Autor: Ken Follett
Título Original: Eye of the Needle
Páginas: 336
Ano: 2018
Editora: Arqueiro

O ano é 1944. Os Aliados estão se preparando para desembarcar na Normandia e libertar os territórios ocupados por Hitler, na operação que entrou para a história como o Dia D.
Para que a missão dê certo, eles precisam convencer os alemães de que a invasão acontecerá em outro lugar. Assim, criam um exército inteiro de mentira, incluindo tanques infláveis, aviões de papelão e bases sem parede. O objetivo é que ele seja fotografado pelos aviões de reconhecimento germânicos.
O sucesso depende de o inimigo não descobrir o estratagema. Só que o melhor agente de Hitler, o Agulha, pode colocar tudo a perder. Caçado pelo serviço secreto britânico, ele deixa um rastro de mortes através da Grã-Bretanha enquanto tenta voltar para casa.
Mas tudo foge a seu controle quando ele vai parar numa ilha castigada pela tempestade e vê seu destino nas mãos da mulher inesquecível que mora ali, cuja lealdade, se conquistada, poderá assegurar aos nazistas a vitória da guerra.
Na obra-prima que lhe garantiu, há 40 anos, a entrada no cenário da literatura, Ken Follett fisga o leitor desde a primeira página, com uma trama repleta de suspense, intrigas e maquinações do coração humano.

No ano de 1940 um espião alemão tinha sido treinado incansavelmente para ficar infiltrado dentro do território britânico e descobrir todas as artimanhas inglesas. Claro que ele conseguia passar os principais locais para ser bombardeado e muito mais coisas. O apelido dado a ele: Die Nadel ou A Agulha.

"Conseguiu se manter frio em relação à mulher. Estavam em guerra; eles eram inimigos: se não a tivesse matado, ela provocaria sua morte. Ela se tornara uma ameaça , e agora ele sentia apenas alívio porque a ameaça havia sido eliminada. Ela não deveria tê-lo assustado." P. 21

Faber era o melhor espião que existia. Claro que havia outros, mas muitos eram pegos e transformados em agentes duplos, outros eram mortos. Faber tinha tantas personalidades e era muito bom no que fazia, que Hitler confiava em tudo o que ele dizia. 

O historiador Godliman não arredou os pés de Londres mesmo com os bombardeios. Estava fazendo muitas pesquisas e precisava concluir tudo o que tinha começado. Mesmo que os alemães destruíssem todos os locais culturais, ele não podia deixar aquele lugar cheio de história. E foi por saber tanto que o MI5 acabou o recrutando para tentar capturar um espião chamado Henry Faber.

"Lucy achou aquela empolgação um tanto supeita, mas tinha que admitir que o lugar parecia bonito: ventoso, natural e revigorante. E essa decisão fazia sentido. Precisavam se afastar dos pais e recomeçar a vida de casados. e não havia razão para mudar-se para uma cidade que seria bombardeada quando nenhum dos dois estava suficientemente bem para ajudar. Então o pai de David revelara que era dono de uma ilha no litoral da Escócia, e pareceu bom demais para ser verdade." P. 51

Lucy estava se casando com o amor de sua vida. David estava indo para a guerra no dia seguinte. Tinha terminado seu treinamento na RAF e ia ser piloto como sempre sonhou. Claro que Lucy não estava feliz. Ela queria fugir e só tinham uma noite para passar juntos. E quando voltavam para casa para esta última noite um acidente acabou deixando David em uma cadeira de rodas, sem poder realizar seu sonho. E assim o que os dois puderam fazer de verdade foi ir parar na Ilha da Tormenta, uma pequena ilha isolada na Escócia, com duas casas pequenas, um lugar onde ninguém consegue ir, somente um barco aparece a cada quinze dias.



Em 1944 um avanço está criado para atacar a Alemanha e tentar ganhar a Guerra. Porém um segredo precisa ser mantido. Todo mundo precisa fazer os alemães acreditarem que o ataque será em Calais e um enorme teatro foi criado no litoral da Inglaterra. Aviões, tanques, soldados, tudo de mentira. Porém o temido Die Nadel descobriu a verdade e precisa chegar até o submarino ao lado de uma ilha na Escócia e revelar a verdade.

O mundo está em jogo. Quem ganhará?

"Em seguida, pôs a mão esquerda no peito do agente e colocou o peso em cima, como se fosse se levantar da cama. Desse modo, pôde sentir exatamente onde as costelas terminavam e começava a barriga macia. Enfiou a ponta do punhal abaixo das costelas e golpeou para cima, até o coração." P. 75

Estranho e engraçado ao mesmo tempo estar lendo esta obra quarenta anos após o seu lançamento. Claro que este foi o grande lançamento que lançou Ken Follett ao sucesso e ao mesmo tempo parece totalmente atual. É uma obra que não importa o momento em que se leia é um tema que sempre vai estar em voga.

Mais uma vez comento nesta resenha, já que sempre falo em todas as resenhas que possui este tema, eu adoro histórias sobre a Segunda Guerra Mundial. Sou um pouco fascinada em toda a história das guerras e Ken Follett utiliza muito sobre isto em seus livros. Desta vez ele vai usar como cenário a Inglaterra e a Escócia.







"Sabia que , se continuasse a explorar, acharia mais campos de aviação como aquele, mais alojamentos semiconstruídos. Se fosse ao Wash, descobriria uma frota de destroieres e de navios de transporte de tropas feitos de compensado.
Aquilo era uma farsa gigantesca, meticulosa, cara e ultrajante." P. 111

O pano de fundo é uma história real, claro, mas o conteúdo todo é um suspense com aventura. O espião é um personagem cruel. Logicamente que deveria ser assim, principalmente em meio a uma batalha que decide muitos futuros, mas Faber utiliza o método de um punhal e não diferencia ninguém, homem, mulher ou criança.

Há capítulos em que Ken Follett começa com uma adrenalina e vai aumentando a tensão. E então quando a cena está pegando fogo e deixando o leitor com os nervos à flor da pele, ele termina o capítulo e intercala com outros personagens, fazendo com que dê vontade de passar algumas páginas para continuar e ver o restante da cena. É a curiosidade instigante. E ao mesmo tempo parece um filme de terror para quem é a caça e em outros momentos para quem é o caçador.

 


Quem gosta de um enredo bem preso e personagens fortes vai se dar bem com esta leitura. Melhor ainda é que Lucy é uma antagonista heroína e na década de setenta foi um tanto arriscado para o autor colocar isto em um livro, já que naquela época não se via muito isto em livros.

O Buraco da Agulha, nesta edição comemorativa de quarenta anos, tem uma diagramação bem diluída e capítulos destacados. Queria que muitos personagens que Follett cria fossem para o cinema ou para um seriado, já que pedir que se tornassem reais é muita coisa. Mas este livro sim merece uma grande comemoração. Que Follett continue criando histórias assim.




Autora: Kristin Hannah
Título Original: The Great Alone
Páginas: 400
Ano: 2018
Editora: Arqueiro

Atormentado desde que voltou da Guerra do Vietnã, Ernt Allbright decide se mudar com a família para um local isolado no Alasca.
Sua esposa, Cora, é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama, inclusive segui-lo até o desconhecido. A filha de 13 anos, Leni, também quer acreditar que a nova terra trará um futuro melhor.
Num primeiro momento, o Alasca parece ser a resposta para tudo. Ali, os longos dias ensolarados e a generosidade dos habitantes locais compensam o despreparo dos Allbrights e os recursos cada vez mais escassos.
Porém, o Alasca não transforma as pessoas, ele apenas revela sua essência. E Ernt precisa enfrentar a escuridão de sua alma, ainda mais sombria que o inverno rigoroso. Em sua pequena cabana coberta de neve, com noites que duram 18 horas, Leni e a mãe percebem a terrível verdade: as ameaças do lado de fora são muito menos assustadoras que o perigo dentro de casa.
A grande solidão é um retrato da fragilidade e da resistência humana. Uma bela e tocante história sobre amor e perda, sobre o instinto de sobrevivência e o aspecto selvagem que habita tanto o homem quanto a natureza.

Leni é uma garota que está entrando na adolescência. Com treze anos está aprendendo que a vida é muito mais difícil do que algumas pessoas acreditam ser. Desde cedo ela muda de cidade em cidade e desde que o pai voltara da guerra do Vietnã a frequência de seus ataques e da violência faz com que ela precise saber como se portar em dias ruins.

Cora ama seu marido como uma obsessão. Fugiu com ele aos dezessete anos, grávida e sem ter sequer onde ficar. Seus pais não aceitaram de forma alguma a união e assim Cora sabia que tinha que decidir entre o amor de sua vida e sua família. Casou-se e em seguida tinha no colo Leni, ou Leonora, uma menina linda de cabelos ruivos.





"O pai bateu nela outra vez, com mais força. Quando a mãe atingiu a parede, ele olhou para baixo, viu o sangue nos nós de seus dedos e o encarou.
Um uivo agudo e triste de dor irrompeu dele, ecoando nas paredes de troncos. O pai cambaleou para trás, afastando-se. Lançou para a mãe um olhar longo e desesperado de tristeza e ódio, em seguida saiu correndo da cabana, batendo a porta às suas costas." P. 117



Ernet Allbright era sedutor. Um mecânico que sonhava com uma bela família. Tudo corria bem até precisar ir para lutar no Vietnã. A guerra não é o que se espera e lá foi feito refém por anos e torturado diariamente. Quando voltou, os pesadelos e a tristeza tomaram conta de seu corpo e sua mente.

Agora a pequena família vivia na escuridão. Procurando uma saída, Ernet recebe um pedaço de terra no Alasca, em Kaneq, em uma ilha remota onde não há eletricidade, hospital ou quase nenhuma população. Mas ao saber da notícia o que ele vê é uma saída para a felicidade. E então os três rumam para o quase fim do mundo.

"Trabalhando duro depois da escola e nos fins de semana, Leni devia estar dormindo como pedra, mas não conseguia. Noite após noite, ficava deitada acordada, preocupada. Seu medo e sua ansiedade em relação ao mundo tinham sido aguçados como uma ponta de faca." P. 103

O que não esperavam era que o Alasca tivesse seus dias de inverno quase totalmente no escuro e assim o pior lado do pai voltasse à tona.



Como interpretar toda a emoção e sentimento que Kristin Hannah coloca em A Grande Solidão? Cada vez que começo a escrever sobre um livro dela fico pensando nos livros anteriores que li e tenho sempre a mesma sensação de que ela consegue captar cada pedacinho da convivência entre as pessoas, seja ela familiar, amorosa, amigável. Ela desperta um conjunto de emoções do início ao fim da leitura.

 


Sempre tive medo do Alasca. Os filmes ou livros que leio ou assisto sobre mostram um lugar difícil, frio, selvagem. E aqui em A Grande Solidão é tudo isto e um pouco mais. Melhor, muito mais. A época é os anos setenta, então uma ilha mais remota sem quase nada de tecnologia, é somente para pessoas muito fortes. O lugar onde a história se passa é um misto de beleza extraordinária e medo constante.

"Tentou dizer a si mesma que aquilo não significava nada. Mas, quando Matthew olhou para ela, sentiu uma palpitação. Ela pensou: Nós poderíamos ser amigos. E não o tipo de amigo que pegava o mesmo ônibus ou comia à mesma mesa." P. 61

A autora soube captar a beleza de uma forma única. É como fechar os olhos e conseguir sentir até o perfume das folhas, o gelo no corpo, a mudança da noite para o dia. É uma descrição detalhada e única marcante e característica da autora.






"O verão terminou tão depressa quanto havia começado. O outono no Alasca era menos uma estação e mais um instante, uma transição. A chuva começou a cair e não parou, transformando o solo em lama, afogando a península, caindo em cortinas cinzentas. 





Partindo para a questão emocional o livro traz o assunto sobre o abuso familiar, o romance destrutivo, a violência doméstica. Aborda de uma forma bem direta e forte o tema. Mas não vitimiza. Mostra os lados reais da história e concordei totalmente com a forma da escrita, pois conheço casos e são resumidos assim. 

Mas não é somente sobre isto. É sobre amor, sobre amizade e sobre destino. Sobre escolhas difíceis. Basicamente vai falar sobre a personagem de Leni desde seus treze anos, seu sofrimento, as descobertas da vida no Alasca e como ela decidiu cada momento.



É uma mensagem linda sobre amor sim, mesmo que mostre sobre a violência, mas a superação exalta a obra. Da metade para o final eu queria abraçar o livro e não terminar com medo de me afastar daquele pedacinho de mundo, daquelas pessoas que mesmo sem muito resolviam viver intensamente.

A Grande Solidão é como muitos chamam o Alasca. Mas nesta obra Kristin Hannah mostra que de solidão Leni com certeza não viveu. Maravilhoso!







Autora: Svetlana Aleksiévitch
Título Original: Last Witnesses
Páginas: 272
Ano: 2018
Editora: Companhia das Letras

A Segunda Guerra Mundial matou quase 13 milhões de crianças e, em 1945, apenas na Bielorrússia, havia cerca de 27 mil delas em orfanatos, resultado da devastação tremenda causada pelo conflito no país. Entre 1978 e 2004, a jornalista Svetlana Aleksiévitch entrevistou uma centena desses sobreviventes e, a partir de seus testemunhos, criou uma narrativa estupenda e brutal de uma das maiores tragédias da história. A leitura dessas memórias não é nada além de devastadora. Diante da experiência dessas crianças se revela uma dimensão pavorosa do que é viver num tempo de terror constante, cercado de morte, fome, desamparo, frio e todo tipo de sofrimento. E o que resta da infância em uma realidade em que nada é poupado aos pequenos? Neste retrato pessoal e inédito sobre essas jovens testemunhas, a autora realizou uma obra-prima literária a partir das próprias vozes de seus protagonistas, que emprestaram suas palavras para construir uma história oral da Segunda Guerra.

Sei que todo mundo já leu algo sobre a guerra. Sobre a primeira ou sobre a segunda. Pode ser que não tenha sido uma traça de livros sobre o assunto como eu, mas com certeza teve que estudar sobre o assunto na escola e deve ter lido materiais sobre o que aconteceu de verdade pelos países envolvidos.

A questão é que eu já li muitos livros sobre o assunto, tanto livros fictícios quanto livros biográficos. Claro que se sabe muito sobre esta parte da história em se falando de segunda guerra. E cada autor fala de um pedaço mostrando um lado ou um país. Tanto que se me perguntarem eu vou saber falar mais da parte em que a Alemanha ataca a partir de seu lado esquerdo para a França do que do lado direito para a Rússia. 

"Depois não lembro de mais nada: quem nos salvou do campo de concentração e como? Lá, tiravam sangue das crianças para os soldados alemães feridos. Todas as crianças morriam. Como eu e meu irmãos fomos parar no orfanato? E como no fim da guerra recebemos a notificação de que nosso pais haviam morrido? Algo aconteceu com minha memória. Não me lembro dos rostos, não me lembro das palavras..." P. 64

Sempre acho que devia ter deixado longe de mim muita parte desta história. Já é muito cruel saber o que o nazismo fez com os judeus, negros e ciganos. Mas quando surgiu o livro da autora Svetlana em uma forma de biografia e relatos da guerra eu acreditava que estava preparada para ler os mesmos. Bem, foi um grande engano da minha parte. Se eu considerava que o ser humano era cruel, eu não esperava que ele poderia ser mais cruel ainda.


Quando eu lia que a guerra havia começado pensava que as coisas não eram tão terríveis assim, mas neste livro desde o primeiro dia os relatos mostram que tudo foi muito terrível. Não havia nada que se mexesse que não morria. Fico aqui pensando como os alemães, claro que não eram todos, mas como aqueles que sentiam realmente raiva dos outros povos podiam ter a sensação de orgulho em matar homens, mulheres, crianças, bebês de uma forma tão cruel.

Se você tem algum tipo de sensibilidade este livro pode não ser a leitura ideal. É um conjunto de relatos verdadeiros de sobreviventes da guerra, mesmo que a sobrevivência tenha deixado somente o corpo, já que a mente e a alma tenham ficado completamente destruídos pós-guerra. E veja bem, são crianças, bebês e pré adolescentes que viram a pior faceta de todas.

" Queimaram nossa aldeia em 1943... Nesse dia estávamos desenterrando batatas. Vassíli, o vizinho, havia estado na Primeira Guerra Mundial e sabia um pouco de alemão; ele disse: "Eu vou lá e peço aos alemães que não queimem a aldeia. Tem criança aqui." Foi lá, e ele mesmo foi queimado. Puseram fogo na escola. Todos os livros. Queimaram nossas hortas. Os jardins." P. 79
Este livro é voltado para a para da União Soviética. Para como os alemães sitiaram cidades específicas como Stalingrado por mais de novecentos dias, matando parte de toda a população. Mostra também o ataque às aldeias e como matavam sem nem sequer saberem os nomes. Eu imagino que era por pura diversão.

O que mais me dói em todos estes relatos é como as pessoas sofriam com a fome, com o frio. Crianças que lutavam diariamente e que comiam qualquer coisa misturada com terra. Pedaços de papel de parede com água. Você se imagina em uma situação assim? Muitas vezes acho que isto desperta a pior parte do ser humano e talvez também a melhor de algumas.


Este livro serve como um exemplo de vida. Quando se pensa em problemas e sentimos que os nossos são grandes, e logicamente cada dor é uma dor e não podemos mensurar, temos que agradecer por não estarmos em meio a uma guerra. Mas é mais importante ainda lembrar que nunca estamos livres e é um livro de reflexão. Não somente pela dor mas pelo amor que também se mostra presente nos relatos.

"Depois do cerco... Sei que o ser humano pode comer de tudo. As pessoas comiam até terra... Nas feiras vendiam as terras dos depósitos de alimentos queimados e destruídos de Badavéiski, e davam valor particular à terra na qual havia sido derramado óleo de girassol, ou à terra misturada com doce de fruta queimado." P. 219

Este livro ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 2015 e foi merecido. Quando acabou eu só queria ler mais e abraçar cada uma das pessoas que deram seu depoimento e agradecer por terem sobrevivido, pois eu acredito que jamais teria conseguido.





Autor: Hank Green
Título Original: An Absolutely Remarkable Thing
Páginas: 344
Ano: 2018
Editora: Seguinte


Enquanto volta para casa depois de trabalhar até de madrugada, a jovem April May esbarra numa escultura gigante. Impressionada com sua aparência — uma espécie de robô de três metros de altura —, April chama seu amigo Andy para gravar um vídeo sobre a aparição e postar no YouTube. No dia seguinte, a garota acorda e descobre que há esculturas idênticas em dezenas de cidades pelo mundo, sem que ninguém saiba como foram parar lá. Por ter sido o primeiro registro, o vídeo de April viraliza e ela se vê sob os holofotes da mídia mundial.Agora, April terá de lidar com os impactos da fama em seus relacionamentos, em sua segurança, e em sua própria identidade. Tudo isso enquanto tenta descobrir o que são essas esculturas — e o que querem de nós.Divertida e envolvente, essa história trata de temas muito relevantes nos dias atuais: como lidamos com o medo e o desconhecido e, principalmente, como as redes sociais estão mudando conceitos como fama, retórica e radicalização.


April May mora em Nova York e passa muitas horas trabalhando em uma start up para conseguir colocar todas as suas contas em dia. Com apenas vinte e três anos, formada e com muitas dívidas estudantis ela precisa trabalhar mais e mais para honrar tudo o que tem sem pedir a ajudar de seus pais.

April mora em um apartamento pequeno com sua amiga de faculdade Maya, e que acabou virando sua também namorada. Porém April tem uma grande dificuldade de aceitar relacionamentos, ou melhor, de aceitar que existe algo de verdade com alguém, de levar as coisas adiante como uma responsabilidade.


" - Eu sei... E o pior é que passei reto. Só pensei "Bom, outra coisa legal em Nova York" e continuei andando. então me toquei que não tinha ouvido falar disso ainda. E como você está sempre atrás de algo que viralize, achei que pudesse aproveitar esse furo. Então fiquei tomando conta dele para você." Pág. 15

Andy é o melhor amigo de April. Cursou a faculdade com ela e com Maya e os três formam um trio estranho, porém o melhor trio. Andy é o amigo esquisito que gosta de ter um canal no YouTube e postar sobre coisas diferentes. Andy ainda tem a opção de poder procurar um trabalho legal já que seus pais o sustentam de alguma forma.

"É claro que não foi bem assim. Olhei o celular e, em vez de responder a algumas das muitas pessoas que me escreveram, entrei no Twitter e vi todas aquelas coisas boas e ruins, que estavam dizendo sobre mim. então abri meu e-mail... como uma idiota." Pág. 60

Em uma saída do trabalho às três da madrugada April May se depara com uma obra de arte gigante. Ela não faz ideia como foi parar ali já que ela recém tinha passado por aquele lugar e não havia nada. Era como um robô gigante, sem ser frio nem quente. E ela precisava mostrar aquilo ao mundo. 

Quando ela chama seu amigo Andy e eles gravam um vídeo mostrando aquela novidade, o vídeo explode nas redes sociais e da noite para o dia April fica famosa e começa a descobrir um mundo totalmente novo. Os Carls, como começam a ser chamados os robôs espalhados pelo mundo, se tornam um vício.



Agora April precisa desvendar um mistério gerado por um sonho coletivo e ainda por cima não se afogar no sucesso e no egoísmo de querer estar sempre em primeiro lugar.

Eu não cheguei a ler a sinopse antes de começar a ler o livro. É uma coisa que tenho feito ultimamente para ver como me adapto ao meio de surpresas literárias. Assim foi uma surpresa quando percebi que o tema do livro era algo meio que fantástico. Claro que li sobre o autor e sobre o que ele tem de conhecimento e vi que teria algo do gênero. Mas ver o desenvolver da história da forma como foi é bem diferente.

Primeiro o que mais me chamou a atenção é o estilo de escrita do autor. O livro é para um público jovem adulto, e a escrita é bem fluída e interessante, com diálogos que não tem aquela pegada chata nem monótona, o que fez com que eu lesse rapidamente, me envolvendo na trama.

 


Em segundo os personagens tem um desenvolvimento cativante. Claro que o foco é em April May, mas ao mesmo tempo vai tem um enfoque grande em Andy, Maya e Mirada e o quanto a amizade é importante, mesmo que em certos momentos tenha me dado vontade de pegar a April e dar uns tapas pelo jeito como ela agia com algumas pessoas.

Agora o mais interessante de verdade é como as redes sociais afetam as pessoas. O livro tem o intuito de repassar duas importantes mensagens. Uma delas é a questão de como algo que viraliza pode mudar completamente a vida de alguém que não sabe como lidar com a fama. De uma hora para outra tudo explode e aparecem em todos os jornais, revistas e quem não sabia o que era aparecer na mídia acaba sendo engolido por um turbilhão de pessoas. Assim é quando Andy e April descobrem e divulgam Carl. Eles ficam famosos e consequentemente aquilo afeta suas vidas de uma maneira surreal. Porém April passa de seus limites e começa a viver uma vida de sonhos, a respirar a fama e a sair da ética e da sabedoria.

"O baque foi grande. Não o fato de haver uma seção no reddit, mas a constatação de que eu estava atrasada. Fazia tanto tempo que eu estava à frente do jogo. Mas agora o mundo sabia coisas que eu ainda não tinha descoberto... que eu deveria ter descoberto! Era desagradável por motivos que, naquele momento, eu não compreendia." Pág. 143

A outra mensagem que adorei foi o fator sobre o motivo pelo qual surgiram os Carls na Terra. A guerra que gerou entre diversas pessoas que tem muitas opiniões diferentes me lembrou a nossa política onde parece que as pessoas perdem a razão quando discutem sobre algo.

O livro é interessante e traz uma bela mensagem. O final foi de arrasar e agora eu já quero uma continuação, pois é impossível ficar sem saber o que acontece depois do final. Hank é irmão de John Green e só posso dizer que como ainda não li nada de John, já posso dizer que Hank com certeza tem um talento nato para a escrita sendo que este é seu primeiro livro. O talento certamente é genético.




Mais um mês chegando e é mês do meu aniversário! E coisa mais boa do que ter lançamento da autora que eu amo tanto? Chegando Lucinda Riley no pedaço com mais um volume da saga As Sete Irmãs.



A IRMÃ DA LUA - A HISTÓRIA DE TIGGY
Lucinda Riley
Lançamento: 12/11/2018

Em A irmã da lua, quinto volume da série As Sete Irmãs, duas jovens separadas por um século têm suas vidas entrelaçadas numa emocionante história sobre fé, tradição, paixão e sobrevivência.Entre as filhas adotivas de Pa Salt, Tiggy D’Aplièse é conhecida como a instintiva e sensível. Envolvida em sua carreira na proteção de animais selvagens, ela não sabe se está preparada para seguir as pistas de suas origens, deixadas pelo pai.Ao aceitar um novo emprego nas belíssimas Terras Altas escocesas, Tiggy fica apaixonada pela remota propriedade, administrada pelo enigmático Charlie Kinnaird. O belo cirurgião cardíaco acabou de herdá-la e enfrenta problemas para reerguê-la e transformá-la em um santuário para as espécies nativas. Em seu novo lar, Tiggy encontra o velho cigano Chilly, que altera totalmente seu destino. Ele conta que ela não só possui um sexto sentido, proveniente dos ancestrais, como há tempos foi previsto que ele a levaria até suas origens na Espanha, nas montanhas sagradas de Sacromonte, à sombra da magnífica Alhambra.Escrito com a notável habilidade de Lucinda para entrelaçar enredos emocionantes e nos transportar para épocas e lugares distantes, A irmã da lua é uma brilhante continuação para a aclamada série das Sete Irmãs, e uma leitura saborosa e reveladora.

UM ACORDO PECAMINOSO 
OS RAVENELS 3
Lisa Kleypas
Lançamento: 12/11/2018

Lady Pandora Ravenel é muito diferente das debutantes de sua idade. Enquanto a maioria delas não perde uma festa da temporada londrina e sonha encontrar um marido, Pandora prefere ficar em casa idealizando jogos de tabuleiro e planejando se tornar uma mulher independente.Mas certa noite, num baile deslumbrante, ela é flagrada numa situação muito comprometedora com um malicioso e lindo estranho.Gabriel, o lorde St. Vincent, passou anos conseguindo evitar o casamento, até ser conquistado por uma garota rebelde que não quer nada com ele. Só que ele acha Pandora irresistível e fará o que for preciso para possuí-la.Para alcançar seus objetivos, os dois fazem um acordo curioso, e entram em uma batalha de vontades divertida e sensual, como só Lisa Kleypas é capaz de criar.

A ILHA DE VIDRO 
OS GUARDIÕES - 3
Nora Roberts
Lançamento: 05/11/2018

Nerezza, a deusa da escuridão, ainda não desistiu de obter as Estrelas da Sorte e destruir todos os mundos. As Estrelas de Fogo e de Água já foram recuperadas pelos seis guardiões, mas resta a Estrela de Gelo, e a batalha atingirá seu clímax.Doyle McCleary, o espadachim imortal, prometeu nunca mais voltar para casa. No entanto, quando a procura pela última estrela o leva ao condado de Clare, na Irlanda, ele deve encarar o passado. Três séculos atrás, uma tragédia o obrigou a fechar o coração para o amor, sobrando em seu peito apenas morte e solidão. Sua natureza selvagem só não é mais intensa que a de Riley... e da loba que há dentro dela.                                                 Arqueóloga e licantropa, a Dra. Riley Gwin não se rebaixa a ninguém. Fechada em sua biblioteca, em busca da misteriosa Ilha de Vidro, ela tenta negar a forte atração que sente por Doyle. Afinal, a última coisa de que precisa é uma distração.                  À medida que o último desafio dos guardiões se aproxima, a loba e o imortal têm que unir forças pela vida de seus amigos. Com Nerezza recuperada e furiosa, os dois vão descobrir que a melhor arma para dar fim à escuridão talvez seja o amor.   


JUSTIÇA A QUALQUER PREÇO
John Grisham
Lançamento: 05/11/2018

Mark, Todd e Zola ingressaram na faculdade de Direito porque queriam mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor. Fizeram empréstimos altíssimos para pagar uma instituição de ponta e agora, cursando o último semestre, descobrem que os formandos raramente passam no exame da Ordem dos Advogados e, muito menos, conseguem bons empregos.Quando ficam sabendo que a universidade pertence a um obscuro operador de investimentos de alto risco que, por acaso, também é dono de um banco especializado em empréstimos estudantis, os três se dão conta de que caíram no grande golpe das faculdades de Direito.Então eles começam a bolar uma forma de se livrar da dívida esmagadora, desmascarar o banco e o esquema fraudulento e ainda ganhar alguns trocados no caminho. Mas, para isso, precisam abandonar a faculdade, fingir que são habilitados a exercer a profissão e entrar em uma batalha contra um bilionário e o FBI.

OS TAMBORES DE OUTONO - VOLUME ÚNICO
Diana Gabaldon
Lançamento: 12/11/2018

Após tomar a difícil decisão de deixar a filha no século XX e viajar no tempo novamente para reencontrar seu grande amor, Claire Randall tem mais um desafio: criar raízes na América colonial do século XVIII ao lado de Jamie Fraser. Eles partem rumo à Carolina do Norte para achar um novo lar e contam com a ajuda de Jocasta Cameron, tia de Jamie e dona de uma propriedade na região.
Enquanto isso, em 1969, Brianna Randall se une a Roger Wakefield, professor de história e descendente do clã dos MacKenzie, para descobrir as respostas sobre as próprias origens e sobre Jamie, o pai biológico que nunca conheceu.
Em meio às buscas, ambos encontram indícios de um incêndio fatal envolvendo os pais de Brianna. Mas Roger não pode lhe contar isso, porque sabe que a namorada tentaria voltar no tempo para salvá-los. Por outro lado, Brianna também não compartilha sua descoberta, pois tem certeza de que Roger tentaria impedi-la.
Nesse livro emocionante, repleto de ação, intrigas e detalhes históricos, as barreiras do espaço e do tempo são postas à prova pelo amor de um casal e pela coragem de sua filha em mudar o destino.
Como vai estrear a quarta temporada do aclamado e maravilhoso Outlander, está sendo relançado o volume com a capa da série!
Você pode conferir todos os lançamentos no site da Arqueiro.
Já quero ler mais da Lucinda e da Lisa! Venham logo livros maravilhosos!