E conforme eu vou lendo os contos e novidades na Amazon, venho colocar aqui para vocês as minhas impressões. Vamos para mais uma mini resenha!



ILHADAS
Denis Lenzi
Páginas: 75

Telma não tinha alternativa quando viu que ficaria ilhada pela enchente e havia somente dois únicos moradores no prédio: a síndica e o policial aposentado. A maioria dos moradores saiu para abrigar-se em outro lugar e ela tinha que ficar no apartamento por um bom motivo: cuidar da sua irmã mais velha, Lorena, que foi acometida pela Síndrome de Cotard, uma doença mental que faz a pessoa pensar que está morta, depois de sofrer violência física e psicológica nas mãos do seu marido, Klaus, um homem violento e perigoso que tentou atentar a sua vida dois anos atrás. Agora, o ex-marido encontrou uma forma de entrar no prédio. Sua intenção: matá-las.
Como Telma fará para proteger-se, além da sua irmã, em um prédio ilhado, sem energia, sem telefone e sem contato com a polícia?
Quando uma tempestade começa a cair em uma cidade, Telma sabe que não vai poder sair de sua casa já que cuida de sua irmã que sofre de um distúrbio após sofrer uma agressão de seu ex-marido. Ela vive como se estivesse morta. 

Telma já cuida da irmã faz alguns meses e nenhuma melhora se apresentou. O problema é que mesmo que ela não possa sair, somente duas pessoas vão ficar no prédio também. E ela não sabe o que pode fazer caso venha a acontecer alguma coisa mais grave com a irmã.

Só que depois de um tempo coisas estranhas começam a acontecer e ela sabe que a promessa do ex-marido de matá-las não foi em vão. E estar naquele prédio enorme e vazio pode ser mais um pesadelo do que um indício de liberdade.

"Para ela, a ideia da existência dos fantasmas, demônios, criaturas, nada se comparava à força do medo quem um ser humano mal-intencionado podia lhe proporcionar. Como não ouviu mais os passos da pessoa estranha na escadaria, começou a subir rapidamente, ainda com aquela sensação de medo impregnada nela.
No início eu achei que a história não tinha muito sentido, já que parecia que era só uma questão de suspense e medo. Duas irmãs ilhadas em um lugar que era contada pela visão de Telma. E eu fui ficando nervosa porque nada parecia sair daquele formato clichê, mas não desisti da obra e eis que de repente o autor deu uma guinada que me peguei perguntando como ele teve aquela sacada sensacional!

Claro que eu fui levando a obra na calma. Mas nem tudo é o que parece ser. Como é uma leitura rápida, dá para ler em uma sentada só. Gostei mesmo do que o autor colocou no final e então terminou a obra com uma grande chave de ouro.



MEU MARIDO ESCOCÊS
Márcia Pimentel
Páginas: 36


Depois de viver por muitos anos na Europa com seus avós, Beatriz é obrigada a voltar para o Brasil depois da morte deles. E terá que se casar com um nobre brasileiro escolhido por seu pai. Mas antes de ir para a capital para conhecer seu futuro marido, Beatriz passará alguns dias na fazenda do cunhado e da irmã mais velha, Bianca. E na fazenda Beatriz conhecerá um escravo escocês por quem se apaixonará perdidamente e por ele deixará uma vida de luxo que teria ao se casar com um nobre brasileiro. Ela brigará com a família por causa de sua decisão de viver com o seu grande amor. Por causa de sua decisão, todos lhe darão as costas e ela terá que viver como escrava na fazenda do cunhado e da irmã. Será o amor forte o bastante para super todas as barreiras?
Beatriz é uma moça que seu pai estava a obrigando a casar com alguém com posses. Logicamente não era nem de perto o que ela queria e para isto tentava de todas as formas arrumar um jeito de atrasar este fato o quanto pudesse. Ela sabia que os pais jamais desistiriam da ideia, ainda mais que isto traria mais renome para a família, mas Beatriz não queria pensar em se casar sem amor.

Para isto ela pensou em passar um tempo na casa de sua irmã, para ajudá-la. E então foi passeando durante o conhecimento da fazenda que ela conhece um escocês escravo e é o que desperta a sua atenção e o seu interesse, mesmo ele não falando bem a língua.

Aos poucos Beatriz percebe que aquele homem que a conhece tão pouco é mais do que ela esperava, já que a ensina diversas coisas e a ajuda no que ela precisa durante o trabalho no campo, onde ela teima em passar o tempo.

Porém aos poucos o que era para ser somente uma ajuda entre uma moça e um escravo se torna um grande amor.

"Andrew estava há muito tempo esperando pelo sinal de Beatriz para se aproximar da casa. Ele sorriu ao ver uma janela iluminada por uma vela. Aquele era o sinal. Ele se aproximou com cuidado da casa e com a ajuda de Beatriz, entrou no quarto."
Este conto foi bem curtinho e era para ser mais um clichê, o que na verdade acaba acontecendo. A questão é que eu me peguei pensando diversas vezes em como faltou o cenário escocês no personagem de Andrew. Como Beatriz de comunicava com ele? Ele não falava a língua portuguesa e mesmo assim eles tinham facilidade da comunicação somente por gestos, isto foi mostrado no conto.

Mas me faltaram aspectos da cultura em si e claro que em um conto menor não teria como ser tão abordado. Mesmo assim a autora escreve bem e deixa uma sensação boa com o resultado do romance. 

Se você já leu algum destes dois contos, deixa a sua opinião sobre eles!



Autora: Annie Darling
Título Original: The Little Bookshop of Lonely Hearts
Páginas: 308
Ano: 2017
Gênero: Romance/ Chick Lit
Editora: Verus

Era uma vez uma pequena livraria em Londres, onde PosyMorland passou a vida perdida entre as páginas de seus romances favoritos.
Assim, quando Lavinia, a excêntrica dona da Bookends, morre e deixa a loja para Posy, ela se vê obrigada a colocar os livros de lado e encarar o mundo real. Porque Posy não herdou apenas um negócio quase falido, mas também a atenção indesejada do neto de Lavinia, Sebastian, conhecido como o homem mais grosseiro de Londres.
Posy tem um plano astucioso e seis meses para transformar a Bookends na livraria dos seus sonhos — isso se Sebastian deixá-la em paz para trabalhar. Enquanto Posy e os amigos lutam para salvar sua amada livraria, ela se envolve em uma batalha com Sebastian, com quem começou a ter fantasias um tanto ardentes...
Resta saber se, como as heroínas de seus romances favoritos, Posy vai conseguir o seu “felizes para sempre”.
A história de Posy é a primeira da série A Livraria dos Corações Solitários, que vai retratar cada um dos funcionários da livraria, um “alegre bando de desajustados”, que por uma razão ou outra desistiram do amor e, ainda assim, o encontram quando menos esperam.
Posy Morland vive desde pequena em cima de uma livraria no centro de Londres.  Não vive por viver, claro. Ela morava lá com seus pais e seu irmão mais novo, Sam. E abaixo estava a livraria onde seu pai era gerente: a Bookends. Ao lado a casa de chá onde sua mãe produzia todos os melhores doces. Este era o que ela sempre se lembrava desde a morte de seus pais em um acidente de carro. Depois o que sobrou foi ela aos vinte e um anos com um irmão para cuidar e sem nenhum futuro.

Lavinia, a dona da Bookends e da casa em que Posy morava amava todos eles. Acolheu os irmãos com todo o coração. Posy trabalhava na livraria e vivia a vida que ela amava em meio a seus romances e milhares de livros. Tudo isto com o neto de Lavinia, Sebastian, hoje um homem insuportável de tão grosseiro.

"Posy parou e esperou. Não sabia bem o que estava esperando; talvez cumprimentos sinceros, talvez um "Aí, garota!". Em vez disso, recebeu silêncio e três rostos perplexos olhando para ela. Será que em algum lugar haveria alguém que tivesse pelo menos um pouquinho de fé nela? Tirando Lavinia, cuja fé em Posy, ao que parecia, era inteiramente equivocada." P. 38

Agora com o falecimento de Lavinia, o testamente era claro: a Bookends ficaria para Posy durante dois anos. Se neste tempo ela tivesse sucesso e lucro, o que a livraria não estava tendo muito, poderia continuar. Caso contrário, tudo iria para Sebastian que também havia ficado com os outros locais ao redor na praça.

Sebastian é um homem milionário que faz aplicativos para celular. Desde pequeno sempre incomodou Posy e agora não é diferente. Apesar de sair com diversas mulheres, Sebastian nunca encontrou quem ele realmente se apaixonasse. Quando soube que Posy cuidaria da livraria decidiu que teria que ajudá-la de todas as formas e não aceitava não como resposta.

O problema começou quando Posy decidiu que a livraria seria somente sobre livros de romances de todos os sentidos e Sebastian queria que fosse sobre livros policiais. E em meio a uma guerra enorme o fim pode ser uma tragédia ou uma grande confusão!


"Sério, você escuta quando as pessoas discordam de você ou seu cérebro bloqueia as palavras automaticamente? - Posy perguntou, com sincera curiosidade. - Nós não vamos vender policiais. Vamos vender romances." P.107
Já fazia um tempo que eu queria ler esta obra pelo simples fato de se passar em uma livraria em primeiro lugar. Adoro histórias que envolvam livros e um local que eu amo. Agora o que eu não sabia é que me depararia com uma história tão gostosa e tão engraçada ao mesmo tempo.

Posy é uma mulher que não se sente totalmente segura com a função que lhe foi imposta. Cuidar de uma livraria e ter que renová-la totalmente não é algo fácil e assim que decide que será uma livraria especializada somente em vender romances ela se sente totalmente fortalecida. E então começa a briga de gato e rato, pois Sebastian que é um personagem que eu odiei por boa parte do tempo no livro, se torna um chato.

Sebastian é o tipo de personagem mimado, que consegue tudo o que quer e que não consegue ouvir não. Nas primeiras páginas eu já achava que ele ia ser excluído daquela história, porém a autora o mantém até o final. Mas as cenas entre ele e todos os personagens são tão engraçadas pelos diálogos e ações que é impossível resistir e ver o quanto ele vai melhorando como pessoa.

"Sebastian começou a dizer algo, mas Posy não ouviu o que era, porque fechou a porta, virou a chave e passou a tranca. Quando Sebastian ainda assim não fez nenhuma menção de se mover, ela abanou a mão mandando-o embora e fechou a persiana." P. 115
Também há outros personagens como os funcionários da loja que são muito amigos de Posy e que não conseguem parar ou ser aceitos em outros empregos. Como Avery, que não consegue atender ou falar com ninguém no telefone. Cada um deles tem uma peculiaridade, porém no momento do aperto eles estão sempre juntos, sempre unidos para se ajudarem.

 

Já tem para leitura e venda o segundo volume desta série que vai falar sobre a história de Avery. Só posso dizer que me agradou demais e que estou dando muita sorte com leituras este ano, pois a quantidade de vezes que dei risada com esta obra foram inúmeras. 

Sabe aquele tipo de comédia romântica? É bem o estilo desta obra. Posy se torna forte e decidida e tem que enfrentar aquele demônio do Sebastian em cenas tão hilárias me venceu e me fez favoritar esta obra. Além de todo o amor entre os amigos e o irmão dela, Sam.

Já marquei para ler o segundo volume e quero ver como a tímida Avery vai viver as emoções na livraria que acabou se tornando Felizes para Sempre!




Autora: Anienne Nascimento
Título Original: Mocinha
Páginas: 278
Ano: 2018
Gênero: Romance
Editora: Chiado Books
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Após catorze anos vivendo na Europa, Mocinha retorna ao Brasil para desenterrar seu passado.Professora universitária, num casamento falido.Virou as costas para tudo o que viveu até os dezoito anos, mas carregou os fantasmas que a amedrontam até o momento e aos trinta e dois, finalmente decide encará-los. Talvez essa seja a chave que abrirá um novo futuro.O tempo chegou. A vida oferece a oportunidade para fechar um ciclo e abrir um novo, que traz todas as possibilidades. As páginas ainda estão em branco e ela pode escrever um novo capítulo.A maturidade trouxe a capacidade para compreender as coisas, o que a ajuda a transformar uma época difícil e cheia de ansiedades, numa passagem mais serena, através da aceitação dos próprios limites e do afastamento de sentimentos turbulentos e difíceis, para um estado mais calmo. Mocinha não se sente confiante, mas a vida lhe exige uma posição e, querendo ou não, ela está de volta. O que é possível fazer quando se está numa encruzilhada?A sorte está lançada. 
Emília Pacheco de Albuquerque saiu da cidade de Quipapá aos dezoito anos de idade. Em uma pequena e pacata cidade de Pernambuco foi onde a Mocinha viveu seus melhores dias. Com uma família grande, cheia de irmãos, ela adorava brincar com eles e sempre era chamada de homem por seu jeito moleque de ser. Isto nunca a incomodou, já que ela realmente gostava de se divertir o tempo todo.

Agora Emília está de volta a sua cidade para visitar sua família e rever todos, inclusive seu passado. Precisa pensar um pouco na vida e em tudo o que está acontecendo em seu casamento. Desde que foi para a Europa ainda muito nova, precisou enfrentar muitas coisas e tentar esquecer pessoas que jamais saíram de seu coração.

"Saí daqui em janeiro de 1960. Estava com dezoito anos, com duas malas nas mãos, alguns sonhos na cabeça e perdas enormes na alma. Passei por muitos lugares. Aprendi outros idiomas. Conheci outras culturas. Nenhum lugar se compara ao meu." P. 12
Mocinha, como se auto denomina, guarda uma pessoa em seu coração. Quando pré-adolescente foi enviada para uma cidade em Alagoas, perto de sua cidade, para estudar. Era um internato para meninas, onde as freiras tinham regras rígidas e as meninas não podiam aproveitar quase nada. Mocinha não queria este destino para si, viver longe das suas brincadeiras, de seus amigos e irmãos e ainda mais vivendo com castigos diversos naquele lugar horrível.

O que a salvou foi conhecer Abelardo, o professor de literatura. Um homem já com seus trinta anos passados, viúvo e que agora tinha saído do Rio Grande do Sul e decidido ir lecionar naquele lugar. Mocinha via nele um salvador já que ele emprestava livros diversos para que ela vivesse em outros mundos de fantasia. O que era amizade, aos poucos se tornou muito mais do que isto.

E em um mundo onde preconceitos são gerados, o que gerou-se foi um amor forte que precisou resistir a muitas coisas. Mas o que será que Emília teria vivido para precisar ir embora tão jovem e dizer adeus a tudo?


"Minha vida tinha mudado e meus interesses eram outros. Há muito não era mais a menina arteira, que se dizia homem, para quem a vida se resumia à Fazenda do Ipê Branco." P. 188
Para quem ainda não ouviu ou leu algo sobre a autora, Anienne mora desde bem pequena em Maceió, Alagoas. E já começo falando isto por um fato que vai chamar muita atenção nesta obra e que foi algo que me cativou tanto: a qualidade e conteúdo linguístico local. Sim, geralmente leio livros onde temos o português normal, mas em Mocinha a grandiosidade de frases com expressões nordestinas locais e também as usadas pelo personagem de Abelardo, que é gaúcho, são enormes.

Não obstante a esta característica linda, também há a descrição do cenário. Eu ficava me perguntando enquanto lia como deve ser lindo toda aquela região, cheia de cachoeiras, lugares para descansar. A autora não poupa detalhes nem na descrição da culinária, enriquecendo a obra em conteúdo regional.


E então a história vai mostrar sobre a vida de Emília, uma mulher que viveu em uma cidade de Pernambuco, que cresceu e estudou em um internato e lá conheceu um grande amor. Não se passa em nossa época atual, mas nos anos cinquenta o que pode começar a perceber que já naquela época tinha um grande preconceito com milhares de coisas. 

A história é envolvente e caprichosa. Ao mesmo tempo em que vamos conhecendo mais sobre o romance de Emília com Abelardo, também temos uma visão maior das coisas que acontecem em um internato, dos sonhos de cada menina e do que elas sonham para si. 

"Sei que se eu quisesse, poderia voltar. Não preciso fazer isto, mas quero fazer. Não sou covarde. Vou enfrentar o que vier pela frente." P. 225
Na obra vamos ter os dois tempos: passado e presente. Mocinha vai contar como está atualmente e como foi que tudo aconteceu. No fim fiquei com o coração doído. Não posso dizer que saberia como lidar com a situação pela qual ela passou, principalmente em uma época onde as pessoas eram mais duras do que hoje, mas gostei de como tudo terminou.

Além de ser uma obra gratificante em conhecimento é um romance bonito pela lição que deixa e pelo fato de que não importa como o amor de certa forma sempre vence!



Autora: B.A. Paris
Título Original: Behind Closed Doors
Páginas: 266
Ano: 2017
Gênero: Thriller
Editora: Record
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Grace é a esposa perfeita.
Ela abriu mão do emprego para se dedicar ao marido e à casa. Agora prepara jantares maravilhosos, cuida do jardim, costura e pinta quadros fantásticos. Grace mal tem tempo de sentir falta de sua antiga vida.
Ela é casada com Jack, o marido perfeito.
Ele é um advogado especializado em casos de mulheres vítimas de violência e nunca perdeu uma ação no tribunal. Rico, charmoso e bonito, todos se perguntavam por que havia demorado tanto a se casar.
Os dois formam um casal perfeito.
Eles estão sempre juntos. Grace não comparece a um almoço sem que Jack a acompanhe. Também não tem celular, que ela diz ser uma perda de tempo. E seu e-mail é compartilhado com Jack, afinal, os dois não guardam segredos um do outro. Parece ser o casamento perfeito. Mas por que Grace não abre a porta quando a campainha toca e não atende o telefone de casa? E por que há grades na janela do seu quarto?
Às vezes o casamento perfeito é a mentira perfeita.
Grace é uma mulher que já passou dos trinta anos e ainda não se casou. Não que ela não deseje isto, mas suas tentativas em relacionamentos acabam sumindo quando ela fala para quem está com ela sobre sua irmã mais nova, Millie, que tem síndrome de Down. Grace é a guardiã legal da menina, já que seus pais nunca a quiseram e ela jamais deixaria que a irmã fosse dada para a adoção.

Com seu trabalho em uma grande loja varejista, Grace viajava por diversos países da América do Sul e assim também conseguia pagar o colégio interno onde Millie estudava. O plano era que a garota ficasse lá até completar dezoito anos e depois ir morar com ela.

"- Você está voltando a ficar agressiva ou é só impressão minha? Eu fico bastante satisfeito. Para dizer a verdade, eu ando bem entediado. - Ele me lança um olhar de deleite. - Vá em frente, Grace. Estou esperando você." P.64
Jack já está com seus quarenta anos. É um advogado de muito sucesso que nunca perdeu uma causa. Trabalha defendendo mulheres que são abusadas e espancadas por seus parceiros. Em uma tarde de domingo ele conhece Grace e sua irmã e fica encantando com as duas e a ligação que elas possuem. A partir daí ele e Grace começam um relacionamento perfeito, em que Grace jamais imaginaria encontrar alguém que a amasse tanto e também aceitasse Millie, que agora tinha planos de ir morar com o casal assim que completasse seus dezoito anos.

A verdade é que depois do casamento o que Grace veio a conhecer não era um Jack normal. Era um homem frio, calculista e que não a amava nem um pouco. Na primeira viagem para a Tailândia ela descobriu que seria refém de um psicopata e o que ele queria era ter Millie como sua vitima, pois o que ele gosta é de ver o sofrimento de mulheres.

Agora Grace vivia enclausurada e precisava encontrar uma saída. Tinha que mostrar a todos os amigos do marido que vivia uma vida perfeita, mas no silêncio a dor da tortura e o medo eram diários.


"Vou poder implorar por ajuda, pedir a ela que chame a polícia. Já estive nesta situação antes e sei que Jack vai acabar comigo caso eu respire diferente durante a reunião. Não só vou ser humilhada como vou ficar ainda mais desesperada. Jack não vai abrir mão da sua vingança. Entrelaço minhas mãos e percebo a tremedeira incontrolável. Eu mal comecei a entender o que o Jack sabe desde o início: o medo é o melhor freio de todos." P. 90
Não sei nem como tentar explicar este livro. Como explicar tudo o que senti durante esta leitura. Este já foi o primeiro livro que favoritei como o melhor do ano, pois é inigualável o que tem em cada página desta obra.

Quando eu li algumas críticas positivas eu imaginei que seria um livro com aquela pegada psicológica que costumo ler em outros livros, nem muito cheia de ação e nem muito monótona. Então se você também pensou assim já pode adicionar mais uns 100% de medo, pavor e pânico e é isto que você vai ler em Entre Quatro Paredes.

Já no primeiro capítulo a autora coloca uma boa amostra do que vem pela frente. Não está mostrando o início de tudo e sim como o casal está se portando perante uma reunião com amigos na própria casa e aos poucos fui percebendo que tinha algo de errado, já que Grace parecia ter medo de tudo o tempo todo mesmo que aparentasse a maior calma do mundo.

Os capítulos então vão se intercalando entre a convivência com o marido e como eles se conheceram e a vida de cada um. Só posso dizer que tremi tantas vezes durante a leitura, fiquei com tanto medo que em algumas partes necessitei de tempo para respirar.

 

"Desço para o café da manhã. É o turno do Sr. Ho. Ele pergunta se dormi bem e digo que sim. Ele sugere que eu toma café na varanda, então atravesso o hall, lembrando as vezes em que Jack me conduziu por ali até o salão de jantar, agarrando meu braço com força enquanto sussurrava ameaças no meu ouvido." P. 233
Imagina uma personagem que tem que viver presa como refém, tem que se mostrar perfeita o tempo todo para os amigos do marido, tem que fazer as coisas dentro de um tempo estipulado para não sofrer consequências. Na verdade tudo para o Jack é um jogo e a autora conseguiu passar tão bem a imagem da psicopatia que nem eu consegui ver uma saída.

Foi uma leitura altamente torturante. A cada passo que Grace dava, o marido estava na frente sabendo o que ela ia fazer. Foi chocante mesmo. Assim que terminei a leitura comecei a pipocar as minhas amigas de mensagens, pois precisava espalhar sobre este livro para todo mundo, precisava conversar sobre toda esta história.

Queria gritar para todos que é necessário ler um livro assim para entender como há mulheres que vivem em situações assim! E o final? E o final, minha gente! Tão glorioso quanto um best-seller poderia ser. Queria poder ligar para a autora e dizer que por ser o primeiro livro publicado por ela, ela já tinha conquistado o mundo!

O melhor livro de thriller que já li até então foi este! 


O novo documentário da Netflix traz um dos maiores serial killers da década de setenta. Ted Bundy mostra neste documentário através de uma entrevista o que sua mente e seus instintos causavam para a sociedade.

DOCUMENTÁRIO: Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy
TEMPORADA: 1
EPISÓDIOS: 4
DURAÇÃO: média 55 minutos cada
ANO: 2019


Sinopse: Entrevistas atuais, material de arquivo e gravações de áudio feitas no corredor da morte traçam o perfil do notório serial killer Ted Bundy.

Desde que saiu uma reportagem da Netflix informando que era melhor que os espectadores assistissem a este documentário com alguém e que não indicava ninguém a assistir sozinho, eu já fiquei curiosa. Que boa ideia de marketing. Na verdade eu gosto da ideia de assistir sempre documentários ou ler livros sobre o lado psicológico do ser humano para tentar entender um pouco mais sobre o que leva muitos a cometer tantas atrocidades.

Como conhecia muito pouco sobre Ted Bundy fui aberta a encontrar um suposto serial killer com uma mente perturbada e controversa. A questão é que a matéria da Netflix estava certa. Ted Bundy não é um serial killer qualquer e o documentário é completamente perturbador.


Na década de sessenta não havia nem um tipo de tecnologia como temos hoje. Logicamente também não havia os chamados serial killers como temos o nome hoje definido. Theodore Robert Bundy, neste documentário vai aparecer sendo entrevistado já no corredor da morte e a partir daí vai contar parte de sua vida e algumas partes que se encaixam em muitas notícias da época.

A questão é que ele sempre foi um desafio para todos. Ted Bundy sempre foi um garoto exemplar, que dizia ter uma família perfeita, muitos amigos. Ingressou na faculdade e se formou em psicologia. Porém a partir daí começaram a surgir mulheres desaparecidas sem nenhum vestígio de onde os corpos foram parar. 

Ted continuava com sua vida normal, namorava, participava de eventos políticos, eventos religiosos. Começou a estudar direito. Porém algumas coisas ele deixou no caminho, mas nada era o suficiente para que fosse preso.


Não posso falar muito para não contar detalhes. Mas o documentário traz todos os passos que foram seguidos por Ted Bundy. E então temos um dos principais questionamentos: como era Ted. Posso falar que somente pelo documentário que mostra diversos vídeos de Ted, ele é altamente sedutor. Ele possui características de total sedução não comente com o olhar, mas ele leva com o jeito e a forma de falar e faz com que muitas pessoas acreditem nele.

Tanto que na época muitas mulheres jamais acreditaram que ele fosse culpado de algo. Ted mantinha um relacionamento duradouro e tinha uma enteada. Nos vídeos é possível ver como ele sequer mostra um extinto de crueldade. Porém as mulheres morreram de forma bruta e cruel. E todas caiam na conversa dele. Um assassino que espancava, matava e depois estuprava.


O mais inacreditável é que Ted foi preso e fugiu duas vezes. Matou inúmeras mulheres e foi condenado por somente três casos, entre estes o de uma menina. 

O documentário vale para mostrar como um psicopata consegue cativar tantas pessoas, enganar tanta gente e mesmo depois de condenado consegue continuar enganando. Os vídeos são reais, as provas me deixaram o tempo toda confusa sobre se ele era ou não o culpado. Eu mesma cheguei a duvidar de tudo o tempo todo. 



O episódio final é totalmente esclarecedor. Não posso negar que fiquei com muito medo de tudo o que vi. Como alguém consegue conviver com tudo isto e depois continuar a viver. Mas logicamente todos os envolvidos na época e até mesmo uma sobrevivente contam como foi difícil manter a vida depois de tanta tragédia.

Para quem gosta de conhecer a mente humana este documentário é excelente. Ted Bundy fez policiais e autoridades dos Estados Unidos de bobos durante anos. E o que Ted Bundy queria ele conseguiu: transformar toda a sua vida em uma grande história a ser contada por gerações sem fim.



Autora: Julia Quinn
Título Original: Because of Miss Bridgerton
The Rokesbys #1
Páginas: 272
Ano: 2018
Editora: Arqueiro

Às vezes você encontra o amor nos lugares mais inesperados...
Esta não é uma dessas vezes.
Todos esperam que Billie Bridgerton se case com um dos irmãos Rokesbys. As duas famílias são vizinhas há séculos e, quando criança, a levada Billie adorava brincar com Edward e Andrew. Qualquer um deles seria um marido perfeito... algum dia.
Às vezes você se apaixona exatamente pela pessoa que acha que deveria...
Ou não.
Há apenas um irmão Rokesby que Billie simplesmente não suporta: George. Ele até pode ser o mais velho e herdeiro do condado, mas é arrogante e irritante. Billie tem certeza de que ele também não gosta nem um pouco dela, o que é perfeitamente conveniente.
Mas às vezes o destino tem um senso de humor perverso...
Porque quando Billie e George são obrigados a ficar juntos num lugar inusitado, um novo tipo de faísca começa a surgir. E no momento em que esses adversários da vida inteira finalmente se beijam, descobrem que a pessoa que detestam talvez seja a mesma sem a qual não conseguem viver.

Billie Bridgerton não é uma moça como as outras. Na verdade ela nunca quis ser uma moça como as outras. É uma mulher que usa calças a maioria do tempo, que faz o trabalho de administrador na fazenda de seu pai e que ama isto mais do que tudo. Estar com os arrendatários é como estar com os melhores amigos. Aliás, amigos é o que ela menos tem. A não ser os irmãos Rokesbys que sempre foram com quem ela brincara na infância.

Mesmo com seus vinte e um anos ela ainda não participou de nenhuma temporada social em Londres. Muito menos pensava em ir para aquele lugar horroroso onde tinha que conhecer pessoas e fingir ser uma dama que se equilibrava em sapatos de salto e ficava em lindos vestidos. Fazia isto somente em alguns jantares sociais em que sua mãe insistia muito.

"Billie olhou para George. Só conseguia vê-lo de perfil, mas ele parecia aliviado com a chegada do irmão. E também estranhamente aborrecido. Não, não era nem um pouco estranho, ela percebeu. Qualquer que fosse a provocação que teria que aguentar de Andrew, George sofreria cem vezes mais." P. 30

George Rokesby era o filho mais velho. Mesmo que quisesse ser igual aos irmãos que tinham carreira no exército ou na marinha, seu destino era ser o herdeiro direto e assim assumir a propriedade da família e o título. Sempre teve que ser o mais contido e o que menos se divertia. Na infância via todos brincando e ele não podendo participar de nada.

E em uma tarde ele se depara com Billie em cima de um telhado tentando salvar um gato. Um maldito gato traiçoeiro. Não sabia como ela conseguiu parar lá. Mas no final acabou preso em cima do telhado com ela, com o maldito gato e sem a escada que os salvaria. E ainda por cima com a garota com o pé machucado.


E então ao receber uma terrível notícia do desaparecimento de seu irmão Edward, a família Rokesby se depara com uma dor imensa. E é a partir daí que Billie e George vão ficar mais unidos para tentar encontrar o irmão e em meio a tudo isto, surgir sentimentos nunca esperados.

"Porque Billie não tinha o menor interesse em formar casais, fosse para si mesma ou para qualquer outra pessoa. Se isso fazia dela algum tipo de aberração, que fosse. Ela preferiria estar andando em seu cavalo. Ou pescando no lago. Ou subindo em uma árvore." P. 71
Julia Quinn sempre surpreendendo as fãs de romance de época. Pelo menos conseguiu me surpreender demais nesta obra. Primeiro preciso falar sobre Billie Bridgerton. Eu não li a saga  sobre esta família, assim o que fiquei conhecendo foi somente através deste livro. Billie é altamente adorável. Não é do estilo que goste de vestidos, festas ou muita movimentação. É vista como uma mulher que faz e se veste como um homem, que gosta de pular em árvores, ficar cuidando da fazenda e correndo o tempo todo. E a forma como conversa e bate de frente com as pessoas é hilário, porém nada arrogante.

O cenário escolhido pela autora é inicialmente os campos da Inglaterra e depois vai passar um tempo ambientado por Londres. O que me fascinou neste volume é que o romance é leve, seguro e não acontece da noite para o dia. Lógico que os dois personagens se conhecem há muito tempo e mesmo assim tudo e bem lento. Adoro isto nos livros, quando se pode conhecer bem toda a história para depois acontecer mais coisas.

Em segundo o personagem de George que mesmo sendo muito contido é sempre preocupado com todos e tem aquele poder de cuidar de todo mundo, com seu jeito carinhoso e dedicado.

Personagens à parte tem vários. A irmã mais nova de Billie, Georgiana e um dos irmãos mais novos de George, Andrew. Andrew então é um personagem cômico o tempo todo. Os irmãos vivem se provocando e Andrew tem uma tenacidade em fazer rir. 


 

"Mas ele não queria. Billie sabia que ele não queria, e podia sentir seu coração se partir, porque ela queria. Queria que ele a beijasse como se fosse a única mulher que ele sonhasse beijar, como se ele fosse morrer caso os lábios dele não tocassem os dela." P. 177
A edição como sempre está linda com a capa bem coerente com a imagem de Billie. A diagramação é feita em capítulos curtos e as páginas tem aquela leve cor amarelada. O segundo volume já foi publicado como Um Marido de Faz de Conta, que vai contar a história de Edward.

Os Rokesbys são uma bela surpresa que Julia trouxe para as leitoras e que vão cativar. George já fez seu papel mostrando sua simplicidade e seu encanto. Que agora venha Edward.


A Netflix está sempre lançando uns originais para alavancar o potencial de seu serviço e, logicamente, muitas vezes consegue atingir um grau imenso de aprovação de seus assinantes.

Desta vez o original lançado esta semana é Velvet Buzzsaw, uma promessa de um filme que traz a arte como pano principal para mostrar o que a ganância é capaz de fazer em meio a um mundo chique  e cheio de dinheiro.

Data de Lançamento: 1 de fevereiro de 2019
Duração: 1 hora e 52 minutos
Gênero: Terror


Sinopse: Quando o mercado da arte colide diretamente com o mercado do comércio, artistas e investidores milionários encontram-se em um duro embate financeiro que pode sacrificar muito mais do que suas carreiras.

Para quem gosta de bons atores e uma boa interpretação já pode ficar de olho nesta nova obra original da Netflix. Aqui, Morf, interpretado por Jake Gyllenhaal, é um crítico fervoroso de arte muito famoso. Ele vive da sua glória entre suas críticas e sua fama e mesmo assim se sente sozinho em um lugar cheio de pessoas e de muito dinheiro.

As galerias de arte também é onde Rhodora e Gretchen vão pulverizar as suas manobras entre clientes e pintores para obter o maior lucro possível, mesmo passando por cima de diversas pessoas para conseguir o que elas tanto precisam. Aqui no papel temos Rene Russo e Toni Colette.


A história começa mostrando os personagens em deslumbrantes galerias de arte, olhando exposições de grandes artistas e discutindo sobre quadros e seus valores bilionários. A partir deste ponto temos a apresentação de cada um e de seus papéis na história.

Aparentemente o papel de Morf é o principal por colocar todos os outros interligados em sua crítica, já que ele parece ter um dom enorme para encontrar um poder de talento nas pessoas. O personagem de Jake é muito bem estruturado, com uma demonstração de força, mas que no íntimo é uma pessoa totalmente frágil e dependente.


Quando uma assessora de Rhodora encontra um vizinho seu morto, descobre junto uma coleção inteira de pinturas. Assim ela acaba pegando tudo para si e colocando à venda na galeria. A verdade é que as pinturas parecem ter um espírito maligno que se apodera das obras, principalmente de pessoas que tenham intenções de querer lucrar com elas.

Mas há personagens como Piers, interpretado por John Malkovich, por exemplo, que acaba se perdendo nas obras do novo pintor e assim algumas pessoas entendem que elas se movem, que elas possuem vida. O legal é que o filme realmente aborda a ganância e a necessidade de ter, do possuir e ao mesmo tempo de algumas pessoas necessitarem somente se encontrar e fazer aquilo que elas mais amam.


O filme é macabro. As pinturas são feitas com parte de sangue. E os personagens são totalmente obcecados pelas obras. Aos poucos cada um deles vai ser acometido por aquilo que mais venera e assim a vida acaba imitando a arte.

Assisti o filme em quatro partes. Não porque era ruim e sim porque acabava me dando nos nervos em alguns momentos. O filme mostra como o consumo e a necessidade é tão mesquinha que as pessoas se deixam levar por algo sutil. E que de algo pequeno acabam transformando em algo grande e que quando percebem podem acabar com elas. Esta foi a melhor visão do filme.


O final fez compreender como em meio a tantos valores, o medo ainda freia muita coisa. E mesmo assim o jogo de poder e dinheiro corre solto enquanto as pessoas puderem manipular outras. Não é um filme de romance ou com uma história leve, tampouco um filme que vai abalar a crítica e arrancar elogios de uma plateia afoita. Mas é um filme que deve ser prestigiado pela ótima reflexão que traz.



E neste mês você já pode anotar as dicas de livros que a Arqueiro está publicando, pois tem ótimas novidades chegando. E maravilhas colocadas no forninho para o próximo mês. Dá uma olhada!



A CAÇA
M. A. Bennett

O ano letivo começou e Greer ­MacDonald está se esforçando ao máximo para se adaptar ao colégio interno onde ela entrou como bolsista. O problema é que a STAGS, além de ser a escola mais antiga e tradicional da Inglaterra, é repleta de alunos ricos e privilegiados – tudo o que Greer não é.Para sua grande surpresa, um dia Greer recebe um cartão misterioso com apenas três palavras: “caça tiro pesca”. Trata-se de um convite para passar o feriado na propriedade de Henry de Warlencourt, o garoto mais bonito e popular do colégio... e líder dos medievais, o grupo de alunos que dita as regras.Greer se junta ao clã de Henry e a outros colegas escolhidos para o evento, mas esse conto de fadas não vai terminar da maneira que ela imagina. À medida que os três esportes se tornam mais sombrios e estranhos, Greer se dá conta de que os predadores estão à espreita... e eles querem sangue.Que a caçada comece!

UM ESTRANHO IRRESISTÍVEL
Lisa Kleypas

Uma mulher que desafia seu tempoDr. Garret Gibson, a única médica mulher na Inglaterra, é tão ousada e independente quanto qualquer homem – por que não lidar com os próprios desejos como se fosse um? No entanto, ela nunca ficou tentada a se envolver com alguém, até agora. Ethan Ransom, um ex-detetive da Scotland Yard, é tão galante quanto secreto, e sua lealdade é um verdadeiro mistério. Em uma noite emocionante, eles cedem a uma poderosa atração mútua antes de se tornarem estranhos novamente.                Um homem que quebra todas as regrasEthan tem pouco interesse pela alta sociedade, mas é cativado pela preciosa e bela Garrett. Apesar da promessa de resistir um ao outro depois daquela noite sublime, ela logo será atraída para sua tarefa mais perigosa. Quando a missão dá errado, Garret usa toda a sua habilidade e coragem para se salvar. À medida que enfrentam a ameaça de uma traição do governo, Ethan fica disposto a assumir qualquer risco pelo amor da mulher mais extraordinária que já conheceu.

O SAL DAS LÁGRIMAS
Ruta Sepetys

Joana, Emilia, Florian, Alfred. Cada um de um país diferente. Cada um caçado e assombrado pela tragédia, pelas mentiras e pela guerra. Enquanto milhares fogem do avanço do exército soviético na costa da Prússia, os caminhos desses quatro jovens se cruzam pouco antes de embarcarem em um navio que promete segurança e liberdade. Mas nem sempre as promessas podem ser cumpridas...
Profundamente comovente, O sal das lágrimas se baseia em um acontecimento real. O navio alemão Wilhelm Gustloff foi afundado pelos russos no início de 1945, tirando a vida de mais de 9 mil refugiados civis, entre eles milhares de crianças. É o pior desastre marítimo da história, com seis vezes mais mortos que o Titanic.
Ruta Sepetys, a premiada autora de A vida em tons de cinza, reconta brilhantemente essa passagem por meio de personagens complexos e inesquecíveis.

CINZAS NA NEVE
Ruta Sepetys

Quando a voz de uma garota quebra o silêncio da históriaLina Vilkas é uma lituana de 15 anos cheia de sonhos. Dotada de um incrível talento artístico, ela se prepara para estudar artes na capital. No entanto, a noite de 14 de junho de 1941 muda para sempre seus planos.Por toda a região do Báltico, a polícia secreta soviética está invadindo casas e deportando pessoas. Junto com a mãe e o irmão de 10 anos, Lina é jogada num trem, em condições desumanas, e levada para um gulag, na Sibéria.Lá, os deportados sofrem maus-tratos e trabalham arduamente para garantir uma ração ínfima de pão. Nada mais lhes resta, exceto o apoio mútuo e a esperança. E é isso que faz com que Lina insista em sua arte, usando seus desenhos para enviar mensagens codificadas ao pai, preso pelos soviéticos.Cinzas na neve conta a história de um povo que perdeu tudo, menos a dignidade, a esperança e o amor. Para construir os personagens de seu romance, Ruta Sepetys foi à Lituânia a fim de ouvir o relato de sobreviventes dos gulags durante o reinado de horror de Stalin.
Você já pode adquirir o seu exemplar nas livrarias do país ou conferir mais informações no site da Arqueiro sobre datas de lançamentos, novos livros e livros que já foram publicados!
Tem tudinho na Arqueiro Editora, pode clicar aqui.




              Autora: Abbi Glines

Título Original: As She Fades
Páginas: 240
Ano: 2019
Gênero: Romance
Editora: Arqueiro



Na noite da formatura, Vale McKinley sofre um terrível acidente de carro. Junto com ela está Crawford, seu namorado, que acaba entrando em coma. Eles pretendiam aproveitar o verão fazendo planos para a universidade, com um futuro brilhante cheio de possibilidades. Agora, Vale passa longos dias no hospital, à espera de que Crawford acorde.
Lá, ela encontra por acaso com Slate Allen, colega de faculdade do seu irmão. O garoto aparece regularmente para visitar o tio, que está internado. Quando se esbarram, Vale não consegue negar a atração proibida entre eles. Ela tenta ignorar seus sentimentos, mas não é imune ao charme de Slate. Aos poucos, os dois se aproximam.
Depois de muito relutar em sair do lado de Crawford, Vale cede aos apelos da família e vai para universidade, pensando que o namorado gostaria que ela tocasse a vida. Só que agora a garota está no território de Slate e a história dos dois vai sofrer uma grande reviravolta.
Vale Mckinley namora com Crawford desde os seis anos de idade. Claro que é a partir daí que ela lembra que algo aconteceu entre eles e que eles prometeram que viveriam para sempre juntos. E é isto que realmente acontece. Agora eles estão se formando e têm tudo planejado pela frente rumo à faculdade. Eles vão juntos para o mesmo lugar e todos os planos prometem ser o maior sucesso, já que a vida toda dela ela fez em volta do grande amor de sua vida.

Porém na volta da comemoração da formatura o inesperado acontece. Ambos sofrem um acidente gravíssimo de carro e Crawford entra em coma. E a partir disto Vale sabe que não pode seguir adiante com sua vida sem ele. 

"Foi então que Crawford pisou no freio e o mundo começou a rodar. O cheiro de borracha queimada e a barulheira dos pneus derrapando invadiram a minha cabeça, afugentando todos os pensamentos que havia dentro dela. Os sonhos sumiram na hora. Completamente." P. 10
E é no hospital que Vale passa os seus dias. Chega de manhã cedo e só sai no final do dia, após o horário de sua leitura para o namorado. Não que ela fique o tempo todo ao lado dele, mas ela precisa estar por perto caso ele acorde. Tem certeza de que é isso que ele espera dela. Então todo dia ela chega cedo e sai tarde. Só aguardando seu amor acordar.



Ali também fica Slate Allen, um amigo de seu irmão, amigo de faculdade de seu irmão mais velho. Ele está acompanhando seu tio que sofre de um tumor em fase terminal. Mas Vale não quer saber de conversa. E quando Slate começa a perceber que a garota vive ali sozinha, tenta fazer com que a estadia dela ali se torne um pouco melhor.

"Meus olhos se encheram de lágrimas. Sequei com as mãos, depois guardei a bolsa e me acomodei numa cadeira ao lado da cama. Dalia pouco começaria a ler, mas, por enquanto, queria apenas ficar ali, segurando a mão dele, observando a respiração, tentando me convencer de que era realmente Crawford quem estava dentro daquele corpo, de que cedo ou tarde ele voltaria para mim. Antes cedo do que tarde." P. 23
Porém como as aulas estavam perto de começar, Vale precisou tomar uma atitude. Lógico que ela não queria sair de perto do namorado, porém as pessoas ao redor viviam dizendo que ela isso que ele ia querer dela, que ela seguisse em frente e que a faculdade ficava somente a uma hora de distância. Foi assim que ela tomou a decisão de, meso com o coração na mão, iniciar o semestre.

O que ela realmente não esperava é que tudo fosse tão diferente da vida que ela sempre teve ali naquela pequena cidade. Que conhecer tanta gente, tantos estilos e principalmente ter Slate Allen como amigo, o maior galinha do lugar, fosse ser tão embaraçoso e ao mesmo tempo tão tentador.

"Depois do último fim de semana, provavelmente achava que eu era mais uma no harém de Slate Allen. Eu não queria isso, mas era culpa minha ter saído daquela boate com o Slate. Quando a gente conhece um cara no ambiente de um hospital, a gente acaba confiando nele mais do que devia." P. 106
 Esta foi a primeira leitura que fiz de um livro da Abbi Glines. Geralmente ela sempre lançou grandes sagas e como sempre li muita coisa positiva a respeito e por este ser um livro único, não podia perder a chance.

Eu gostei de cara da forma como a autora escreve. A escrita é bem leve e eu fui me levando bem rápido pela narrativa. Achei muito interessante ver como a personagem era dedicada pelo namorado e tudo o que ela fazia até surgir o tal de Slate Allen. A partir daí até que ela foi para a faculdade muita coisa que ela passou a fazer me deixaram irritada demais. Eu ficava pensando como uma garota que dedicou a vida toda para o namorado e se dizia amar tanto estava fazendo tudo aquilo?



Não seria possível que uma autora de tantos livros do gênero realmente fosse criar uma história tão sem cabimento como estava acontecendo. É como ler uma coisa para adolescentes que se jogam no nada! E então veio a reviravolta! E eu fiquei pasma, chocada e maravilhada ao mesmo tempo. Foi como um choque de realidade que me jogou contra um muro de preconceitos criados e eu nem tinha parado para pensar!

"Retribuí o beijo como pude, tentando preencher aquele vazio de alguma forma, mas depois, quando ele se afastou e abriu o sorriso de sempre, fiquei me sentindo um pouco perdida." P. 175
É como ler dois lados de uma moeda. Não posso dar muitos detalhes para não estragar o triunfo que a atora fez nesta obra, mas o choque que me ocorreu quando percebi o que realmente tinha acontecido, me fez ter aquela sensação de bater palmas de tanta alegria.

 


Dou a dica para você que vai ler a obra: não tire conclusões até terminar de lê-lo. Adorei cada momento, mesmo que eu tenha sido preconceituosa em diversas partes. Confesso mesmo! 

A diagramação dos livros da Arqueiro como sempre é com as páginas um pouco amareladas que facilitam um monte na leitura e com letras médias. Os capítulos são bem curtinhos também.

Agora leia e me conte o que achou, pois depois deste eu vou me jogar em outras obras que a autora publicar. Me ganhou de verdade.


Com o conturbado início de 2019 e a revolução que as mulheres estão fazendo acontecer ao longo dos anos e tendo cada vez mais participação em todos os protestos e exigindo igualdade de direitos, o primeiro lançamento da editora Seguinte é um livro muito importante para quem gosta de ficar a par sobre tudo o que acontece na luta que as mulheres enfrentaram para chegar até aqui.


Conheça um pouco mais o livro que já está em pré-venda e que conta a história por mais de 150 anos da luta de nós, mulheres, que desejamos igualdade e justiça por todas que padeceram e sofrem a cada dia.


MULHERES NA LUTA
150 ANOS EM BUSCA DE LIBERDADE IGUALDADE E SORORIDADE
Marta Breen e Jenny Jordahl
Lançamento: 21/02/2019

O movimento feminista em quadrinhos, para jovens e adultos. Há 150 anos, a vida das mulheres era muito diferente: elas não podiam tomar decisões sobre seu corpo, votar ou ganhar o próprio dinheiro. Quando nasciam, os pais estavam no comando; depois, os maridos. O cenário só começou a mudar quando elas passaram a se organizar e a lutar por liberdade e igualdade. Neste livro, Marta Breen e Jenny Jordahl destacam batalhas históricas das mulheres ― pelo direito à educação, pela participação na política, pelo uso de contraceptivos, por igualdade no mercado de trabalho, entre várias outras ―, relacionando-as a diversos movimentos sociais. O resultado é um rico panorama da luta feminista, que mostra o avanço que já foi feito ― e tudo o que ainda precisamos conquistar.
O livro tem capa dura e é feito em forma de quadrinhos. 

Para saber mais você pode acessar direto o site da editora Seguinte.