Autor: Diana Gabaldon
Título Original: A Breath of Snow and Ashes
Páginas: 1168
Ano: 2018
Editora: Arqueiro


Uma história sobre escolhas difíceis.
América, 1772. Poucos anos antes da guerra de independência, o caos reina na colônia. Cadáveres espalham-se pelas ruas, vizinhos lutam entre si e grupos de salteadores aterrorizam a população por toda parte. Na Carolina do Norte, o incêndio de uma cabana e o assassinato de uma família inteira anunciam mudanças perturbadoras no cotidiano dos habitantes da Cordilheira dos Frasers.
Nesse cenário, Jamie Fraser recebe uma mensagem do governador Josiah Martin. Ele pede sua ajuda para conter os rebeldes e manter o domínio da Coroa britânica sobre as terras americanas. Mas Jamie já sabe o que está por vir. Sua esposa Claire, uma viajante no tempo nascida no século XX, conhece perfeitamente o destino reservado aos súditos leais do rei da Inglaterra: exílio ou morte.
Além disso, Claire surge com uma nota de jornal de 1776 que relata a morte dos dois num incêndio. Pela primeira vez, Jamie espera que ela esteja errada sobre o futuro.
Em meio às tensões, é chegado o momento de fazer uma escolha difícil, porém inadiável. À medida que se formam as linhas de combate e lealdades são testadas, Jamie e Claire sentirão na pele que absolutamente ninguém está seguro nesse novo país.


Na Cordilheira dos Frasers agora há um clima pesado. Na realidade não só na Carolina do Norte como em diversos outros Estados, a guerra da Regulação está fazendo com que muitas pessoas queiram criar seu próprio grupo de comitê de segurança para fazer justiça e assim muitas casas estão sendo incendiadas e os proprietários mortos, pois eles simplesmente apoiam o lado errado da regulação.

"Mesmo assim, mantive minha respiração curta; o cheiro de queimado deixava o ar amargoso. Filetes de vapor subiam de vez em quando da ruína carbonizada do pequeno chalé. Com o canto do olho, vi Roger chutar um pequeno pedaço de lenha ali perto, em seguida se curvar e recolher algo do chão embaixo dele." Pág. 13

Enquanto isso Roger segue ajudando as pessoas como se fosse um religioso presbiteriano, já que a família Fraser é católica e muitos dos escoceses não aderem a este pensamento. Assim Roger resolve se tornar pastor para poder pregar para os que estão chegando na Cordilheira e assim poder dar alívio àquelas novas almas.

Todas as cidades estão em polvorosa. Muitos estão sendo sequestrados e enviados de volta à Inglaterra. Outros estão sendo saqueados. Jamie sabe que logo vai começar a revolta entre os patriotas e os legalistas e ele vai precisar escolher o lado certo, que conforme diz Claire, Roger e Brianna, que conhecem a história, a América se tornará independente.


"Quem eram aqueles homens? Quão perigosos seriam? O que estariam dispostos a fazer? O sol estava se pondo... Quanto tempo demoraria para alguém dar por falta de mim ou de Marsali e vir nos procurar? Seria Fergus ou Jamie? Até Jamie se viesse sozinho..." Pág. 251

Em River Run, Jocasta, a tia de Jamie, está reunindo diversos legalistas para que possam compartilhar do mesmo ideal. Mas onde o ouro que Hector Cameron escondeu a sua parte está correndo perigo, já que algumas pessoas também estão procurando o tesouro.

Quando Jaime é acusado injustamente de ter cometido um crime e Claire é dada como assassina, ela é levada à prisão em um período em que não há ninguém para um julgamento decente. E ao mesmo tempo muita gente se vira contra o casal em busca de vingança. É neste momento que somente as pessoas que sempre estiveram unidos mostrarão a verdadeira aliança.

E em meio a confissões, pessoas resolvendo de qual lado vão ficar e por que país irão lutar, nasce uma criança que coloca à prova a real necessidade de se voltar ao futuro para que ela sobreviva. E a este ponto todos os anos em família terão que sobreviver mais uma vez a uma separação cruel.

Impossível falar muita coisa sobre este sexto volume sem entregar toda a história. Claro que tudo está bastante avançado e qualquer detalhe para quem ainda não leu nenhum volume, ou quem ainda está no começo da saga, vai entender muito mais, porém somente pude contar o básico deste livro que foi cheio de uma base da história britânica e americana.


" Não é com o governo que estou preocupado, Sassenach. É com o pessoal aqui perto. Não foi o governo que enforcou os O'Brians e incendiou a casa deles, foi? Nem Richard Brown, nem os índios. Aquilo não foi feito por causa de lei ou de lucro; aquilo foi feito por ódio, e muito provavelmente por alguém que os conhecia." Pág. 555

Este livro é bastante extenso. São 1168 páginas que vão contar sobre os personagens que vivem na Cordilheira dos Frasers, seu estilo de vida, sua cultura, seus costumes. Claro que Diana tem aquela mente meio diabólica que não deixa escapar aqueles momentos de tensão e colocam os perigos e a ação s todo o vapor. Já de início o coração vai ser estraçalhado com a violência que a guerra da Regulação, onde casas e pessoas eram mortas. Porém Diana sabe como levar os detalhes diretamente ao leitor, fazendo com que eu me sentisse ao lado, vendo tudo de perto.

E ela não mede esforços. Não tem pena de nenhum personagem e isto logo fica claro. Ela não vai poupar ninguém. Eu sou bastante apegada em diversos personagens, só que o que parece de início aos poucos vai mudando e o que pensei que Diana estava usando para dar alguma ação na cena na verdade no final tinha toda uma coerência que me deixou boquiaberta.

Isso faz com que ninguém pareça confiável ou até mesmo leal. E aí pensei que em um momento em que a guerra para a Independência dos EUA está para começar devia ser assim mesmo, todo mundo duvidando do próprio vizinho.

"Massachusets, onde a maior parte da baderna havia ocorrido, estava agora ocupada por um tal general Gage, e a última notícia que recebêramos era que ele havia fortificado o Boston Neck, a estreita faixa de terra que unia a cidade ao continente - o que significava que Boston estava agora apartada do restante da colônia, além de sitiada." Pág. 793

Tenho que dar os parabéns para os fatos históricos. Eu sou daquele tipo de leitora que pesquisa os locais nos mapas para saber onde cada cidade fica, que pesquisa um pouco mais sobre os fatos para entender melhor sobre o que estou lendo, mas no caso de Outlander, a Diana consegue escrever muito bem sobre o que está acontecendo sem deixar a história chata e fico com aquela sensação de estar me enchendo de conhecimento.

 


E se você pensa que o tamanho do livro assusta, tire esta ideia da mente. Claro que é necessário ler os outros livros para entender tudo. Mas eu indico de olhos fechados. É um passeio pela história de diversos países.

Muitas coisas que estavam pendentes do livro anterior vão ser finalizadas nesta obra. E eu agradeci pois já estava com uma raiva de alguns personagens que queria achar uma pedra e ir para aquele tempo tentar resolver por conta própria. Sei que é loucura, mas Diana tem o dom de fazer uns personagens cruéis. Como esquecer o capitão Randall, por exemplo?

E o final do livro vai trazer mais uma surpresa de dor o coração. Então você pode esperar uma história com um início de ação, depois um pouco mais calmo e mais um final com muita ação e tristeza. Mas Outlander é assim mesmo. É por isso que engaja tantas fãs, por mostrar como o amor, a família e a amizade são tão importantes em meio ao caos.




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