E conforme eu vou lendo os contos e novidades na Amazon, venho colocar aqui para vocês as minhas impressões. Vamos para mais uma mini resenha!



ILHADAS
Denis Lenzi
Páginas: 75

Telma não tinha alternativa quando viu que ficaria ilhada pela enchente e havia somente dois únicos moradores no prédio: a síndica e o policial aposentado. A maioria dos moradores saiu para abrigar-se em outro lugar e ela tinha que ficar no apartamento por um bom motivo: cuidar da sua irmã mais velha, Lorena, que foi acometida pela Síndrome de Cotard, uma doença mental que faz a pessoa pensar que está morta, depois de sofrer violência física e psicológica nas mãos do seu marido, Klaus, um homem violento e perigoso que tentou atentar a sua vida dois anos atrás. Agora, o ex-marido encontrou uma forma de entrar no prédio. Sua intenção: matá-las.
Como Telma fará para proteger-se, além da sua irmã, em um prédio ilhado, sem energia, sem telefone e sem contato com a polícia?
Quando uma tempestade começa a cair em uma cidade, Telma sabe que não vai poder sair de sua casa já que cuida de sua irmã que sofre de um distúrbio após sofrer uma agressão de seu ex-marido. Ela vive como se estivesse morta. 

Telma já cuida da irmã faz alguns meses e nenhuma melhora se apresentou. O problema é que mesmo que ela não possa sair, somente duas pessoas vão ficar no prédio também. E ela não sabe o que pode fazer caso venha a acontecer alguma coisa mais grave com a irmã.

Só que depois de um tempo coisas estranhas começam a acontecer e ela sabe que a promessa do ex-marido de matá-las não foi em vão. E estar naquele prédio enorme e vazio pode ser mais um pesadelo do que um indício de liberdade.

"Para ela, a ideia da existência dos fantasmas, demônios, criaturas, nada se comparava à força do medo quem um ser humano mal-intencionado podia lhe proporcionar. Como não ouviu mais os passos da pessoa estranha na escadaria, começou a subir rapidamente, ainda com aquela sensação de medo impregnada nela.
No início eu achei que a história não tinha muito sentido, já que parecia que era só uma questão de suspense e medo. Duas irmãs ilhadas em um lugar que era contada pela visão de Telma. E eu fui ficando nervosa porque nada parecia sair daquele formato clichê, mas não desisti da obra e eis que de repente o autor deu uma guinada que me peguei perguntando como ele teve aquela sacada sensacional!

Claro que eu fui levando a obra na calma. Mas nem tudo é o que parece ser. Como é uma leitura rápida, dá para ler em uma sentada só. Gostei mesmo do que o autor colocou no final e então terminou a obra com uma grande chave de ouro.



MEU MARIDO ESCOCÊS
Márcia Pimentel
Páginas: 36


Depois de viver por muitos anos na Europa com seus avós, Beatriz é obrigada a voltar para o Brasil depois da morte deles. E terá que se casar com um nobre brasileiro escolhido por seu pai. Mas antes de ir para a capital para conhecer seu futuro marido, Beatriz passará alguns dias na fazenda do cunhado e da irmã mais velha, Bianca. E na fazenda Beatriz conhecerá um escravo escocês por quem se apaixonará perdidamente e por ele deixará uma vida de luxo que teria ao se casar com um nobre brasileiro. Ela brigará com a família por causa de sua decisão de viver com o seu grande amor. Por causa de sua decisão, todos lhe darão as costas e ela terá que viver como escrava na fazenda do cunhado e da irmã. Será o amor forte o bastante para super todas as barreiras?
Beatriz é uma moça que seu pai estava a obrigando a casar com alguém com posses. Logicamente não era nem de perto o que ela queria e para isto tentava de todas as formas arrumar um jeito de atrasar este fato o quanto pudesse. Ela sabia que os pais jamais desistiriam da ideia, ainda mais que isto traria mais renome para a família, mas Beatriz não queria pensar em se casar sem amor.

Para isto ela pensou em passar um tempo na casa de sua irmã, para ajudá-la. E então foi passeando durante o conhecimento da fazenda que ela conhece um escocês escravo e é o que desperta a sua atenção e o seu interesse, mesmo ele não falando bem a língua.

Aos poucos Beatriz percebe que aquele homem que a conhece tão pouco é mais do que ela esperava, já que a ensina diversas coisas e a ajuda no que ela precisa durante o trabalho no campo, onde ela teima em passar o tempo.

Porém aos poucos o que era para ser somente uma ajuda entre uma moça e um escravo se torna um grande amor.

"Andrew estava há muito tempo esperando pelo sinal de Beatriz para se aproximar da casa. Ele sorriu ao ver uma janela iluminada por uma vela. Aquele era o sinal. Ele se aproximou com cuidado da casa e com a ajuda de Beatriz, entrou no quarto."
Este conto foi bem curtinho e era para ser mais um clichê, o que na verdade acaba acontecendo. A questão é que eu me peguei pensando diversas vezes em como faltou o cenário escocês no personagem de Andrew. Como Beatriz de comunicava com ele? Ele não falava a língua portuguesa e mesmo assim eles tinham facilidade da comunicação somente por gestos, isto foi mostrado no conto.

Mas me faltaram aspectos da cultura em si e claro que em um conto menor não teria como ser tão abordado. Mesmo assim a autora escreve bem e deixa uma sensação boa com o resultado do romance. 

Se você já leu algum destes dois contos, deixa a sua opinião sobre eles!


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