o lado normal da atitude mas sim para o lado pessoal, que julga a outra pessoa sem o mínimo de empatia, sem se colocar no lugar do próximo, sem analisar o contexto todo e saber como tudo pode ter acontecido.

Aquela pessoa que quando entra em um lugar já deixa o ambiente pesado e tenso porque sabe-se que ela não pode ouvir qualquer coisa que seja contrária que já vai começar a fazer algum escândalo porque não sabe ser contrariada ou foi acostumada a largar os pés em todo o mundo?

Sempre há pessoas assim, principalmente em um âmbito profissional. E é bastante complicado lidar com isso. Há fatores diversos que podem causar este tipo de comportamento, desde a insatisfação com a tarefa exercida, com a empresa em que se trabalha, com o salário recebido. Ou então com uma questão mais pessoal, como não satisfação com o corpo, ou problemas com a família, amigos e afins.
A questão é: é necessário ter empatia?

Toda a pessoa que acredita que agredir o próximo que não agride ninguém é algo normal já precisa repensar a situação. Claro que quando percebemos que alguém não está em seus melhores dias temos que analisar que todos temos dias bons e ruins, mas quando isso se repete dia após dia, não há como aceitar. Ao menos todos esperam ser bem tratados em um ambiente cujo passamos o maior tempo do que na nossa casa.



Vi um vídeo onde um palestrante dizia que quando houver uma pessoa desta em um ambiente de trabalho, o chefe em questão deveria fazer uma ótima carta de recomendação e mandá-la para o concorrente, mesmo que seja um ótimo profissional. Pois o que mais importa na verdade é um bom ambiente de trabalho, e profissionais bem requisitados são aqueles que conseguem ampliar não somente o fator de características técnicas como ter um ótimo relacionamento interpessoal.

Então duas coisas: tenha primeiro empatia. Tente perceber se é uma ocasião passageira e coloque-se no lugar da pessoa. Caso não for, afaste-se. Porque a situação geralmente tende a piorar e uma das coisas que aprendi é que tudo o que é ruim acaba pesando e no final do dia você vai se sentir cansada, metida em pensamentos ruins e imaginando que tudo ao seu redor é terrível.

O importante é que fez o que podia ser melhor. O resto cada um tem que aprender a mudar, para melhor. Sempre.




Como sou uma leitura muito viciada em romances de época e amo o estilo dos séculos passados, aprecio demais o estilo quando as autoras deste gênero conseguem mostrar através das palavras as características de vestuário, de cenário e de como eles se locomoviam.

E lógico que fico pensando como seria viver naquela época, mesmo que algumas coisas fossem muito estranhas, e as mulheres tinham que se manter fazendo coisas tão bobas e não pudessem estudar ou fazer o que bem queriam como hoje, mas o amor pelos trajes, festas e as casas é maior.

Inclusive a questão de como eram as carruagens. Ontem me peguei parada ouvindo o som de cavalos na rua e ao invés de pensar em qualquer outra coisa, fechei os olhos e fiquei imaginando como seria naquela época onde tudo o que se ouvia era realmente o passo dos cavalos quando as carruagens estavam para lá e para cá e este som hoje é quase inóspito na cidade. Foi maravilhoso.

Pensando nisso, esta semana descobri uma empresa que fabrica carruagens de época, porque é um cliente da empresa onde trabalho. Imagina a fascinação que tive ao saber disto. E não podia deixar de mostrar aqui para vocês que coisa linda que é ver cada uma delas, e também mostrar trechos de livro sobre elas.

CARRUAGEM LANDAU

"Depois dos primeiros dias de conversas incessantes sobre Piers, Linnet baniu o duque de sua carruagem, com a desculpa de que sua condição, combinada ao sacolejo da carruagem, a deixavam nauseada.
Então, ela descobriu que ficar deitada sobre as almofadas ducais era imensamente confortável. E, como tinha um estômago de ferro, passou todo o trajeto bem contente, lendo, deitada e comendo maçãs."

Quando a Bela Domou a Fera - Eloisa James


CARRUAGEM MY LORD


"O cabriolé parou. Não era um dos modelos compactos do Sr. David Davies, mas um veículo desajeitado que evidentemente pertencera a algum cavalheiro um século antes. O cocheiro ficava sentado na frente, e não atrás, como nos transportes modernos de aluguel. Na plataforma estreita traseira, teriam ficado de pé dois lacaios - sem dúvida mortos e enterrados havia muito tempo."

O Últimos dos Canalhas - Loretta Chase


CARRUAGEM COUPÊ

Eu fico imensamente impressionada por saber que ainda são fabricadas este tipo de carruagens e lógico que fico satisfeita também por saber que podemos encontrar elas em algum lugar turístico, já que logicamente não tem como andar com uma na cidade (ainda!).

Existem milhares de modelos e tipos de carruagens, mas para quem pensa que era fácil andar em uma pode pensar melhor. Dias e dias para chegar em um lugar distante, tudo balançando e nada muito confortável já que as ruas não eram de grande qualidade. Além de que as luxuosas eram para os ricos, senão tinham o modelo de carruagem de diligência, em que iam várias pessoas em uma só.

Mas de qualquer forma, o importante é apreciar tudo com os olhos como se vivesse em uma época assim.

Quem quiser conferir mais carruagens da Carretas Russo pode ir até o site clicando aqui.








E chegou o mês de comemorar com as maravilhosas mamães, quem é e quem deseja ser e claro, quem tem a mãe ao seu lado ou quem tem a memória dela. E para quem tem alguma outra pessoa que considera como mãe. E nada mais legal do que presentear com livros, né?
Então confere os lançamentos da Harlequin e pensa se sua mãe não curtiria algum deles?



SURPRESAS DO DESTINO
Susan Stephens e Dani Collins

PRECIOSA PROMESSA                Susan Stephens
Uma proposta surpreendente…
A tia de Don Xavier del Rio deixou metade de sua herança para a governanta, a órfã inglesa Rosie Clifton, mas ele está determinado a recuperar o que é seu por direito. Por isso, Xavier vê na surpreendente proposta de casamento de Rosie a oportunidade de conseguir o que deseja... inclusive tê-la em sua cama! Rosie fará o que for preciso para cumprir sua promessa de proteger Isla del Rey. Mas será que está disposta a aceitar as exigências de seu charmoso noivo?

O SEGREDO ATRÁS DO VÉU        Dani Collins
“Você pode beijar a noiva.”
Com essas palavras, Mikolas Petrides selaria um importante acordo e finalmente retribuiria tudo o que o seu avô fizera por ele na infância. Mas, quando ergue o véu de sua noiva, não é a mulher que esperava! Viveka Brice faria qualquer coisa para proteger sua irmã mais nova, até casar-se com um estranho. Porém, ao ser descoberta, ela foge...mas não poderá se esconder por muito tempo. Mikolas sempre consegue o que deseja. E por ter destruído seus planos, Viveka terá que recompensá-lo... tornando-se sua amante!


PRONTAS PARA O ALTAR
Kim Lawrence, Jennie Lucas e Michelle Smart

BODAS DE SEDUÇÃO             Kim Lawrence
Apesar da reputação duvidosa, Lara Gray é virgem. Por isso fica tão surpresa ao ser arrebatada pelo homem mais lindo de Roma, Raoul Di Vittorio, e pelo desejo que desabrochou em seu corpo após uma única noite. Mas o que Lara não sabe é que Raoul precisa de uma esposa, depois que seu casamento foi pelos ares. A bela e sofisticada Lara pode ser a mulher ideal, mas Raoul terá que convencê-la a ir com ele para o altar.

PROPOSTA SOMBRIA              Jennie Lucas
Kassius Black ressurgiu como uma fênix das chamas de sua infância catastrófica. Agora, ele tem um único objetivo: se vingar do homem que o abandonou. O plano de Kassius é tirar tudo do pai, e produzir um herdeiro que nunca conhecerá o avô! A inocente e casta Laney Henry é a candidata perfeita para gerar seu filho. Então, o poderoso magnata faz uma oferta que ela não poderá recusar...

A NOIVA PERFEITA                     Michelle Smart
Elena Ricci nunca podia imaginar que sua viagem de fim de semana terminaria em chantagem, um casamento forçado e a necessidade de um herdeiro. Mas é isso o que acontece quando o poderoso Gabriele Mantegna a sequestra! O que ela não esperava era que seu corpo ardesse cada vez que Gabriele a tocava. Quando a atração entre os dois se torna tão tórrida quanto o ódio que sentem um pelo outro, como eles lidarão com o legado de sua paixão?




FALSAS APOSTAS
Maya Blake


Arabella “Rebel” Daniels preferia saltar de paraquedas nua a concordar com a ultrajante proposta de Draco Angelis. Mas, sem que ela soubesse, seu pai desviou dinheiro do temível magnata e agora Rebel terá de pagar a dívida da forma que Draco decidir. Por mais que Arabella arrisque sua vida sendo uma esquiadora profissional, o peso frio do anel de diamante que Draco lhe deu e o calor que marca as suas atenções públicas parecem um preço muito alto a pagar... especialmente quando o dia de compartilhar a cama de Draco se aproxima.


ALIANÇA DO DESEJO
Carol Marinelli


O bilionário italiano Lazzaro Ranaldi escolhe mulheres como escolhe seus carros:elas devem ser bonitas,sensuais e facilmente substituídas.Mas há algo em Caitlyn que mexe com ele...e Lazzaro está decidido a descobrir exatamente o que é. Ele acredita que Caitlyn não é tão inocente como aparenta,e Lazzaro não será enganado!




Se você gostou de algum dos lançamentos já corre para o site da editora e pode comprar o seu diretamente por lá clicando aqui.

Mas saiba que você também pode encontrar nas bancas de revistas estes livros!


Boa leitura e belo dia das mães!






Neste final de semana eu praticamente enlouqueci quando coloquei na Netflix e vi que tinha estreado a segunda temporada de Sense8. Quem é viciado na série sabe o quanto é dolorido ficar esperando um tempo enorme para que mais episódios sejam filmados e depois repassados para nós. Mas até que enfim chegou e chegou bombando completamente.

A verdade é que apesar de ser uma série que faz muito sucesso logo será confirmado se a terceira temporada vai realmente ser filmada ou não. Está praticamente certo que isto vai acontecer, o grande problema que os fãs não vão gostar nem um pouco é que a terceira se tornará também a última.


A questão maior é que cada capítulo hoje é bastante caro em sua produção, custando cerca de nove milhões cada, já que as histórias se passam em lugares diversos do mundo e as viagens são constantes. E também por conta de que a autora do tema agora também está com uma equipe menor na parte criativa, tendo em vista que o seriado exige uma qualidade e enredo enormes.

Além de alguns atores principais não terem renovado seus contratos, o seriado também não teria a terceira temporada muito rápido nas telas. Somente sairia em 2019, já que precisa de algum tempo para a produção ser filmada e escrita.


Mas para quem é fã mesmo sabe que esperar é a melhor solução, mesmo quando dá para rever os episódios o tempo todo. A verdade é que os mesmos criadores de Matrix conseguem mexer com nossas mentes e ainda criam personagens que cativam. E olha que o Capheus acabou sendo substituído da série, o primeiro personagem, já que decidiu não continuar e não teve nenhum efeito contraditório nos números. Isso significa que Sense8 mexe realmente com toda a galera!

Estou aqui rezando para que tenha mais do que uma terceira temporada, mas que se for para se tornar monótona, pode mesmo parar na terceira.






George é um menino de dez anos e seu irmão Theo tem nove anos. Eles são bastante amigos e geralmente fazem tudo juntos. Menos na escola em que estudam, já que George costuma ficar com o seu melhor amigo e evitar as confusões com o Carl, um garoto que adora provocar problemas e confusões e não tem nenhum tipo de educação.

Os irmãos ganharam um presente que amam demais: Goffo. O nome estranho vem do amor de sua mãe por um artista famoso, Van Gogh. Goffo é um cachorro louco e destrambelhado que foi adotado junto com seu irmão, mas que a avó deles resolveu ficar e adestrar para que se tornasse um cão educado, o que Goffo está longe de ser.

O pai de George já não tem mais sua mãe viva, mas seu avô casou novamente com uma senhora que fabrica apontadores sofisticados e cheios de animação, todos os tipos que as pessoas querem e está sempre tentando alegrar todo mundo, mesmo estando há pouco tempo na família.

Já a avó e o avô por parte da mãe dos meninos são mais rígidos. A avô é do tipo que somente com o olhar consegue deixar todo mundo com medo e fazer com que todos aceitem a sua opinião sem pestanejar. Mas também dá ótimas dicas e sempre ajuda na educação e no cuidado das crianças.

Isto sempre foi a vida feliz dos meninos. Até que sua mãe começa a apresentar sinais estranhos e as conversas sussurradas começam a acontecer, sem que George ou seu irmão possam participar. E aos poucos eles percebem que sua mãe visita sempre uma amiga que eles não conhecem, ou que está indo a um hospital para ver coisas. O que eles começam a pesquisar e descobrir é que a mãe que eles tanto amam e que brincam sempre com eles está doente e agora eles precisam lidar com toda esta dor e confusão.



Autora: Heather Butler
Título Original: Us Minus Mum
ISBN: 9788581637150
Páginas: 256
Ano: 2017
Gênero:  Drama
Editora: Novo Conceito
Livro cedido em parceria com o site Thunderwave.com








Esta é a primeira leitura que faço desta autora. Esta obra foi indicada em 2015 lá no exterior a diversos prêmios e preciso dizer que ela é bastante voltada para um público infantil e infanto-juvenil.
O nome que a Novo Conceito selecionou para o Brasil até dá uma deixa que é uma drama e se você for ler a sinopse até vai entender do que se trata o livro, mas posso dizer que a definição do nome real com tradução livre (Nós menos Mamãe) é muito mais tocante e bem mais focada no público ao qual é indicado.

Ao ler a obra dá para entender o conceito que a autora qui repassar. Não é mais um livro só sobre uma pessoa que fica doente e sim sobre como uma criança passa por esta experiência e como ela vê tudo isto sem os olhos que costumamos ver, ou melhor, sem pensar tanto nas consequências habituais.

Aos poucos em cada início de capítulo George conta alguma coisa sobre ele, sobre sua vida ou sobre algo aleatório e no capítulo vai mostrando o fato como se fosse um diário, narrando a história como se fosse mesmo uma criança contando, com sentimentos e sensações. É uma interação interessante para quem não está acostumada a ter este tipo de leitura, já que quando eu imagino uma história em que crianças enfrentam a lida de uma doença com alguém tão próximo, imagino algo complexo, cheio de falas e a obra é simples e ao mesmo tempo sensata.

A questão do cão não me pareceu muito que tenha sido focada diretamente no intuito da obra, acho que serviu mais para salientar o quanto um animal de estimação é importante para qualquer ser humano, ao dar apoio emocional, ao dar amor, carinho e atenção.

Não há muita coisa apresentada sobre a doença da mãe ou sobre tudo o que acontece. É bem leve e nada que vá fazer chorar. É só uma forma de mostrar o desembaraço da trajetória toda. O legal é ver a união familiar, dos amigos e das pessoas próximas. O quanto isto é de total importância em certos momentos.

É uma leitura para quem quer compreender mais o mundo infantil e infanto-juvenil mesmo. Fora isto, não há uma grande história a ser contada.