Uma das minisséries mais aguardadas da Netflix entrou no catálogo logo no início de janeiro deste ano e já fui me jogar no sofá para ver o que poderiam fazer para chamar a atenção. E o que fizeram? Acredito que Drácula possa chorar.

FILME: Drácula

NOME ORIGINAL:  Dracula

NACIONALIDADE: Reino Unido

DURAÇÃO: 90 minutos / 3 episódios

ANO: 2020

GÊNERO: Terror 


Na Transilvânia de 1897, o Conde Drácula (Claes Dang) apavora uma cidade da Inglaterra vitoriana com seus sangrentos crimes contra a humanidade. Intrigante e mortal, a misteriosa figura do vampiro consegue capturar a atenção de todos aqueles que cruzam o seu caminho, atraindo vítimas e conquistando inimigos.
Para quem não conhece de onde surgiu a história do famoso Drácula, na verdade ele veio da ideia do autor Bram Stoker e foi escrito em 1897. Logicamente Drácula é uma espécie de homem vampiro que muito acreditam que realmente tenha existido em uma forma de homem que gostava de matar homens e beber seu sangue, na Transilvânia.

E então os amantes da história podem voltar a conhecer um pouco mais pelos três episódios com duração de 1 hora e meia cada um. Eu que ainda não li a famosa obra do Bram, já fui correndo saber como seria, mesmo que já tenha visto filmes sobre o famoso conde.

De início vamos começar tudo lá pelo castelo do Drácula, em 1897, quando um advogado precisa ir até o mesmo para discutir algumas informações. A partir deste primeiro capítulo vamos conhecer a vida no castelo, como está o conde e o que ele realmente é. Lógico que o pobre advogado vai começar a sofrer com alucinações e a viver de uma maneira bem intensa.

E é a partir daí que metade do episódio também mostra este mesmo advogado em um local onde está se tratando e uma freira tenta entender o que realmente aconteceu com ele, já que conseguiu escapar do temível Drácula. Uma freira cética com sobrenome Van Helsing. Este sobrenome lhe recorda algo?


Para quem for esperar muito efeito especial já vou lembrando que é algo bem gótico, bem dark, com efeitos trash, daqueles filmes mais antigos, com sangue espirrando de forma dramática mesmo. Neste ponto foi uma boa surpresa voltar a estes tempos de filmes que mostram o verdadeiro lado da crueldade do Drácula que se mostra bem cruel em seus atos e uma pessoa normal.

Em certos momentos eu até imaginava que parecia cinema antigo, mas recordei que era justamente este cenário que o Drácula nos faz recordar e até temer. O bom é que em momentos ele até parecia um personagem frágil. Claro que o roteiro tem seus furos e quando ele resolve ir até onde as freiras estão e não pode entrar por lógico, um vampiro somente poder entrar quando é convidado, foi algo meio cômico. Ele sai de dentro de um lobo, todo cheio de sangue e fica nu e conversando por longos minutos implorando misericórdia. Isso foi uma cena bastante patética.


E eis que no segundo episódio o conde resolve ir para a Inglaterra a bordo de um navio. Foi o segundo episódio que me fez gostar mais do conjunto. Até então ver tudo pelos olhos da época, o cenário, a fotografia estava excelente. E colocar diversos personagens dentro de um navio de forma que se tornaria uma certa carnificina por questões específicas que são explicadas ao longo do episódio foi um sabor à parte.

O melhor é que há um personagem que faz a lógico valer mais a pena ainda, e que logicamente é o que acaba salvando mais a minissérie, senão acredito que somente pelo Drácula poderia ter parado no primeiro episódio mesmo. Adoro o estilo gótico e a maneira da psicologia da freira Van Helsing. É como entrar na mente de todos e fazer-se questionar quem cada um realmente é.


E com uma bela visão de término de segundo episódio conseguem destruir por completo a obra com o terceiro episódio quando passados 123 anos vamos ver o Drácula em 2020 chegando à Inglaterra e descobrindo a modernidade.

A partir daí tudo foi por água abaixo. Piada após piada ele vai vivenciar a tecnologia, paixões bobas e reencontrar pessoas. E foi então que percebi que destruíram uma imagem de um personagem que colocava medo nas pessoas simplesmente por ser ele mesmo e o puseram em um pedestal para ser ninguém.

O final até que é um pouco decente, mas questão dos 20 minutos finais. O restante do episódio pode ser descartado. E continuação? Depois de ele parar em 2020? Seria triste ver ele continuar em uma modernidade que nem sequer conseguiu deixar um Drácula como um personagem que ele é: um mito que causa arrepios.


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