Estava passeando pelos filmes do Netflix e não achava nada que me chamasse alguma atenção ou então que eu estivesse interessada. Na verdade eu sou um pouco de entrar no site já imaginando o que vou assistir e ultimamente não assisto nada.

Depois de ter lido Eternidade por um Fio de Ken Follett e As Cores do Entardecer de Julie Kibler, descobri que mesmo sabendo um pouco da história da segregação racial, a verdade é muito mais do que eu temia. 
Como a gente não convive da forma como era antigamente e, ainda bem que isto acontece, os livros trazem uma forma mais forte da realidade e choca.

Quando me deparei com Histórias Cruzadas e vi sobre o que se tratava, não pensei duas vezes. Me preparei para adentrar no mundo de preconceitos do sul dos Estados Unidos e entender um pouco melhor como o medo, a diferença e também a coragem faziam parte do dia-a-dia.



SINOPSE:
Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. 
Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. 
Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte.
 Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo.
 Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.


Primeiro é necessário parabenizar o cenário do filme. Como o filme é narrado nos anos 60, todo o estilo, figurino e ambiente é impecável neste aspecto. Por se passar em uma pequena cidade do estado de Mississipi, o cenário é ainda mais exigente com grande plantações e casas gigantes dos ricos e as simples dos pobres. Nunca tinha visto em nenhum filme, ou ao menos prestado atenção, à questão em que havia a separação para os negros em todos os lugares. Eles não podiam usar os mesmos banheiros, os mesmos assentos em teatros, os mesmos ônibus, etc. E tudo isso é demonstrado no filme.


A ideia do filme é excelente. A partir do momento em que colocam uma socialite que deseja se tornar jornalista e para conseguir um grande emprego em uma revista de Nova York, ela precisa de uma grande história e para isto precisa também convencer as empregadas domésticas da cidade a relatarem suas vidas perante sua visão no trabalho nas casas das brancas. A verdade é que o sofrimento é bastante grande. Elas passam por diversos sofrimentos e não podem sequer reclamarem por nada para que não sejam punidas com a perda do emprego e com uma sociedade cruel.


Porém com o andar de diversos acontecimentos, a vida das domésticas vai mudando e elas começam a pensar se o melhor seria lutar para mostrar ao mundo a verdade sobre o preconceito em um momento em que os direitos civis são discutidos no país.

Não há como negar que o filme é um drama que representa uma realidade enfrentada por muitos e que mesmo assim ainda se tenta desvencilhar o preconceito, mas que infelizmente está enraizado na educação de alguns. O mais importante é que sempre haverá pessoas que tentarão mostrar a verdade e que nunca vão ligar para as diferenças raciais ou sociais.


O filme foi baseado no livro The Help da autora Kathryn Stockett, que nasceu onde o filme se passa: Jackson, Mississipi. Ela escreveu o livro em homenagem a sua doméstica que sempre cuidou dela enquanto seus pais estavam sempre ausentes. O livro foi traduzido para 35 países.

E enquanto a esperança estiver entre nós, você vai saber que:

"Você é boa, você é esperta e você é importante!"

Um filme para chorar!






14 Comentários

  1. Oi, Greice!
    Eu vi o poster desse filme em um site de cinema e me apaixonei. Quando descobri que era baseado no livro, fui correndo ler pra depois assistir o filme, e fiquei apaixonada pela história. Me fez rir, principalmente a Minny, com a ~torta misteriosa~, HAHAHA, super merecido o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante dela!
    O livro também é uma fofura e achei super bem adaptado, quem dera todas as adaptações fossem tão fiéis.
    Pra assistir no Netflix, te recomendo uma série muito boa (que não sei se você já conhece), The Midwife. Como temos gostos parecidos acho que você vai viciar! Hahaha. É ficção histórica e baseada no livro de memórias da Jennifer Worth, que foi enfermeira na década de 50. Depois me conta o que achou ;)
    Bjos,

    Mari
    Mari The Reader

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    1. Caraca Mari, não sabia desta série! Partiu assistir a uma nova série. Obrigada pela dica!

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  2. Oie,
    já ouvi falar deste livro, mas confesso que ele ainda não me chamou tanta atenção.

    bjos
    http://blog.vanessasueroz.com.br

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  3. Oi Greice,
    Assisti esse filme há pouco tempo por um acaso. Estava passando pelos canais na televisão até que me deparei com este longa. Não assisti do início, mas simplesmente não consegui desgrudar os olhos da tela. Me senti tão mal vendo o preconceito daquela época, quantas pessoas descriminadas e humilhadas...
    Me emocionei, mas também ri em algumas cenas no final rs.
    É uma ótima dica mesmo!
    Beijos,

    versosenotas.blogspot.com.br

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    1. Oi Bárbara, é bem assim. Temos uma raiva de ver cenas desta forma, apesar de ser bem natural naquela época.

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  4. Olá,
    Já vi esse filme e amei, sou apaixonada por essa história! Adoro a realidade de toda a situação, o filme é muito bem feito e gostaria muito de poder ler o livro em que ele foi inspirado.
    P.S.: você perguntou quem fez meu layout, bem, fui eu mesma, rsrs.
    Beijos.
    Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com

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  5. Oi Greice,
    Já conhecia o filme, mas ainda não tive curiosidade de assisti-lo, mas gostei da resenha, e de conhecer um pouco sobre a trama.

    *bye*
    http://loucaporromances.blogspot.com.br/

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  6. Oi Greice!

    Chorei horrores com esse filme! Nossa é marcante, forte.
    Adoro a Emma Stone! Assistir em casa mesmo porque não tive coragem de assistir no cinema, ainda bem porque pagaria um mico, de tanto que chorei. Rs.

    Beijos!

    Cintia
    http://www.theniceage.blogspot.com.br/

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    1. Sabe que não tinha muito conhecimento da atriz até ver este filme. Ela é muito boa na atuação mesmo!

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  7. Oi Greice.
    Já assisti Histórias Cruzadas inúmeras vezes, justamente por ter uma história que mostra uma parte da história que não conhecemos detalhadamente.
    Comprei inclusive o livro, porque é o tipo que história que me interessa.

    Beijos.
    Leituras da Paty

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    1. Depois de ter visto o filme não leria o livro mas o filme com certeza é uma bela obra de arte,

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  8. Oi, Greice!
    Eu realmente sempre quis ler este livro. Parece ser ótimo. Toda a premissa dele super me deixou curioso e louco para lê-lo, mas infelizmente ainda não li.
    Acredito que seja uma história tocante mesmo. Espero não demorar mais, ler e ver a adaptação logo.
    Abraço!

    "Palavras ao Vento..."
    www.leandro-de-lira.blogspot.com

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  9. Eu li As Cores do Entardecer e fiquei encantada por ele. Mas não assisti Histórias Cruzadas, me falaram que o filme é muito bom. Esses filmes, ou livros que relatam o sofrimento do preconceito é importante a gente assistir/ler e perceber como evoluímos, e mesmo assim ainda não foi necessário.
    Assiste Milk, é um dos melhores filmes que já assisti.


    Beijinhos, Helana ♥
    In The Sky, Blog / Facebook In The Sky

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    1. É bem como você disse,evoluímos mas não foi o suficiente. Milk eu já vi passar por mim mas não prestei muita atenção, vou verificar e ver sobre o que se trata.

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Olá!
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