Chegando com mais uma mini resenha de contos e histórias que eu leio de autores independentes que publicam na Amazon.



PERDIDOS
Jhefferson Passos
Páginas: 44

O casal, Jéssica e William, vai descobrir que todo casamento tem uma corda bamba prestes a se partir. Que as diferenças são apenas toleráveis e o que era para ser apenas um passei torna-se o nó que faltava na fria e longa corda do medo.
Entre nessa viagem e seja testemunha desse terror psicológico de que nem tudo é um mar de rosas.
Em uma viagem onde William está indo com sua esposa Jéssica, eles param em um posto para abastecer. As coisas estão começando a dar errado de alguma forma, mas parece que é só o azar que surge do nada, mesmo assim depois de colocar a gasolina William resolve seguir por um atalho ao invés de pegar a estrada habitual.

Quando o caminho começa a ficar muito estranho e totalmente inabitado as coisas começam a piorar ainda mais. As estações de rádio vão pifando, o rádio para de funcionar e então a gasolina acaba. E apesar de parecer que o casamento dos dois é uma rocha completa, na verdade ficar naquele local apavorante não tem nada de forte. Ainda mais quando o terror começa a assolar no meio da escuridão. 
"Primeiro foram as estações de rádio que simplesmente sumiram. Uma após a outra. Jéssica achou esquisito. Que área era aquela em que todas as estações sumiam como fumaça?"
Para quem ainda não leu nada deste autor ele adora usar o terror psicológico em suas obras e nesta não é diferente. Como cenário vamos ter um casal que aparentemente no início da leitura tem uma boa relação mas que com o andar da história vai perdendo todas as rédeas e até mesmo a sanidade.

O pano de fundo  é um local totalmente deserto e parte da história se dá dentro de um carro e a outra parte em um lugar como em uma floresta e em uma casa. O autor tem uma característica comum de ficar mostrando as cenas sem explicar o que realmente está perseguindo o personagem e terminar sem deixar nenhum tipo de pontas soltas.

Eu, se estivesse na situação dos personagens, já teria corrido ou morrido do coração na metade da história, mas o autor consegue manter uma relação de terror durante todas as páginas e terminar com um final satisfatório para os amantes do gênero.



UM ENCONTRO INESPERADO
Thaisa Lima
Páginas: 16

Um acidente provoca um encontro inesperado...
A maior prova de que duas almas não se conhecem por acaso, é que não importa a distância, o destino vai usar as artimanhas mais dolorosas para tentar reuni-las.

Neste conto bem curtinho temos os personagens de Verônica e Gabriel que se encontram após muitos anos separados. O problema é que eles se encontram após um grave acidente envolvendo o parente de cada um deles.

"Verônica parou de chorar e olhou com olhos arregalados para Gabriel, o reconhecendo. A ruiva se aproxima do rapaz colocando as duas mãos na cintura."
Como o conto é bem curto não tenho como falar muito sobre ele, mas gostei bastante da energia que Thaisa dá para os personagens mesmo em meio a todo o caos que acontece e que os detalhes fazem toda a diferença. Acredito que uma história que contaria mais sobre tudo eu iria adorar ler, já que parece que houve muita coisa envolvida entre ambos e que foi algo bastante marcante. 

A Thaisa tem outros contos publicados na Amazon e também um livro completinho chamado Minha Resiliência.




              Autora: Erin Beaty
Título Original: The Traitor's Ruin
Páginas: 456
Ano: 2018
Gênero: Ficção Juvenil
Editora: Seguinte



Depois de se provar uma espiã habilidosa e uma casamenteira estrategista, Sage Fowler passou a ocupar uma posição confortável na alta sociedade, dando aulas para as princesas do reino de Demora. Quando surge a oportunidade de participar de uma nova missão secreta, porém, Sage quer aproveitar a chance para servir ao seu reino mais uma vez — e ficar mais próxima de seu noivo, o capitão Alexander Quinn.Alex não fica nada feliz com a ideia, já que está determinado a proteger a namorada de qualquer perigo. A insistência de Sage em fazer parte da missão faz com que eles se desentendam cada vez mais e, quando um conflito com um reino vizinho resulta em uma tragédia, os dois acabam separados. Para completar a missão de Alex — e a sua própria —, Sage precisará contar com a ajuda de aliados inesperados para sobreviver em um território inimigo e salvar o reino de Demora mais uma vez.
Sage passou por maus bocados nos últimos tempos. Depois de ter sido sequestrada e feita de refém e ter que ter virado uma casamenteira para conseguir diversas informações, ao menos agora ela está sã e salva em Demora, no reino onde é adorada pelo povo e ninguém fica tentando casá-la o tempo todo com qualquer um que apareça.

Claro que isto não precisa mais acontecer, tendo em vista que agora ela e Alex estão juntos. Os dois se apaixonaram perdidamente mesmo depois de tudo o que aconteceu e Alex faz de tudo para que Sage não corra mais perigos. Não que ela não saiba se defender sozinha. Todos sabem do que Sage é capaz, mas Alex é um cavalheiro e sonha em se casar com ela.

"Durante a missão de reconhecimento da escolta do Concordium, os tenentes de Alex sabiam tudo o que ele sabia, e estavam ao seu lado para controlar seus impulsos, ainda que nem sempre lhes desse ouvidos. Se Alex não podia contar nada a eles, o fardo do bom senso recaía apenas sobre si próprio." P. 58
Mas algo parece estar acontecendo de errado. Estavam comentando que tinham avistado casmunis na região que pertencia a Demora, o que não poderia acontecer já que eles estavam longe de sua casa. E kimisaros também. Mas se D'amiran tinha armado algo já era tarde agora. Porém uma nova missão vai levar Alex para longe e Sage não vai conseguir se manter no palácio.

Assim eles partem em uma missão que de início pode não parecer perigosa, mas vai se tornar a cada momento que passar. Sage vai ter que ir camuflada e junto o pequeno príncipe e futuro rei herdeiro, que não deixaria sua tutora na mão.


"Antes que Alex pudesse dizer alguma coisa, uma chama laranja se acendeu no céu de repente, na direção do acampamento norsari. Os kimisaros estavam mesmo atrás de um refém. Nicholas." P. 213
Este é o segundo livro da saga que começa com O Beijo Traiçoeiro e o primeiro livro conseguiu trazer um mundo cheio de aventuras e ação, com batalhas e romance, sendo que a protagonista Sage Fowler é uma moça dedicada e decidida. Quando terminei o primeiro já esperava pelo segundo. Há diversos reinos que podem ser trabalhados na história e foi justamente isto que a autora utilizou no segundo volume.

O mais legal é que mesmo que se trate de uma questão de reinos e tudo o mais, sempre todos os personagens são tratados de forma justa e logicamente sempre tem um complô aqui e ali. Mas todos torce e fazem o possível para que estejam unidos e que tudo ocorra bem.

Gosto da forma como a autora usa toda a eficiência do cenário, da descrição dos estilos de povos. De início foi um pouco complicado entender a estrutura de cada povo, mas aos poucos fui pegando o jeito. A criatividade de Erin Beaty é bem grande, principalmente quando coloca as áreas de batalha e cria novos personagens.

"Sage e Nicholas conseguiram atravessar uma breve chuva de flechas, mas estavam a menos de duzentos metros fora do acampamento quando o cavalo empinou de repente, relinchando. Ela agarrou a crina para continuar montada, mas o príncipe escorregou do dorso com um grito, gemendo ao cair no chão." P. 221
A diagramação do livro é linda. O início mostra o mapa de toda a Terra, que seria o mundo onde todos os povos da história vivem. Com isso foi muito mais fácil para mim localizar quando havia trechos de cenário que eu não entendia bem.

 

A capa brasileira que a Seguinte escolheu é uma das mais bonitas entre as gringas. Pelo menos eu acredito que é a mais coerente em relação à história. 

Agora sei que tem mais um terceiro livro que com certeza vem com mais aventura, já que este segundo deu a entender isto. E já imagino o que vai acontecer também neste final. Lógico que espero que a autora coloque tudo isto e um pouco mais neste último volume e se ela fizer como costume, não vai ter nenhum ponta solta.

Para quem gosta de história juvenis em mundos mais de fantasia, vai gostar desta história e pode ter certeza de que não dá para ficar parado. Ah, e para ler o segundo é melhor ler o primeiro para entender tudinho!


Metade de janeiro passou e eu ainda não coloquei a segunda parte dos meus favoritos de 2018. Estou lendo muito este mês e vou bater uma meta que eu criei de ler mais de dez livros em um mês. Nunca consegui fazer mais do que isto e neste mês vou conseguir!

Então está na hora de eu mostrar para vocês quais foram os outros quatro livros escolhidos como melhores leituras de 2018.



Lembrando que não é por uma questão de ordem ou gênero, tendo em vista que eu curto todo o tipo de estilo literário.


EM PEDAÇOS
Lauren Layne


Esta foi a primeira obra que li da autora e ela já estava sendo muito bem comentada pelo livro Mais que Amigos, que é minha próxima leitura. Nesta história, um oficial do exército é machucado durante uma missão e uma garota vai trabalhar com ele para ser cuidadora. 

O legal desta história é que os dois envolvidos tem dramas o suficiente para fazer o livro explodir e a interação é maravilhosa. Gostei da escrita, amei os diálogos e como a autora conduziu a história toda. Por isto ela entrou na minha lista de autoras queridinhas. É aquele romance com drama que faz refletir.



A NUVEM
Neal Shusterman

Concluo agora que sou viciada neste autor. Já li a saga de Fragmentados dele, estou lendo a Saga O Ceifador e O Fundo é Apenas o Começo. E o cara não deixa o leitor se decepcionar em nenhum momento. A Nuvem é o livro que dá a continuação de O Ceifador, em que Citra e Rowan vão precisar lutar para continuar a fazer com que a Ceifa continue sendo um lugar de bem.

O bom é que as coisas começam a mudar completamente neste segundo livro e novos personagens são inseridos. O mundo de fantasia é totalmente criativo e eu fiquei de boca aberta com o final deste livro e já estou esperando pela continuação. O livro é cheio de ação e reviravolta e o final! Que final!!!!



A GRANDE SOLIDÃO
Kristin Hannah

Esta é uma das autoras que melhor escreve drama no meu conceito. Ela sabe escrever tanto sobre guerra quanto sobre o cotidiano em comum. O primeiro livro que li dela foi Jardim de Inverno, que era sobre o período de Guerra e ela já me cativou neste livro e agora em A Grande Solidão ela mostra um tema muito complicado: violência doméstica. E o cenário mais inóspito ainda que é o Alasca.

Neste livro eu fiquei com o coração na mão o tempo todo, tanto pela mãe quanto pela filha que acabam largando a vida que possuem em uma cidade grande para acompanhar o pai que sofre de estresse pós-traumático causado por uma tortura durante uma guerra. Porém aos poucos vamos conhecendo melhor a família e é difícil aceitar a violência e tudo o que acontece e foi por isto que eu favoritei este livro, pois desde o início até o fim a autora mostrou como realmente as pessoas lutam com unhas e dentes para que as coisas deem certo o tempo todo, mas nem sempre é possível que aconteça.




UMA NOIVA PARA WINTERBORNE
Lisa Kleypas

Eu adoro romance de época e leio vários durante o ano. Esta é a saga sobre os Ravenels e o primeiro volume eu gostei, mas nada é comparado com este volume. Aqui tanto Helen quanto Rhys me conquistaram completamente. Um personagem diferente do outro, mas tão únicos que eu me imaginava tomando um café da tarde com eles. Nossa, quem vê diz que eu seria da aristocracia. Risadas.

É um livro para se divertir e rir das aventuras dos dois e da família de Helen. É um livro para se apaixonar por Rhys que mesmo não sendo de uma linhagem aristocrática, é um homem de um coração gigante. Sem falar nos outros personagens que carregam mais ainda de emoção e sensibilidade a história.

Então estes são os os últimos livros que eu favoritei para 2018.

Espero que tenham gostado das minhas indicações e lembrando que livro bom é qualquer livro que te faça pensar a respeito de algo, que te leve a considerar algum aspecto da sua vida, a navegar em outro mundo, ok?

Que venham mais leituras!



Já fazia um tempo que esperava para que o filme saísse em cartaz aqui no Brasil e  pudesse assistir nos cinemas.

Assisti a Corpo Fechado diversas vezes, já lá em 1998 e depois outras vezes ao longo dos anos. Depois disto assisti Fragmentado e achei que James McAvoy foi espetacular fazendo todas as personalidades.

E então quando Bruce Willis apareceu no final de Fragmentados e deu esperança para um terceiro filme e depois saiu a notícia da união dos três personagens em um eu fiquei exultante.

Até que finalmente ontem fui assistir ao filme. 
Infelizmente o que eu tinha de tanta esperança de ser um filme bom não aconteceu.


Sinopse: Após a conclusão de Fragmentado (2017), Kevin Crumb (James McAvoy), o homem com 24 personalidades diferentes, passa a ser perseguido por David Dunn (Bruce Willis), o herói de Corpo Fechado (2000). O jogo de gato e rato entre o homem inquebrável e a Fera é influenciado pela presença de Elijah Price (Samuel L. Jackson), que manipula seus encontros e guarda segredos sobre os dois.

Já falo que para quem quer entender tudo o que acontece de verdade vai ser necessário assisti ao filme Corpo Fechado e depois Fragmentado. Claro que dá para assistir a este filme sem ter visto os dois, já que vai ter uma pequena explicação dos filmes neste, mas para quem assistiu os dois vai entender bem melhor, já que cada um dos personagens passou por situações diferentes e tem características e poderes diferentes.


Não posso falar que o filme não teve um bom roteiro e coerência na história. Disto o filme conseguiu capturar muito bem toda a estrutura de todos os dois filmes anteriores. O filme começa mostrando o personagens de Kevin e todas as suas demais personalidades e a vida de David depois de todos os anos após o acidente de trem e de ele descobrir que tinha o dom de proteger as pessoas.

Uma das coisas que preciso parabenizar completamente é que todos os personagens que participaram dos dois filmes vão voltar para este. O filho de David naquela época também volta para este filme, tendo em vista que se passou dezenove anos. Mais legal ainda é ver o escritor e diretor M. Night Shyamalan participando de uma cena do filme.


Não vou soltar muitos spoilers para não acabar tirando a graça do filme, mas de uma forma eles acabam indo parar em um hospital psiquiátrico e assim a participar de um tratamento em que precisam entender que não são super-heróis. Porém lá já está há algum tempo o Mister Glass, ou Doutor Vidro, o vilão de Corpo Fechado.

Eu sou muito fã deste personagem pelo fato de ele ser completamente inteligente e isto vai ser muito explorado na história.
A parte que começa a ficar chata é que dentro do hospital vai ficar a maior parte do filme mostrando as personalidades de Kevin e como tentam persuadir eles de que não são nada além de pessoas normais. Eu já estava ali esperando mais ação, mais união, mais tirania de todos eles. Mais isso só começa a acontecer para a parte final do filme.


Como eu disse, o enredo não foi ruim. Mas para a união de personagens tão bons o que acaba acontecendo é tão fraco e tão sem sentido para mim que achei que eles desperdiçaram a história. Fiquei tão chocada com o final e com o que acaba acontecendo que mesmo que se pense que tenha sido um final bem elaborado, não precisava ter sido da forma como foi.

Queria poder contar como termina e aí poder esclarecer mais a minha ideia, mas aí seria injustiça. Posso dizer que é um filme em que a gente torce para os heróis e para os vilões e acaba perdendo tudo para quem escreveu o roteiro. Se era para esperar dezenove anos para colocar os personagens nesta carapuça, então podiam ter deixado como estava.


De todas as formas vou continuar elogiando a atuação perfeita dos personagens. James McAvoy é tão exemplar que consegue convencer com qualquer personalidade. Samuel L. Jackson acumula talento trazendo de volta este personagem e toda a sua inteligência e o Bruce Willis consegue ser a simpatia que sempre foi. Sarah Paulson é sempre uma ótima atriz, mas confesso que fiquei pensando nela em Bird Box cada vez que ela aparecia.

Há momentos em que o filme é cansativo. Se você esperar que ele seja de ação o tempo inteiro vá com um pouco mais de calma. Pode esperar um final inteligente sim, porém não totalmente glorioso. 


Todos os anos eu venho aqui no blog mostrar os livros que eu mais gostei de ler. O que é um pouco engraçado tendo em vista que eu posto basicamente tudo o que eu leio e resenho quase tudo também. Para mim não existe livro ruim e sim algum livro mal interpretado ou que possa não ter me agradado e que certamente pode acabar agradando alguma outra pessoa.

Mas de todas as formas teve aquele que me marcou mais e vou colocar em dois posts para ficar mais curto e assim você pode apreciar mais facilmente as escolhas.


Não separei as opções por nenhum tipo de gênero ou estilo de escrita, só foi por foto mesmo. Então vou falar um pouco sobre cada um deles aqui abaixo.


Os Quase Completos
Felippe Barbosa

O autor foi premiado com esta publicação no Pólen de literatura e esta obra fala sobre pessoas que não são totalmente satisfeitas em sua vida e que tinham outros sonhos reais, porém por via do destino acabaram optando por outras coisas. E então quando um ônibus surge e leva os passageiros a viverem a real experiência que sempre desejaram para a vida, eles percebem que a felicidade pode existir, mas que tudo tem um preço.

Eu adorei muito este livro. De início ele é um pouco mais lento, pois tem a apresentação dos personagens, da vida deles, mas depois que tudo isto passa vem um choque de realidade tão grande que me fez repensar muita coisa em minha vida. É uma real obra de arte.



Trago Seu Amor de Volta Sem Pedir Nada em Troca
Ique Carvalho

Ique Carvalho tem um dom maravilhoso para escrever sobre amor. Parece que ele é o amor puro e intenso. Neste livro ele relata em vários contos a doença degenerativa do pai e como passou cada momento ao lado dele. Não somente isto, também mostra os amores em relação aos amigos, parcerias, diversas pessoas.

É um livro profundo e que me fez chorar diversas vezes. São contos curtos e que me pergunto por qual motivos não conseguimos sermos tão amorosos e simples como o Ique é nestes textos. É uma obra que merece ser apreciada a cada momento e que em momentos de tristeza deve ser relida em uma página para dar mais alento ao coração.



Aos Dezessete Anos
Ava Dellaira

Aos Dezessete Anos foi uma obra literária que me causou surpresa. Eu lia a sinopse e olhava a capa e imaginava uma história mais juvenil, mas quando decidi ler me apaixonei. Na história há a divisão de duas partes. Primeiro começa com Angie descobrindo algo importante sobre o seu passado e tomando uma decisão séria e depois Marilyn em sua juventude, contando como tudo começou.

O legal de tudo é que são mãe e filha e a vida das duas vão se intercalando para chegar no final que é o mais importante. Há o ponto crucial sobre o racismo que me doeu na alma, pois eu acredito que o que acontece neste livro com certeza acontece em todos os lugares. É um livro cheio de garra, de amor e de esperança.



As Últimas Testemunhas
Svetlana Aleksièvitch


Eu sempre gostei muito de ler livros com a temática da Segunda Guerra Mundial. Sei que infelizmente houveram diversas guerras, mas por algum motivo esta é a que mais me chama a atenção. O que não tinha parado para analisar é que sempre li muitos livros que mostraram o lado da Alemanha no ataque aos países ao lado oeste e não ao lado leste, no caso a União Soviética, naquela época.

E este livro mostra exatamente isto. São relatos de crianças que sofreram com a guerra na Rússia e países próximos. O porém é que é tão impactante que eu realmente não imaginava que o ser humanos pudesse ser realmente tão cruel. Tem relatos que eu precisava parar para respirar.

Não é por nada que a autora ganhou o prêmio Nobel de literatura. Este livro é um choque de realidade.


Estes são os quatro primeiros livros que mais me encantaram em 2018. 

Se você leu algum, deixe sua opinião sobre ele nos comentários!




                 

                        Autor: Marcus Barcelos
 Título Original: Horror na Colina de Darrington
Páginas: 144
Ano: 2016
Gênero: Suspense
Editora: Faro Editorial

Em 2004, Benjamin Simons deixa o orfanato em que viveu desde a infância para ajudar alguns parentes num momento difícil: com sua tia debilitada e o tio trabalhando dia e noite, precisavam de alguém para tomar conta de sua prima Carla, de apenas cinco anos de idade.No entanto, certa madrugada, a tranquilidade da colina de Darrington é interrompida por um estranho pesadelo, que vai tomando formas reais a cada minuto. Logo, Ben descobre-se preso numa casa que abriga mistérios, onde o inferno parece mais próximo e o mal possui uma força evidente.Passaram-se mais de 10 anos. Isso tudo aconteceu quando Ben estava com dezessete anos, e foram experiências das quais ele preferia esquecer completamente…Mas aquele passado o acompanha de perto. Ben sente que precisa voltar e sabe que, ou desvenda tudo ou sempre viverá com medo. Então, ele decide contar, e traz numa narrativa angustiante e rica em detalhes tudo o que viveu e todas as batalhas impensáveis que travou para tentar manter a si próprio e a jovem prima em segurança. E se descobre no centro de uma conspiração capaz de destruir até a sua própria sanidade.Onde termina o inferno e começa a realidade?

Benjamin Francis Simon ou Ben como algumas pessoas o tratam, está internado em um hospital psiquiátrico. Isso já se somam onze anos desde o fatídico acontecimento. Ele não esqueceu de nada do que cada minuto guardou em suas lembranças, mas agora resolveu contar. 

Em uma pequena cidade dos Estados Unidos, em uma colina, morava uma família feliz. Carlinha, uma menina de cinco anos de idade, sua mãe Júlia, seu pai Romeo e sua irmã mais velha Amanda. Tudo era totalmente tranquilo. Ben vivia em um orfanato e como descobriu aquela família como seus parentes, resolveu que poderia passar um tempo com eles.

"Quando abri os olhos, trêmulo, a Carlinha não estava mais lá. Tudo o que vi foi um homem de camisa xadrez segurando uma pistola, com o cabelo emplastrado em sangue, que deslizou rapidamente em minha direção e colou seus dois olhos rapidamente nos meus." P. 20  
Júlia começou a perceber acontecimentos estranhos naquela casa. Nada parecia ser como as outras casas e percebeu que algum mal rondava aquele lugar. Era uma mulher na meia idade e que quanto mais trabalhava no porão da casa mais começava a descobrir que ali estava impregnado algo nocivo. Porém quando descobriu a verdade já era tarde demais. Algo a fez cair em um coma profundo e agora enquanto Romeo trabalhava dia e noite para pagar o tratamento da esposa, Ben cuidava de Carlinha enquanto Amanda estava em suas aulas na faculdade.

Porém Ben começou a perceber que Carlinha andava assustada. A menina parecia perceber vultos e falar com outras pessoas. Ou seria imaginação da própria criança? O tio nunca parava em casa e com a mãe naquele estado ela podia estar ficando doente. Quando Carlinha começa a dizer que está vendo coisas e que a escuridão vai tomar conta de tudo, Ben começa a perceber que a criança está falando a verdade.


"- Essa criança é minha! - ela gritou e escancarou a boca de forma sobrenatural, enquanto seus olhos se transformavam em duas grandes esferas negras." P. 54
Estava com este livro na minha lista de desejados já fazia muito tempo. Tinha grande curiosidade em conhecer a escrita do autor e só lia coisas positivas a respeito. Foi então que precisei ter um pouco mais de coragem e começar a leitura.

De início já preciso dizer que  a diagramação e todo o desenho artístico que é feito no livro é maravilhoso. Não é somente uma obra escrita em capítulos. Tem dados de jornal, de hospital e tudo em forma como se fosse escrito em fichas ou folhas. Além disto tem entre os capítulos os desenhos dos personagens sobre o que está acontecendo com cada um e as ilustrações não são de deixar a desejar.

"As lágrimas escaparam dos meus olhos. Cerrei as pálpebras segurando as mãos dela, para um adeus solitário. Cambaleando, peguei a chave e fui até a porta. Com uma última olhada para a cama, atravessei a soleira, girei a chave na fechadura e, mais uma vez, meus joelhos falharam. Agachado, vomitei até quase desmaiar." P. 46
Mesmo que tenha sido colocado no gênero de suspense, eu acredito que tenha muito mais de obra de terror. O suspense é caracterizado pelo fato de como tudo aquilo está acontecendo e quem pode ser o culpado pelos fatos, mas o terror por saber de tudo que aparece e de tudo o que acontece é muito mais real e assustador.

O autor não mede as palavras para deixar tudo em um ambiente bem sombrio e também não fica fazendo nenhum tipo de cenário para colocar as pessoas em momentos de felizes para sempre. Isto foi o que mais gostei. Tudo é bem realidade. Nada de sair correndo e morrendo e pronto, a pessoa está a salvo. É o tipo de livro que nem vilão nem mocinhos existem na sorte, todo mundo cai sempre no mesmo termo.


Gostei muito de toda forma que foi escrita a trama. Acredito que a intenção inicial do autor era ter somente uma obra escrita. Porém não tem como ler esta obra e não ficar pensando no que mais aconteceu! Eu li o livro correndo e já querendo na metade dele mais páginas. E então fiquei sabendo que já tem a continuação e fiquei maravilhada!

Dança da Escuridão é a continuação da saga e lógico que em breve já vou ler e trazer para vocês mais desta história cheia de terror, suspense e muito mistério. O que será que aconteceu com os moradores da Colina? E qual a razão pelo qual Ben precisa passar por tudo isto?

Marcus Barcelos merece o talento que tem!



             Autora: Ava Dellaria
Título Original: In Search of Us
Páginas: 448
Ano: 2018
Gênero: Romance
Editora: Seguinte


Quando tinha dezessete anos, Marilyn viveu um amor intenso, mas acabou seguindo seu próprio caminho e criando uma filha sozinha. Angie, por sua vez, é mestiça e sempre quis saber mais sobre a família do pai e sua ascendência negra, mas tudo o que sua mãe contou foi que ele morreu num acidente de carro antes de ela nascer.Quando Angie descobre indícios de que seu pai pode estar vivo, ela viaja para Los Angeles atrás de seu paradeiro, acompanhada de seu ex-namorado, Sam. Em sua busca, Angie vai descobrir mais sobre sua mãe, sobre o que aconteceu com seu pai e, principalmente, sobre si mesma.
Angie é uma adolescente de dezessete anos que está passando por um momento complicado na sua vida. Sua mãe nunca contou a ela como foi realmente a sua infância, somente que seu pai morreu em um acidente de carro, mas desde então sua mãe não parece ser uma pessoa totalmente feliz. 

Marilyn vivia na Califórnia na sua infância. Seu pai faleceu cedo e ela e sua mãe não tinham condições de viver sem a ajuda financeira de alguém. A única saída eram os comerciais aos quais Marilyn trabalhava, o que as ajudava a se manter por algum tempo. Durante a infância, ela conseguia muito destes comerciais, porém quando cresceu eles pararam de acontecer. E foi então que elas precisaram pedir a ajuda do tio de Marilyn, uma pessoa ruim, mas somente pelo tempo necessário para levantar mais algum dinheiro.

"Angie só tinha dez anos, mas compreendeu que sua mãe estava lhe dando algo que ela própria nunca havia tido: uma casa onde crescer. As duas a pintaram juntas: azul na sala, amarelo na cozinha, verde-água no quarto de Angie." P. 15
Angie sabe que seu pai era negro. Sua mãe sempre tenta a proteger das pessoas que pedem quem é a menina que está ao seu lado, sendo que ela é uma mulher branca. A sociedade não perdoa nem mãe nem filha. E é quando Angie acha algumas fotos dos pais juntos que percebe que algum segredo não foi revelado por sua mãe. E agora ela vai viajar junto com seu ex-namorado para tentar descobrir a verdade e achar sua verdadeira família.

 


"Mas por que minha mãe não me mostrou algo assim?, Angie se perguntou de novo, deitada na cama olhando para a foto dos pais na praia. Teria ajudado. Angie de fato parecia filha dos dois." P. 119
Aos Dezessete Anos foi um livro que eu deixei na estante por um tempo por estar em dúvida com a sinopse. Meio que não sabia o que iria encontrar, achei que era alguma coisa mais adolescente e no dia em que decidi começar a leitura fiquei um tanto chateada comigo por ter deixado de ler esta obra. 

A história não tem nada a ver com algo bobo e sem sentido e sim com um conteúdo onde duas gerações vão contar sua própria história e depois se unir em uma única visão, para mostrar como cada uma passou por situações diferentes, porém viveu no fim a mesma questão. E doeu, gente. Como doeu.

No primeiro capítulo temos a entrada de Angie, que está com a decisão de viajar para a Califórnia em busca de mais informações sobre a família de seu pai e a partir deste capítulo, eles vão se intercalar para contar a história de vida de Angie e de Marilyn, a mãe de Angie. 


"Marilyn resgata a imagem de uma estrada aberta, terra estéril e céu infinito, de algum recanto de sua mente. Ela pensa na menina que atravessou aquele deserto com a mãe aos seis anos, em todas as crianças que foi e, pela primeira vez não quer fechar os olhos." P. 216
A história tem passagens muito tocantes. É uma questão totalmente sobre amizade, sobre amor e dedicação. mas também tem um tema muito dolorido. Fala sobre racismo. Sobre como as pessoas não entendem a igualdade, como elas boicotam as outras pessoas. Não posso falar muito para não soltar nenhum spoiler, mas o quanto doeu esta história. A autora acabou me pegando desprevenida e me deixou em pedaços.

É sobre duas gerações diferentes e como tudo se encaixa perfeitamente. A autora fez questão de mostrar os dois lados da moeda. Para que o leitor não julgue nenhuma parte sem conhecer toda a história e fui isto que eu achei mais fascinante. Uma obra literária digna de total reflexão.




                               Autora: Alexandra Barcellos
Título Original: Aquário de Amor
Páginas: 138
Ano: 2018
Gênero: Poesias
Editora: Independente


A obra é um livro de poesias com ilustrações marinhas que fala exclusivamente dos sentimentos, das atitudes, das loucuras e da magia que acompanham as histórias de amor.

Alexandra Barcellos é uma escritora, poeta e professora de literatura que já escreveu vários livros entre romances contos e fábulas sendo que seu primeiro livro foi escrito em 2003 e desde lá não parou de escrever.

Em sua mais nova obra, Aquário de Amor, Alexandra traz em belos textos o tema do amor relacionado ao mar, à questão de dores e sentimentos de perda, solidão e também sobre o quanto é importante saber amar e ser retribuído e quanto o amor constrói.


O que me chama muito a atenção neste livro da autora é que sempre imagino as poesias de amor falando sobre como ele é lindo, como tudo é belo e maravilhoso. Pelo menos é como eu sempre fazia as minhas e quando tento formar alguma coisa é com aquela sensação apaixonada. 

E conforme fui lendo cada página percebi que é muito além disto. O amor não é somente o sentimento lindo e perfeito. Também é aquele que machuca e que deixa marcas e a autora soube exatamente como mostrar isto em palavras, mostrar o início o meio e o fim de relacionamentos.


"Ele a feria
Com suas pequenas doses de mentira
Ela fingia que não sabia
Esperando pelo dia
Que sua dor transformasse
Em nada
Todo amor que ela sentia"
Dor
  
  
O livro também conta com uma ilustração belíssima feita por Ju Tajiana, que é artista visual e fotógrafa. São todas ilustrações voltadas para o tema do mar e que vão de encontro com o que o poema quer expressar. 

Eu me encontrei em diversos momentos. Sabe quando se consegue refletir sobre fases da vida em que estamos passando e cola exatamente com aquelas frases que estamos lendo? Aconteceu isto comigo. Eu me peguei pensando em como tudo aquilo se encaixava perfeitamente em mim e em como eu poderia usar aquelas palavras para definir os sentimentos que eu tinha. Acredito que a poesia é o dom de utilizar poucas palavras para definir tanto, que é difícil conseguir fazê-las.

Há poemas mais longos e outros mais curtos e em alguns me peguei pensando no quão verdadeiras eram as palavras ali descritas. 
"Algumas pessoas se
separam
Sem conseguir
matar
O amor que sentem."
Se quiser conhecer mais um livro da Alexandra, tem na Amazon o Árvore Mãe, seu oitavo livro, ou então você pode ver o perfil da autora no Facebook.


Se você curte poesias pode ficar preparada para se apaixonar de verdade e aprofundar o sentimento em todas as direções!



Lembra do livro que fez o maior sucesso e que vai logo estrear em filme: Asiáticos Podres de Rico? Então, agora está em pré-venda o segundo livro da trilogia para você que já leu o primeiro volume e está curiosa em saber o que vai acontecer com o casal.

Dá uma olhadinha na sinopse e nas informações adicionais para ficar a par deste romance chique que promete!


Data de Lançamento: 25/02/2019
Editora: Record

Depois de descobrir que seu lindo namorado, um simples professor de história da Universidade de Nova York, é, na verdade, o herdeiro de uma das famílias mais ricas de Cingapura e de sobreviver a todas as tentativas orquestradas pela mãe dele, a poderosa Eleanor Young, para tentar separá-los, Rachel Chu acha que, agora, está preparada para qualquer coisa. Ah, ela não poderia estar mais enganada... Às vésperas de seu casamento com Nick, ela recebe a visita de um homem que sempre sonhou conhecer: seu próprio pai. Isso acaba arrastando o casal para um mundo capaz de deixar até o herdeiro de uma das maiores fortunas da Ásia de queixo caído. Em Xangai, eles conhecem a realidade dos novos-ricos, que, ao contrário dos chineses do continente, cuja fortuna vem sendo acumulada e multiplicada ao longo de várias gerações, não têm o menor pudor em ostentar. De uma hora para a outra, viajar de jatinhos particulares pela Ásia não era nada perto do Boeing 747-8i privativo no qual, em vez de quatrocentos assentos, há uma sala de cirurgia equipada com uma UTI e um lago de carpas! Em Namorada podre de rica, a aguardada continuação do best-seller que conquistou milhões de fãs no mundo inteiro e que foi adaptado para o cinema, Kevin Kwan narra, com seu humor satírico e perspicaz, uma história onde (quase) nada é inventado e nos faz mergulhar no mundo glamoroso e inacreditável das pessoas mais ricas da China.

Para quem ainda não conhece a saga, o primeiro volume que vai estar sendo exibido nas telas de cinema é este:


ASIÁTICOS PODRES DE RICO
Kevin Kwan

Um Gossip Girl passado no oriente. Best-seller internacional que inspirou o filme. Quando Rachel Chu chega à Cingapura com o namorado, o charmoso Nicholas Young, para acompanhá-lo ao casamento de seu melhor amigo, imaginava passar dias tranquilos com uma simpática família, longos passeios de carro explorando a ilha e bastante tempo ao lado do homem com quem um dia talvez fosse se casar. Só que Nick não mencionou alguns detalhes... Como o fato de sua família ter muito, muito dinheiro, que ela iria viajar mais em jatinhos particulares do que de carro e que caminhar de mãos dadas com um dos solteiros mais ricos da Ásia era como ter um alvo nas costas. Em pouco tempo, Rachel se vê transportada para um episódio de Gossip Girl, só que na Ásia e com pessoas podres de ricas, que não vão poupar a simples professora universitária das fofocas e intrigas. Isso sem falar na mãe de Nick, uma mulher com opiniões bem fortes sobre com quem seu filho deve – ou não – se casar. Um passeio pelos cenários mais exclusivos do Extremo Oriente – das luxuosas coberturas de Xangai às ilhas particulares do mar da China Meridional –, Asiáticos podres de ricos é uma visão do jet set oriental por dentro. Com seu olhar satírico, suas cenas memoráveis e seus vários momentos hiperultrafashion, Kevin Kwan traça um retrato engraçadíssimo do conflito entre os novos-ricos e as famílias tradicionais em seu romance de estreia, que já fez milhares de leitores chorarem de tanto rir no mundo todo.


Já deu para conhecer um pouco do filme e da história, certo?

Para quem gosta de romance com uma pitada de comédia vai curtir!


             Autora: Lisa Kleypas
Título Original: Devil in Spring
Páginas: 304
Ano: 2018
Gênero: Romance de Época
Editora: Editora Arqueiro


Lady Pandora Ravenel é muito diferente das debutantes de sua idade. Enquanto a maioria delas não perde uma festa da temporada londrina e sonha encontrar um marido, Pandora prefere ficar em casa idealizando jogos de tabuleiro e planejando se tornar uma mulher independente.Mas certa noite, num baile deslumbrante, ela é flagrada numa situação muito comprometedora com um malicioso e lindo estranho.Gabriel, o lorde St. Vincent, passou anos conseguindo evitar o casamento, até ser conquistado por uma garota rebelde que não quer nada com ele. Só que ele acha Pandora irresistível e fará o que for preciso para possuí-la.Para alcançar seus objetivos, os dois fazem um acordo curioso, e entram em uma batalha de vontades divertida e sensual, como só Lisa Kleypas é capaz de criar.
Lady Pandora é a irmã gêmea de Lady Cassandra, porém é a mais estabanada das duas. O que tiver que acontecer de errado ou de engraçado e constrangedor vai ser com Lady Pandora. Agora que sua irmã Helen havia se casado e estava se recuperando do nascimento de seu primeiro filho com Winterborne, ela tinha que aguentar a apresentação da sociedade de Londres e aguentar o cortejo dos jovens.

A questão é que ela não queria se casar. Tinha em mente os jogos que inventava e estava para desenvolver um antes do Natal que sabia que ia ser um sucesso. Porém em uma festa como era de se esperar, conseguiu se meter em uma confusão. Para não comprometer a reputação de sua amiga, ela vai até o caramanchão e tenta achar o brinco que a amiga perdeu em um encontro secreto, porém seu vestido fica preso e caso ela se mexa vai rasgá-lo todo.

"Se fosse encontrada daquele jeito, seria ridicularizada pelo resto da vida. Pandora até poderia conviver com isso, mas o vexame se refletiria em sua família e acabaria arruinando a temporada social de Cassandra, o que era inaceitável." P. 21
E foi no momento necessário que Gabriel, Lorde St. Vicent aparece para salvá-la. Na verdade ele estava somente passando para ver os fogos de artifício quando viu uma moça toda enrolada em um banco sem condições de sair. E ao tentar resolver o problema foram vistos por dois homens que deduziram que o pior acontecera. Agora a única coisa que restava seria Gabriel casar com Pandora.

Porém Pandora gritou aos quatro cantos que não queria se casar. Gabriel parecia não acreditar no que ouvia. Como uma dama não o queria? Se todas se arrastavam aos seus pés? Agora ele ia fazer de tudo para conquistar essa menina. E uma semana na sua casa de campo era o ideal, mesmo que com sua família.



"Lady Pandora é uma selvagenzinha. Fisicamente incapaz de manter a língua dentro da boca. Para não mencionar uma peculiaridade: ela vai aos bailes, mas nunca dança, fica apenas sentada em um canto. Dois camaradas com quem saí para beber ontem à noite disseram que a convidaram para valsar em ocasiões anteriores. A um deles, ela disse que o cavalo de uma carruagem havia pisado recentemente em seu pé, e o outro, contou que o mordomo havia prendido a perna dela por acidente." P. 48
Este é o terceiro e penúltimo livro da saga Os Ravenels. Comecei a leitura cheia de esperanças para ver o que iria chamar a atenção da espevitada Pandora, já que ela não consegue ficar parada por nenhum momento sequer e digamos que tem uma visão de que casar é como ficar presa a um marido sem poder viver os sonhos do trabalho, de liberdade em ajudar aos outros. Neste ponto Pandora é bastante à frente do tempo para a época.

Do restante da história temos o habitual encontro dos personagens e como eles vão se desenvolvendo durante a semana em que passam juntos na casa de campo do Lord St. Vicent. Gostei bastante desta parte pelo fato de que Pandora nunca deixa de ser quem é e que Gabriel a aceita da mesma forma e há diversos diálogos cheios de uma hilaridade sem fim.


 

O que realmente não me agradou na história e que não encontrei nos dois outros anteriores foi o que eu não entendi o motivo de terem colocado um motivo tão estranho para gerar uma cena enorme e criar capítulos desnecessários. Não vou citar aqui o que foi que aconteceu, mas posso dizer que em um momento estava tudo indo bem e de represente a Lisa introduziu algo que não tinha contexto nenhum na história parece que somente para encher mais páginas.

A partir daí, tudo o que já tinha acontecido rápido demais, em relação ao romance ficou à mercê deste acontecimento. É como se eu escrevesse uma história correndo e para que não acabasse rápido demais eu inserisse mais um suspense. Este ponto eu achei bem desnecessário.

"Um grito masculino rouco distraiu a atenção de Pandora, que desviou os olhos para a multidão e se espantou ao ver Drago empurrando pessoas com violência para abrir caminho até ela. O homem parecia completamente desesperado. Qual era o problema dele?" P. 249
De todas as formas Lisa Kleypas conclui mais uma obra com uma edição bem diagramada pela Arqueiro. Algo que também adorei no final foi que a autora colocou um epílogo que deixou bem feliz sobre o que tanto Pandora esperava e desejava de sua vida. O próximo volume sai algo em fevereiro e já estou esperando para saber como vai ser!