Autor: Diana Gabaldon
Título Original: A Breath of Snow and Ashes
Páginas: 1168
Ano: 2018
Editora: Arqueiro


Uma história sobre escolhas difíceis.
América, 1772. Poucos anos antes da guerra de independência, o caos reina na colônia. Cadáveres espalham-se pelas ruas, vizinhos lutam entre si e grupos de salteadores aterrorizam a população por toda parte. Na Carolina do Norte, o incêndio de uma cabana e o assassinato de uma família inteira anunciam mudanças perturbadoras no cotidiano dos habitantes da Cordilheira dos Frasers.
Nesse cenário, Jamie Fraser recebe uma mensagem do governador Josiah Martin. Ele pede sua ajuda para conter os rebeldes e manter o domínio da Coroa britânica sobre as terras americanas. Mas Jamie já sabe o que está por vir. Sua esposa Claire, uma viajante no tempo nascida no século XX, conhece perfeitamente o destino reservado aos súditos leais do rei da Inglaterra: exílio ou morte.
Além disso, Claire surge com uma nota de jornal de 1776 que relata a morte dos dois num incêndio. Pela primeira vez, Jamie espera que ela esteja errada sobre o futuro.
Em meio às tensões, é chegado o momento de fazer uma escolha difícil, porém inadiável. À medida que se formam as linhas de combate e lealdades são testadas, Jamie e Claire sentirão na pele que absolutamente ninguém está seguro nesse novo país.


Na Cordilheira dos Frasers agora há um clima pesado. Na realidade não só na Carolina do Norte como em diversos outros Estados, a guerra da Regulação está fazendo com que muitas pessoas queiram criar seu próprio grupo de comitê de segurança para fazer justiça e assim muitas casas estão sendo incendiadas e os proprietários mortos, pois eles simplesmente apoiam o lado errado da regulação.

"Mesmo assim, mantive minha respiração curta; o cheiro de queimado deixava o ar amargoso. Filetes de vapor subiam de vez em quando da ruína carbonizada do pequeno chalé. Com o canto do olho, vi Roger chutar um pequeno pedaço de lenha ali perto, em seguida se curvar e recolher algo do chão embaixo dele." Pág. 13

Enquanto isso Roger segue ajudando as pessoas como se fosse um religioso presbiteriano, já que a família Fraser é católica e muitos dos escoceses não aderem a este pensamento. Assim Roger resolve se tornar pastor para poder pregar para os que estão chegando na Cordilheira e assim poder dar alívio àquelas novas almas.

Todas as cidades estão em polvorosa. Muitos estão sendo sequestrados e enviados de volta à Inglaterra. Outros estão sendo saqueados. Jamie sabe que logo vai começar a revolta entre os patriotas e os legalistas e ele vai precisar escolher o lado certo, que conforme diz Claire, Roger e Brianna, que conhecem a história, a América se tornará independente.


"Quem eram aqueles homens? Quão perigosos seriam? O que estariam dispostos a fazer? O sol estava se pondo... Quanto tempo demoraria para alguém dar por falta de mim ou de Marsali e vir nos procurar? Seria Fergus ou Jamie? Até Jamie se viesse sozinho..." Pág. 251

Em River Run, Jocasta, a tia de Jamie, está reunindo diversos legalistas para que possam compartilhar do mesmo ideal. Mas onde o ouro que Hector Cameron escondeu a sua parte está correndo perigo, já que algumas pessoas também estão procurando o tesouro.

Quando Jaime é acusado injustamente de ter cometido um crime e Claire é dada como assassina, ela é levada à prisão em um período em que não há ninguém para um julgamento decente. E ao mesmo tempo muita gente se vira contra o casal em busca de vingança. É neste momento que somente as pessoas que sempre estiveram unidos mostrarão a verdadeira aliança.

E em meio a confissões, pessoas resolvendo de qual lado vão ficar e por que país irão lutar, nasce uma criança que coloca à prova a real necessidade de se voltar ao futuro para que ela sobreviva. E a este ponto todos os anos em família terão que sobreviver mais uma vez a uma separação cruel.

Impossível falar muita coisa sobre este sexto volume sem entregar toda a história. Claro que tudo está bastante avançado e qualquer detalhe para quem ainda não leu nenhum volume, ou quem ainda está no começo da saga, vai entender muito mais, porém somente pude contar o básico deste livro que foi cheio de uma base da história britânica e americana.


" Não é com o governo que estou preocupado, Sassenach. É com o pessoal aqui perto. Não foi o governo que enforcou os O'Brians e incendiou a casa deles, foi? Nem Richard Brown, nem os índios. Aquilo não foi feito por causa de lei ou de lucro; aquilo foi feito por ódio, e muito provavelmente por alguém que os conhecia." Pág. 555

Este livro é bastante extenso. São 1168 páginas que vão contar sobre os personagens que vivem na Cordilheira dos Frasers, seu estilo de vida, sua cultura, seus costumes. Claro que Diana tem aquela mente meio diabólica que não deixa escapar aqueles momentos de tensão e colocam os perigos e a ação s todo o vapor. Já de início o coração vai ser estraçalhado com a violência que a guerra da Regulação, onde casas e pessoas eram mortas. Porém Diana sabe como levar os detalhes diretamente ao leitor, fazendo com que eu me sentisse ao lado, vendo tudo de perto.

E ela não mede esforços. Não tem pena de nenhum personagem e isto logo fica claro. Ela não vai poupar ninguém. Eu sou bastante apegada em diversos personagens, só que o que parece de início aos poucos vai mudando e o que pensei que Diana estava usando para dar alguma ação na cena na verdade no final tinha toda uma coerência que me deixou boquiaberta.

Isso faz com que ninguém pareça confiável ou até mesmo leal. E aí pensei que em um momento em que a guerra para a Independência dos EUA está para começar devia ser assim mesmo, todo mundo duvidando do próprio vizinho.

"Massachusets, onde a maior parte da baderna havia ocorrido, estava agora ocupada por um tal general Gage, e a última notícia que recebêramos era que ele havia fortificado o Boston Neck, a estreita faixa de terra que unia a cidade ao continente - o que significava que Boston estava agora apartada do restante da colônia, além de sitiada." Pág. 793

Tenho que dar os parabéns para os fatos históricos. Eu sou daquele tipo de leitora que pesquisa os locais nos mapas para saber onde cada cidade fica, que pesquisa um pouco mais sobre os fatos para entender melhor sobre o que estou lendo, mas no caso de Outlander, a Diana consegue escrever muito bem sobre o que está acontecendo sem deixar a história chata e fico com aquela sensação de estar me enchendo de conhecimento.

 


E se você pensa que o tamanho do livro assusta, tire esta ideia da mente. Claro que é necessário ler os outros livros para entender tudo. Mas eu indico de olhos fechados. É um passeio pela história de diversos países.

Muitas coisas que estavam pendentes do livro anterior vão ser finalizadas nesta obra. E eu agradeci pois já estava com uma raiva de alguns personagens que queria achar uma pedra e ir para aquele tempo tentar resolver por conta própria. Sei que é loucura, mas Diana tem o dom de fazer uns personagens cruéis. Como esquecer o capitão Randall, por exemplo?

E o final do livro vai trazer mais uma surpresa de dor o coração. Então você pode esperar uma história com um início de ação, depois um pouco mais calmo e mais um final com muita ação e tristeza. Mas Outlander é assim mesmo. É por isso que engaja tantas fãs, por mostrar como o amor, a família e a amizade são tão importantes em meio ao caos.




Já faz um certo tempo que quando um filme de terror faz sucesso logo em seguida vem as continuações dos filmes e também outros filmes que se derivam dos personagens.

Assim começou A Invocação do Mal, com o casal de demonologistas que criou uma série de outros filmes que veio com A Invocação do Mal II, depois criou o Annabelle, o Annabelle II e agora traz A Freira, todos personagens que aparecem nos filmes anteriores, mas que logicamente precisam ter suas vidas contadas de alguma forma e acabam todos os filmes interligados.

Annabelle se tornou um sucesso tão grande e um personagem tão assustador que já está indo para o terceiro filme e se continuar construindo a fama não deve parar por aí.

E então eu decidi ir assistir A Freira para ver se a saga continuaria com a bela construção de seus personagens.


Presa em um convento na Romênia, uma freira comete suicídio. Para investigar o caso, o Vaticano envia um padre assombrado e uma noviça prestes a se tornar freira. Arriscando suas vidas, a fé e até suas almas, os dois descobrem um segredo profano e se confrontam com uma força do mal que toma a forma de uma freira demoníaca e transforma o convento em um campo de batalha.


O início do filme mostra duas freiras abrindo uma porta e buscando algo e de fato se deparando com esta tal freira diabólica, que tem como nome Valak. Então para dar início à trama, uma das freiras acaba cometendo suicídio, fazendo assim com que o Vaticano envie um padre com conhecimento em eventos sobrenaturais até esta abadia que está há muitos anos sem receber ninguém e com freiras enclausuradas, junto com uma noviça que ainda não fez seus votos. 

Também há o personagem de French, um rapaz que leva os mantimentos semanais para as freiras, porém nunca as encontra e é quem vai ajudar os outros personagens a chegar até ao local e explicar um pouco da história e da maldição que a população acredita existir naquele lugar remoto.


Dá para dizer que os primeiros minutos do filme são muito impostantes para compreender a história em um todo, já que são mostrados todos os aspectos da abadia e a vida dos personagens. O cenário por ser um filme de terror, vai ter aquela visão escura e logicamente não há luz elétrica no local, o que leva a mais cenas escurar o tempo todo.

Um dos pontos estranhos é que eles usam bastante piadas na história, quebrando um pouco do quesito terror do filme e também daquela sensação de estar o tempo todo esperando por alguma aparição ou um susto básico.

Por conhecer a freira de outros filmes eu imaginava que ia ser alguma outra coisa em relação ao que poderia acontecer na trama. A história sobre o que acontece ou como ela surgiu é totalmente convincente, mas como ela foi utilizada no filme acho que criou um pouco de fantasia demais. É como se pegassem um cenário macabro e colocassem um personagem assustador ali e tentassem ficar dando sustos no espectador e assim acreditassem que o filme se tornasse bom.


Se for analisar o filme como um simples filme de terror com uma história decente até pode-se considerar assim, mas se for comprar com os outros filmes da saga então A Freira acaba decepcionando. São sustos clichês, com cenas iguais o tempo todo. Personagens que correm para lá e para cá para fugir e enrolar os minutos do filme, sendo que A Freira em si é um ser do mal que às vezes dá para entender que parece algo bobinho.

O que dá para dizer que foi um ponto positivo é a atuação de noviça, a Irene, que já fez a primeira e a terceira temporada do seriado American Horror History e deixa o drama um pouco melhor. 
Outro fator que consigo dar os parabéns é o final. Nunca, jamais imaginaria que eles iam conseguir ligar os fatos da forma que eles fizeram. É quando eu olhei para os lados e fiquei de boca aberta por darem um fechamento tão triunfal. Nesta parte foi um triunfo.





Não espero que o filme tenha continuação. Mas espero que a saga venha com outras histórias mais concretas e que liguem mais os personagens e que eles apareçam em outros filmes também.



Chegando Outubro e a Editora Arqueiro vem bombando com as novidades. Mais uma vez aparece o tio Nick, Nicholas Sparks que já estava me deixando com saudades. 

Também tem mais uma obra de Eloisa James com a continuação das obras baseadas nos contos de fadas e melhor do que nunca a minha querida autora Kristin Hannah.

Dá só uma olhada o que vem por aí:




A TORRE DO AMOR
Eloisa James

Quando Gowan, o magnífico duque de Kinross, decide se casar, seu plano é escolher uma jovem adequada e negociar o noivado com o pai dela. Ao conhecer Edie no baile de apresentação dela à sociedade, ele acredita que, além de linda, ela também seja a dama serena que ele procura e imediatamente pede sua mão.Na verdade, o temperamento de Edie é o oposto da serenidade. No baile, ela estava com uma febre tão alta que mal falou e não conseguiu prestar atenção em nada, nem mesmo no famoso duque de Kinross. Ao saber que seu pai aceitou o pedido do duque, ela entra em pânico. E quando a noite de núpcias não é tudo o que podia ser...Mas a incapacidade de Edie de continuar escondendo seus sentimentos faz com que o casamento deles se desintegre e com que ela se recolha à torre do castelo, trancando Gowan do lado de fora.Agora o poderoso duque está diante do maior desafio de sua vida. Nem a ordem nem a razão funcionam com sua geniosa esposa. Como ele conseguirá convencê-la a lhe entregar as chaves não só da torre, mas também do próprio coração?

A GRANDE SOLIDÃO
Kristin Hannah

Alasca, 1974.Imprevisível. Implacável. Indomável.Para uma família em crise, o último teste de sobrevivência.Atormentado desde que voltou da Guerra do Vietnã, Ernt Allbright decide se mudar com a família para um local isolado no Alasca.Sua esposa, Cora, é capaz de fazer qualquer coisa pelo homem que ama, inclusive segui-lo até o desconhecido. A filha de 13 anos, Leni, também quer acreditar que a nova terra trará um futuro melhor.Num primeiro momento, o Alasca parece ser a resposta para tudo. Ali, os longos dias ensolarados e a generosidade dos habitantes locais compensam o despreparo dos Allbrights e os recursos cada vez mais escassos.Porém, o Alasca não transforma as pessoas, ele apenas revela sua essência. E Ernt precisa enfrentar a escuridão de sua alma, ainda mais sombria que o inverno rigoroso. Em sua pequena cabana coberta de neve, com noites que duram 18 horas, Leni e a mãe percebem a terrível verdade: as ameaças do lado de fora são muito menos assustadoras que o perigo dentro de casa.A grande solidão é um retrato da fragilidade e da resistência humana. Uma bela e tocante história sobre amor e perda, sobre o instinto de sobrevivência e o aspecto selvagem que habita tanto o homem quanto a natureza.

A PRINCESA DAS CINZAS
Laura Sebastian

A jovem Theodosia tem seu destino alterado para sempre depois que seu país é invadido e sua mãe, a Rainha do Fogo, assassinada. Aos 6 anos, a princesa de Astrea perde tudo, inclusive o próprio nome, e passa a ser conhecida como Princesa das Cinzas.A coroa de cinzas que o kaiser que governa seu povo a obriga a usar torna-se um cruel lembrete de que seu reino será sempre uma sombra daquilo que foi um dia. Para sobreviver a essa nova realidade, sua única opção é enterrar fundo sua antiga identidade e seus sentimentos.Agora, aos 16 anos, Theo vive como prisioneira, sofrendo abusos e humilhações. Até que um dia é forçada pelo kaiser a fazer o impensável. Com sangue nas mãos, sem pátria e sem ter a quem recorrer, ela percebe que apenas sobreviver não é mais suficiente.Mas a princesa tem uma arma: sua mente é mais afiada que qualquer espada. E o poder nem sempre é conquistado no campo de batalha.

VOX
Christina Dalcher

O governo decreta que as mulheres só podem falar 100 palavras por dia. A Dra. Jean McClellan está em negação. Ela não acredita que isso esteja acontecendo de verdade.Esse é só o começo...Em pouco tempo, as mulheres também são impedidas de trabalhar e os professores não ensinam mais as meninas a ler e escrever. Antes, cada pessoa falava em média 16 mil palavras por dia, mas agora as mulheres só têm 100 palavras para se fazer ouvir....mas não é o fim.Lutando por si mesma, sua filha e todas as mulheres silenciadas, Jean vai reivindicar sua voz.

ALMAS GÊMEAS
Nicholas Sparks

Hope Anderson está numa encruzilhada. Aos 36 anos, ela namora o mesmo homem há seis, sem perspectiva de casamento. Quando seu pai é diagnosticado com ELA, Hope resolve passar uma semana na casa de praia da família, na Carolina do Norte, para pensar nas difíceis decisões que precisa tomar em relação ao próprio futuro.Tru Walls nasceu numa família rica no Zimbábue. Nunca esteve nos Estados Unidos, até receber uma carta de um homem que diz ser seu pai biológico, convidando-o a encontrá-lo numa casa de praia na Carolina do Norte. Intrigado ele aceita e faz a viagem.Quando os dois estranhos se cruzam na praia, nasce entre eles uma ligação eletrizante e imediata. Nos dias que se seguem, os sentimentos que desenvolvem um pelo outro os obrigam a fazer escolhas que colocam à prova suas lealdades e reais chances de felicidade.

OUTLANDER - A CRUZ DE FOGO - REEDIÇÃO
LIVRO CINCO - VOLUME ÚNICO
Daiana Gabaldon
O ano é 1771. Na Carolina do Norte, conserva-se a duras penas um frágil equilíbrio entre a aristocracia colonial e os esforçados pioneiros. E entre esses dois lados prestes a entrar em conflito está Jamie Fraser, um homem de honra exilado de sua amada Escócia. Convocado a liderar uma milícia para conter as insurgências, ele sabe que quebrar o juramento que fez à Coroa inglesa o tornará um traidor, mas mantê-lo será a certeza de sua ruína. A guerra se aproxima, garantiu-lhe sua esposa, Claire Randall. E, mesmo não querendo acreditar nesse triste futuro, Jamie Fraser está ciente de que não pode ignorar o conhecimento que só uma viajante do tempo poderia ter. Afinal, a visão única de Claire já os colocou em risco, mas também lhes trouxe salvação.A cruz de fogo é uma envolvente história sobre o empenho de Jamie em proteger sua família, construir uma comunidade e manter suas terras às vésperas de um conflito histórico. Nesses esforços, ele é ajudado por sua mulher, sua filha Brianna e seu genro Roger MacKenzie, que nasceram no século XX e agora tentam se adaptar à tortuosa vida do século XVIII.
Para quem anda reclamando que não consegue as capas originais de Outlander, corre para comprar esta nova edição em volume único antes que acabe e já se prepara porque a quarta temporada está quase pronta para vir ao ar!
Se você quer saber mais pode ir até o site da Arqueiro e conhecer mais outros livros que já estão prontos para publicação, inclusive o da linda Lucinda Riley com a continuação da saga As Sete Irmãs.




Autor: Neal Shusterman
Título Original: Challenger Deep
Páginas: 272
Ano: 2018
Editora: Valentina


CADEN BOSCH está a bordo de um navio que ruma ao ponto mais remoto da Terra: Challenger Deep, uma depressão marinha situada a sudoeste da Fossa das Marianas.
CADEN BOSCH é um aluno brilhante do ensino médio, cujos amigos estão começando a notar seu comportamento estranho.
CADEN BOSCH é designado o artista de plantão do navio, para documentar a viagem com desenhos.
CADEN BOSCH finge entrar para a equipe de corrida da escola, mas na verdade passa os dias caminhando quilômetros, absorto em pensamentos.
CADEN BOSCH está dividido entre sua lealdade ao capitão e a tentação de se amotinar.
CADEN BOSCH está dilacerado.

Caden é um garoto de quinze anos de idade que está adentrando no ensino médio. Como muitos garotos da idade dele, o ensino médio é considerado um campo minado onde vários tipos de grupos se encontram e um monstro gigante parece que vai engolir todo mundo. 

Caden apesar de não ser o mais popular é uma pessoa calma que tem amigos que gostam dele. E é com estes amigos, Shelby e Max, que passa o maior tempo. Também é com eles que está tentando construir um tipo de jogo de vídeo game onde ele é o responsável por desenhar os personagens, já que o seu talento para isto é grande.

"E você conhece  a escuridão além do desespero tão intimamente quanto as alturas vertiginosas. Porque neste e em todos os outros universos existe um equilíbrio. Você não pode ter um sem enfrentar o outro. E, ás vezes, pensa que é capaz de suportar isso porque o êxtase vale o desespero, mas outras vezes sabe que não, como pôde pensar o contrário?" Pág. 104

Caden tem uma irmã mais nova que o adora e ele adora protege-la. Desenha os melhores golfinhos no quarto dela e gosta que ela fique sempre por perto. Seus pais são muito compreensivos e pode-se dizer que é uma família cheia de um amor condicional.

Mas algo anda acontecendo de estranho com Caden. Do nada uma ansiedade começou a tomar conta de seus pensamentos. Ele começa a perceber que alguns meninos de seu colégio estão armando contra ele, que estão planejando querer mata-lo. Que coisas terríveis vão acontecer se ele não fizer alguma coisa. Que ele não pode ficar parado no mesmo lugar. Que ele precisa colocar no papel todos os seus pensamentos. Ele já não dorme mais. Tem pensamentos onde objetos o perseguem, criam vida.






"Agora, imagina viver assim o tempo todo, sem nunca saber ao certo quando vai estar aqui, lá ou em alguma zona intermediária. Se a única medida da realidade que se tem é a própria mente... o que acontece quando ela se torna uma mentirosa patológica?" Pág. 144







O problema é que seus pais não acreditam nele. A fome nem vem mais, ele precisa caminhar o tempo todo até seus pés criar bolhas. Seus amigos já não aparecem mais. Será que ninguém consegue compreender que algo está sendo armado?

E é então que o navio aparece. Que o capitão aparece. Que o papagaio surge junto com a cozinha branca. Caden sabia que alguma coisa estava para começar e ele tinha uma missão pela frente. Só não imaginava que ele teria que chegar em um lugar tão profundo e que encontraria pessoas, marujos, mapas e conselheiros. Mas ele tinha certeza.

Agora precisa encarar as consequências e saber de que lado deve ficar para não ser engolido pela sua descoberta.

Não sei se terei palavras exatas para traduzir sabiamente esta obra. Tenho este autor como um dos melhores na escrita de ficção, já que ele escreveu a saga Fragmentados e O Ceifador. Então por questão de experiência pessoal resolveu reproduzir nesta obra o que passou com sua família.

O leitor pode achar um pouco complicado o início da leitura, pois existe o fator de ter duas histórias sendo contadas ao mesmo tempo, mesmo que seja baseada no mesmo personagem. O primeiro capítulo vai mostrando a vida norma de Caden e toda a sua trajetória e depois o segundo conta a experiência no navio e tudo o que ele vai descobrindo. É entre esses capítulos que vai sendo descoberta toda a história e entendendo tudo o que acontece. 

"Ainda assim, se você precisar ficar a um triz de perder a vida só para gritar por socorro, há alguma coisa errada. Ou você não estava gritando alto o bastante, ou as pessoas na sua vida são cegas, surdas e mudas. O que me leva a pensar que não é só um grito de socorro - é mais um grito para ser levado à sério." Pág. 225

A história tem um pouco de fantasia no quesito fantasia e o outro lado como se fosse uma ficção normal. O lado normal da vida de Caden mostra como ele foi mudando e descobrindo todas as diferenças que acontecem em sua mente e como as coisas ficam estranhas. Já pelo lado do navio há as pessoas com as quais ele convive e com as atitudes que ele precisa tomar.

O surpreendente é que tudo está interligado. É necessário ter muita atenção em cada personagem e em cada local que Caden explica já que mais adiante vai ter uma descrição sobre tudo. E o melhor de tudo é que existe uma lógica tão grande e tão espetacular que o livro para mim se tornou um dos melhores.

 


É como se este livro devesse ser lido por todo mundo para que houvesse a compreensão de como a mente humana funciona, de como as coisas podem mudar da noite para o dia. É aquele tipo de livro que foca na parte da psicologia, para quem quer entender um pouco mais sobre as doenças mentais, de como elas surgem e como podem se desenvolver.

O mais legal de tudo é que como o autor passou por esta experiência e eu, como leitora também passei e ainda passo, posso afirmar que ele utiliza fatos verídicos para mapear os acontecimentos. É realmente da forma como ele descreve, como ele foca no início, no meio e no fim e não dá nenhum tipo de milagre.

É um livro que ensina mesmo que demonstre a dor. Mas indico a leitura de olhos fechados e de coração aberto. Mais uma ótima aposta certeira do autor, que sabe envolver o leitor seja em histórias de fantasia, seja em histórias baseadas em fatos reais.



Nem acredito que está chegando a continuação que eu aguardava com tanta expectativa. Na verdade era uma das que eu aguardava pela Seguinte já que li com tanta vontade o primeiro livro da saga.



Para quem não recorda, O Beijo Traiçoeiro foi o primeiro livro lançado onde mostra a aventureira Sage, uma garota que é levada para ser casada, mas que com seu jeito todo nada casual de ser acaba sendo escolhida para ajudar a achar rapazes para se casarem com outras garotas.

O legal da trama é que ela se passa em um mundo fictício e os personagens são cheios de personalidade. Como o primeiro livro termina de uma forma que deixava um mega espaço para mais histórias, a editora Seguinte traz a continuação agora.

Para quem não leu nada sobre O Beijo Traiçoeiro, pode ler a resenha aqui.


A MISSÃO TRAIÇOEIRA
Lançamento: 13/09/2018

Depois de se provar uma espiã habilidosa e uma casamenteira estrategista, Sage Fowler passou a ocupar uma posição confortável na alta sociedade, dando aulas para as princesas do reino de Demora. Quando surge a oportunidade de participar de uma nova missão secreta, porém, Sage quer aproveitar a chance para servir ao seu reino mais uma vez — e ficar mais próxima de seu noivo, o capitão Alexander Quinn.
Alex não fica nada feliz com a ideia, já que está determinado a proteger a namorada de qualquer perigo. A insistência de Sage em fazer parte da missão faz com que eles se desentendam cada vez mais e, quando um conflito com um reino vizinho resulta em uma tragédia, os dois acabam separados. Para completar a missão de Alex — e a sua própria —, Sage precisará contar com a ajuda de aliados inesperados para sobreviver em um território inimigo e salvar o reino de Demora mais uma vez.


Já estou colocando na minha lista de prioridades de leitura e de títulos a adquirir para saber o que foi que aconteceu com Sage e com o exército em questão. Sei que vai ter mais aventuras vindo por aí!

Logo trago mais novidades!




Chegando mais uma seção de mini resenha para quem gosta de saber novidades de histórias para baixar na Amazon. 
Desta vez são dois contos de terror, já que tenho lido bastante do gênero nos últimos dias.



O INFERNO DE VIRGINIA WASHINGTON
Vivianne Sophie
Páginas: 62

Virginia Washington vive o seu próprio inferno toda vez que se permite sonhar. Imersa em medicamentos para o sono, ela mal imagina que uma antiga maldição, recaíra logo sobre a sua vida. Quando em uma tarde chuvosa, uma aparição estranha resolve reclama-la para si, Virginia precisará descobrir o passado da mansão onde vive e tentar encontrar dentro de si mesma, a fé que a motiva a viver e a coragem para encontrar no passado, as respostas para os fatos recentes.
Terror, romance e uma pequena dose de drama, é o que você encontrará neste conto. Prepare-se para a batalha entre o bem e o mal.

Virginia Washington mora em uma mansão com sua tia, que por sua vez mantém aquela casa através de um conjunto de mulheres que trabalham como mulheres da vida. A verdade é que morar em uma cidade tão pequena é como morar em um lugar onde todos conhecem a sua vida.

Desde sempre a grande história é de que aquela mansão é amaldiçoada já que no passado parentes seus morreram ali dentro, inclusive um famoso padre, que apareceu morto. Dado a esta visão todos acreditam que ela também carregue um fardo consigo, algum tipo de maldição.

“ – A casa não é o problema, eu sou – falei com a voz um pouco mais firme e observei a paisagem mudar, à medida que avançávamos pelos prédios da cidade, rumo ao colégio.”

E é basicamente isto que acontece quando ela começa a ver um homem vestido de preto, de chapéu a persegui-la quando sai de casa. Uma sombra estranha que a persegue em diversos locais e que começa a perturbar até mesmo seus sonhos. Mesmo que seu melhor amigo esteja sempre ao seu lado, coisas estranhas começam a acontecer e é quando o mal realmente surge que Virginia vai precisar dar um jeito para não ser sugada para a morte.

Eu gostei deste conto no início, mostrando o cenário de uma cidade pequena e contando sobre a vida de Virgínia. A introdução é bastante coerente sobre a vida de um padre que acaba sendo morto pelo mal. 

Parece que na verdade toda aquela família nada mais é do que assombrada pelo mal, mas o legal é que a autora vai colocando algumas reviravoltas interessantes na trama. Gosto quando a história se torna cheia de ligações diferentes e até então era isto que acontecia, mas de repente tudo começou a se tornar meio que um clichê e então o que era uma história de terror se tornou bastante previsível.

Mesmo assim a escrita é convincente e o final mesmo sendo imaginável, deixa uma fachada para uma continuação. 



A CAPELA
Jhefferson Passos
Páginas: 105

Um passeio entre amigos tem um destino inusitado e apavorante. Lidia, Brad e Lucas se vão. Agora é a vez de Anna e Marcelo provarem o gosto peculiar do medo.
Um ser maligno e cheio de mistério anseia pela morte do casal e não dará sossego enquanto não acabar com os dois. Um mal que eles não conseguem ver, mas está presente, que sabe de todos os segredos, até os inconfessáveis!
O isolamento em uma tenebrosa capela abandonada em um canavial dá passagem para o Mal, revelando os piores segredos, conflitos e angústias que Anna e Marcelo podem carregar.
“A Capela” é um convite perfeito para o leitor que gosta de uma narrativa intensa, cheia de adrenalina, influenciando a vivência em uma história surreal.

Pegue seu terço, abra a bíblia e repita: "Em nome do Mal, Amém!"
Faça o sinal da cruz invertida...

Um grupo de cinco amigos resolveu fazer uma viagem. Até aí está tudo normal caso não parassem no meio da estrada com um problema no carro e em meio a uma estrada e um canavial. Isto é o que parecia de início.

Quando Anna se recorda do fato, dentro de uma capela abandonada há muitos anos, está ao lado de seu amigo Marcelo, tentando recordar o que se sucedeu ao longo dos dias, já que estão presos dentro daquele lugar, famintos e desesperados. Não podem pensar em sair, já que Aquilo lá fora já levou os outros três amigos.

Anna só pensa em rezar, no terço que sua mãe deu a ela, mesmo após a sua morte. Marcelo sabe que precisa ficar lúcido, com a fome e a sede sem fim. O barulho no canavial vem e vai. Há alguma coisa lá fora, algo muito forte e que parece a voz de várias pessoas mortas, mas Anna não se arrisca em sair, não pode pensar em morrer, não agora.

“Você quer vendar os olhos e sair daqui, onde estamos protegidos, e ainda correr às cegas pelo canavial?

Mas quando lembranças começam a surgir e pensamentos a enlouquecer os dois lá dentro, alguma coisa precisa ser feita para que eles consigam sair com vida, se é que existe realmente alguma possibilidade.

A Capela é uma história que se baseia no terror altamente psicológico. O autor usa de vários atrativos para colocar o leitor dentro de um espaço onde o medo vai ser o único sentimento imposto na trama. 
De início temos Anna e Marcelo dentro de uma capela e aos poucos toda a história vai se desenvolvendo, contando o que realmente aconteceu e mostrando todo o medo ao redor do que eles foram fazer ali. No começo achava que seria somente algo acerca daquela capela e o que mais me surpreendeu é a capacidade do autor de fazer os personagens surtarem, já que o psicológico é tão sensível, misturado à fome e à exaustão.

Mas ao passar das páginas vamos conhecendo mais sobre cada personagem e o que parece ser somente algo simples se torna tão grandioso que o final acaba sendo uma surpresa para o leitor, que nem sequer imaginava aquilo. Uma estratégia bem criada e mesmo assim usufruída tanto para mostrar o lado do mal quanto para mostrar o que o terror pode causar quando não estamos olhando o lado certo da história.


Ultimamente tem saído alguns filmes com uma pegada de gênero mais terror no estilo de levais o espectador a ficar focado no psicológico e não naqueles estilos que possuem fantasmas ou demônios, não que estes também não estejam pipocando o tempo todo nos cinemas.

Um Lugar Silencioso foi um lançamento que eu estava bastante curiosa para assistir e fui esperando e esperando e vendo muita gente elogiando ele e até lendo as notícias de que haveria continuação, mas não com o mesmo elenco e sim com outras pessoas em outros lugares do mundo, aquela mania dos produtores de fazer continuação de filmes quando veem que um filme deu rentabilidade e muitas vezes acabam estragando a história.

Enfim consegui parar para ver e tirar as minhas próprias conclusões a respeito de tudo o que aconteceu.

Em uma fazenda dos Estados Unidos, uma família do meio-oeste é perseguida por uma entidade fantasmagórica assustadora. Para se protegerem, eles devem permanecer em silêncio absoluto, a qualquer custo, pois o perigo é ativado pela percepção do som.
Um Lugar Silencioso por si só já mostra que é necessário ter paciência para quem gosta de barulho ou ação. O filme é praticamente passado todo em um silêncio cruel, já que a questão é que aconteceu algo que começou a dizimar toda a população e que parece que o som é o problema e qualquer barulho produzido traz a morte. 


Gostei muito do cenário escolhido: o interior de uma cidade pequena. É ali onde uma família com um casal e mais três crianças dão início ao filme, mostrando uma busca em um mercado por remédios e mantimentos e como eles estão há mais de oitenta dias sobrevivendo em absoluto silêncio. Já nos primeiros minutos acontece uma cena tão impactante que fiquei marcada só por aquilo ter acontecido e acredito que isto seja o charme do filme em si.

Automaticamente o filme pula para a história após passados cerca de mais de 470 dias e como está a família, como eles formaram toda uma segurança, como criaram um círculo de proteção e como vivem na angústia e no medo.


Como falei o cenário é bem no meio de montanhas e de milharais, o que fornece ainda mais o cenário do medo. No trailer podemos ver que qualquer barulho causa o maior medo e chama estes seres para perto e que os personagens já tem algum tipo de conhecimento e estão em busca de soluções.

A personagem da mãe está grávida e eles preparam todo um ritual para aguardar o momento da chegada da criança, já que se pode esperar que vá ter um efeito de barulho e este é o ponto que cria uma tensão no espectador. O legal do filme é que tem aquela questão de uma família unida em que o pai faz de tudo para proteger os filhos e tenta também ensinar como sobreviver.


Em matéria de medo o filme trabalha isso bastante mas é preciso ter paciência. O filme trata mais a relação de amor e família em si ao invés de ficar mostrando o que causou a epidemia ou de onde surgiram os seres.

Da metade para o final começa a acontecer mais cenas de ação, mas mesmo assim eu fiquei esperando um pouco mais para saber sobre a existência daquelas criaturas. Para quem já leu o livro Caixa de Pássaros ou viu Stranger Things, vai achar bastante parecido com o filme.

O final dá uma explicação bem plausível para tudo e não fica sendo uma coisa incoerente. Também deixa uma sensação de compaixão com tudo o que acontece. Lógico que eu não ia querer estar na pele dos personagens e muito menos ia aguentar viver daquela forma, mas não foi um filme que chegaria a favoritar.



UM LUGAR SILENCIOSO
LANÇAMENTO: 2018
DURAÇÃO: 1H 30M

Só não entendo o motivo de terem divulgado uma continuação já que fica bem explicado o final e também como conseguem de alguma forma reverter a situação contra a criatura. Mas como digo espero que encontrem uma forma de não estragar o filme original esperando uma lucratividade.
 
Espero que esta continuação então conte como tudo foi iniciado e assim parta para um início antes deste filme.