Imagem memorial do levante no gueto de Varsóvia


Um dos assuntos que mais interessa as pessoas é a questão da guerra, principalmente da Segunda Guerra Mundial. O fascínio não é uma generalização pelo ato cruel que foi gerado contra judeus, ciganos, negros, homossexuais e deficientes físicos e sim o interesse em especular a mente de todos que fizeram parte desta história. As biografias e livros que contam um pouco mais de tudo o que se passou entre 1939 e 1945 relatam pesadelos terríveis para os que eram caçados e glórias para quem estava vencendo a batalha.

Sou uma das fascinadas por todas as histórias relatadas neste período, que considero de grande conhecimento e aprendizado de diversos modos. Já li vários livros de cunho autobiográfico e fictício e ainda me surpreendo lendo obras e descobrindo como o ser humano pode ser cruel uns com os outros.

Para quem não conhece muito a história sobre a questão dos judeus na guerra, Hitler acreditava que a raça alemã deveria ser uma espécie única, limpa de qualquer miscigenação, denominada ariana. Eles tinham total ódio contra judeus que eram pessoas geralmente bem dotadas de bens e com uma cultura diferente. Isto fez com que aos poucos não somente a partir de 1939 mas antes deste tempo também, já começasse a perseguição contra este povo.

Na Polônia, após a ocupação alemã, os judeus começaram a ser realocados para lugares denominados guetos, que eram bairros antes ocupados por várias pessoas e que depois foi cercado por um muro e a saída era guardada por soldados. Os judeus só podiam sair se trabalhassem fora para algum propósito. O restante tinha que viver dentro de um espaço mínimo, onde em cada apartamento que morava uma família, depois precisavam ser encaixado mais de três famílias. A fome, a doença, a tortura eram parte do dia destas pessoas.


Li três obras adolescentes e assisti a um filme que mostram de uma forma muito interessante como foi a parte de sofrimento e perseguição que os judeus sofreram. É uma leitura fluída e que traz bastante conhecimento de fatos.



Mesmo diante de uma vida extremamente difícil, há esperança. E às vezes essa esperança vem na forma de um garotinho, armado com uma trupe de marionetes - um príncipe, uma menina, um bobo da corte, um crocodilo...

O avô de Mika morreu no gueto de Varsóvia, e o menino herdou não apenas o seu grande casaco, mas também um tesouro cheio de segredos. Em um bolso meio escondido, ele encontra uma cabeça de papel machê, um retalho... o príncipe. E um teatro de marionetes seria uma maneira incrível de alegrar o primo que acabou de perder o pai, o menininho que está doente, os vizinhos que moram em um quartinho apertado.

Logo o gueto inteiro só fala do mestre das marionetes – até chegar o dia em que Mika é parado por um oficial alemão e empurrado para uma vida obscura.

Esta é uma história sobre sobrevivência. Uma jornada épica, que atravessa continentes e gerações, de Varsóvia à Sibéria, e duas vidas que se entrelaçam em meio ao caos da guerra. Porque mesmo em tempo de guerra existe esperança...



Misto de biografia e romance de formação, O menino da lista de Schindler acompanha a trajetória de Leon Leyson, o mais jovem integrante e um dos últimos sobreviventes da famosa lista de judeus salvos pelo empresário alemão Oskar Schindler durante a Segunda Guerra Mundial. 

Intenso como O diário de Anne Frank, o livro chega ao Brasil pelo selo Rocco Jovens Leitores depois de alcançar a prestigiosa lista dos mais vendidos do jornal The New York Times, e oferece uma perspectiva única do Holocausto. Um relato emocionante, corajoso e humano que precisa ser contado às novas gerações.



O depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seu diário narra os sentimentos, medos e pequenas alegrias de uma menina judia que, com sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto.

Lançado em 1947, O diário de Anne Frank tornou-se um dos maiores sucessos editoriais de todos os tempos. Um livro tocante e importante que conta às novas gerações os horrores da perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.




Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz idéia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. 

Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga.

Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.


Imagem da cerca que separava o gueto de Cracóvia da cidade



Todos estes livros eu recomendo completamente para quem quer conhecer mais sobre como foi o inferno que todos os perseguidos viveram. Através de relatos em uma história e até uma meia biografia dá para saber a forma como eles viviam, onde ficavam, como eram tratados. É uma leitura interessante e que flui de forma rápida, já que muitas vezes um livro de história em si pode ser mais lento quando só relata os fatos de forma descritiva. 

Todos os livros são vividos por personagens jovens e no caso de O Menino da Lista de Schindler e O Diário de Anne Frank, os relatos são biográficos.

Recomendo totalmente a leitura para quem quer conhecer um pouco mais do assunto sem ler artigos científicos.
No final das leituras você vai ficar se perguntando como ainda somos capazes de continuar perseguindo povos, nações ou até mesmo alguém que pode-se considerar diferente.




13 Comentários

  1. Muito interessante Greice! Eu ainda adicionaria na lista, o indispensável romance histórico do Ken Follet "O Inverno do Mundo".

    São excelentes livros, embora não tenha lido todos ainda.

    Um grande beijo,
    Hugo.

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  2. Oi Greice!
    Confesso que tenho um certo medo de ler livros dessa época, porque eles geralmente trazem coisas pesadas no enredo, e eu sou muito mole. Ja tentei ler O Menino do Pijama Listrado, mas tenho um problema com esse autor, ai acabei abandonando. Por outro lado, me acabei de chorar com o filme :(
    Quero muito ler O Diário de Anne Frank.

    Abraços
    David
    http://territoriogeeknerd.blogspot.com.br/

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  3. Oi, Greice.
    O tema é muito interessante e os livros que você indicou são ótimos!
    É importante que mais livros sejam escritos sobre esse período para que ele nunca seja esquecido!
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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  4. Oie!
    Confesso que não gosto muito de livros sobre a Segunda guerra, pois sempre sofro quando penso em todo o sofrimento dessas pessoas. mas algumas vezes eu me arrisco na leitura e sempre me surpreendo.
    Bjks!
    Histórias sem Fim

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  5. Gente eu acho uma época tão interessante para se estudar. Se ler. É uma coisa dá qual nunca pude explicar. Adorei suas dicas. Muitos deles eu conheço outros conheci agora. Parabéns querida.

    Beijos

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  6. Que lista incrível, eu amo livros com esse tema, da pra conhecer melhor a realidade das pessoas naquela época e desses eu só li Anne Frank e sou apaixonada demais. Eu assisti ao filme do Menino do Pijama Listrado e fiquei louca pra ler o livro. Amei todas as dicas!

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  7. Oi,
    Adorei as sua dicas, gosto bastante de livros que passam na segunda guerra mundial.
    Tenho uma dica, não sei se vc você leu. O livro é Beco da Ilusão, da autora nacional Mallerey Cálgara.
    Beijos
    Daya

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  8. Oi, tudo bom?
    Eu estava estudando esses dias a Segunda Guerra Mundial novamente, e um livro que claramente demonstra isso é Anne Frank! E eu ainda não li, acredita? Mas pretendo logo, logo! A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS é um livro que também se passa nessa época e que gostei bastante de toda a escrita!

    Beijos,
    Lu - @justificou

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  9. Olá,

    Ao contrário da maioria, eu não suporto livros sobre a segunda guerra, acho-os muito triste, densos e pesados de se ler. Procuro sempre manter o tom mais leves nas leituras que faço. Dos livros citados, eu só li O menino do pijama listrado e diferente de muitos, não chorei horrores. Indico A menina que roubava livros caso não tenha lido ainda.

    Beijos,
    entreoculoselivros.blogspot.com.br

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  10. Oiii!

    Eu não tenho costume de ler livros sobre esse periodo, prefiro ver filmes. Gostei da sua listinha e vou colocar alguns na minha meta para tentar ler.
    Beijinhos,

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  11. Acho que uma pessoa para não conhecer a Segunda Guerra deve ter vivido em uma bolha até agora ou vivia em outro planeta... kkkkkk... Mas esse é um gênero que atrai muito os jovens leitores, uma pesquisa feita aqui na minha cidade com adolescentes de 14 à 18 anos indicou que a maioria gosta muito de livros sobre o tema e são os mais vendidos por aqui. Da sua lista conheço todos os livros.

    Raíssa Nantes

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  12. Só indicações de peso. Ainda não li os livros, mas já assisti alguns filmes e me vi em lágrimas pelo contesto histórico e luta dos personagens. Gosto bastante desse gênero, apesar de não ler o tanto que gostaria.
    Bjim!
    Tammy

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  13. Olá,

    Eu gosto muito de livros que possuem essa temática. Dos que você mencionou, só li o dá Anne Frank.

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Olá!
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Beijos